Ele foi impedido de frequentar escola e viralizou com campanha “cabelo não tem gênero”

Toda escola impõe regras e regulamentos, muitas vezes exigindo que os alunos e os pais cumpram as normas mesmo quando elas parecem desnecessárias. É em um caso assim que está Farouk James, de 12 anos. Conhecido nas redes sociais por seu cabelo único, ele vem tendo dificuldades para encontrar uma escola que aceite sua singularidade.

Modelo infantil aos 12 anos, Farouk James é conhecido no mundo da moda e tem mais de 250 mil seguidores no Instagram. Ele e sua mãe, Bonnie, estão enfrentando uma tarefa desafiadora para encontrar uma escola para o garoto. Muitas escolas do Reino Unido têm regras específicas sobre o comprimento do cabelo e, devido às longas madeixas de Farouk, as unidades de ensino costumam aconselhar que o menino corte as madeixas para poder voltar às aulas.

Bonnie considera isso injusto, pois o cabelo de seu filho é totalmente natural, e não tingido ou com qualquer outra química. Ela argumentou que, se Farouk fosse uma menina, a escola não se oporia ao comprimento de seu cabelo, considerando isso como um caso claro de discriminação.

Farouk foi abençoado com cabelos incrivelmente grossos, que já eram visíveis antes mesmo de ele nascer, durante os exames pré-natais. Ele valoriza suas longas madeixas e fica chateado quando pensa em ter que cortá-las para cumprir regras escolares. Sua página no Instagram promove a mensagem de que “cabelo não tem gênero” e defende a igualdade. Seu objetivo é quebrar barreiras e promover a inclusão, enfatizando que os penteados e as opções capilares não devem ser limitados pelas expectativas tradicionais associadas ao gênero.

Antes, Bonnie havia matriculado o irmão mais velho de Farouk em uma escola onde o comprimento do cabelo era um problema frequente. Ela esperava que a política de cabelo da instituição de ensino tivesse mudado desde então. Seu filho mais velho, agora com 23 anos, foi criticado por ter um cabelo considerado “curto demais”.

No entanto, ao pesquisar mais a fundo, Bonnie descobriu que muitas das regras e regulamentos da escola com relação à aparência continuavam os mesmos. Isso indicava que Farouk também precisaria cortar o cabelo para cumprir a política da unidade, ideia que Bonnie rejeitava veementemente.

Em resposta, Bonnie iniciou uma campanha pedindo mudanças, reunindo o apoio de pais que enfrentam problemas semelhantes, especialmente aqueles com filhos que usam dreadlocks e penteados afro. Juntos, Bonnie e seu filho pretendem desafiar as regras escolares aparentemente arbitrárias e promover uma mudança significativa.

“Estamos formando uma verdadeira equipe, e a chamamos de Geração Mane. Vamos lutar contra isso até que essas regras sejam mudadas. E isso em nível global, não apenas no Reino Unido”, declarou ela.

O cabelo comprido para homens representa mais do que apenas um estilo, mas incorpora um símbolo de autoexpressão, capacitação pessoal e um desafio às normas da sociedade. Optar por cabelos longos é uma escolha que reflete a individualidade e a resiliência, significando a identidade única e a força interior de cada um.