Ela sobreviveu à leucemia e decidiu virar médica para salvar pessoas com a doença

Histórias
há 4 anos

Um desafio é algo que nos obriga a ir além daquilo que estamos habituados a fazer, a sair da nossa zona de conforto, a experimentar algo que de alguma forma nos pareça mais difícil. Ele nos obriga a superar os nossos próprios limites e, desse modo, nos ajuda a avançar na nossa evolução.

Incrível.club hoje conta a história de Marina Aguiar, que foi desenganada pelos médicos ao receber o diagnóstico de leucemia e agora, curada, também trata de pacientes. Confira só!

A descoberta da doença

Em 2006, durante a época de vestibular, Marina começou a se preocupar por conta das dores frequentes que sentia nas pernas. Ela foi a diferentes especialidades médicas que acreditavam se tratar de dores psicológicas por causa de sua preocupação com os estudos.

Nenhum exame se mostrou alterado e os tratamentos para as dores não davam resultado. Certo dia, um exame mostrou que ela estava com anemia, e mesmo tendo feito tratamento, nada adiantou.

Alguns meses depois, uma ressonância magnética mostrou uma alteração em sua medula óssea. Foi identificada a leucemia linfocítica aguda (LLA), doença que substitui rapidamente as células saudáveis da medula óssea.

O médico lhe disse que se ela tivesse demorado mais uma semana, talvez não estivesse mais viva, porque seu câncer já estava avançado. Foi muito difícil passar por essa situação, e ela só pensava que teria que deixar seus planos de lado.

A quimioterapia

Seu plano de saúde não tinha cobertura para nenhum tratamento de quimioterapia ou do câncer, então ela ficou em um hospital público de Goiânia, sua cidade natal. Após oito meses, as quimioterapias foram finalizadas e não tiveram resultado, pois as células cancerosas permaneciam em sua medula.

Ela recebeu alta sem expectativa de cura, apenas com tratamentos paliativos para aumentar seu tempo de vida. Seus pais logo se desesperaram. Em seguida, optaram por ouvir a sugestão de um conhecido que era médico de ter outro filho.

Salvar a filha

Keila e o marido recorreram à fertilização in vitro. Era o único método viável, pois sua mãe já havia feito laqueadura. O primeiro procedimento não deu certo, mas na segunda fertilização, a mãe engravidou de gêmeos.

Todos esperavam que fosse possível fazer o transplante através de um dos recém-nascidos. Infelizmente, a ideia não deu certo. Os bebês nasceram prematuros e não eram compatíveis.

Em 2007, quando já havia encerrado sua quimioterapia, Marina procurou por outro especialista. O hematologista César Bariani deu início a um novo tratamento. Esse foi mais ameno que o primeiro e não precisava de internação. Ela não perdeu completamente seu cabelo e nem ficou extremamente fraca.

Seu novo começo

Com o novo tratamento, ela conseguiu terminar os primeiros semestres de Odontologia (e sem reprovar em nada!). Enquanto fazia a nova quimio, Marina decidiu que seria médica.

Seus familiares se espantaram com a decisão. Tiveram medo de que ela não estivesse pronta emocionalmente para aquela situação. Mesmo assim, ela se dividiu entre seu tratamento e as aulas de medicina.

Como ela não tinha nenhum outro possível doador de medula, seu médico interrompeu o tratamento, pois seu organismo não suportaria mais. Após a suspensão, ela realizou outros exames, que mostraram que não havia mais células cancerígenas em sua medula óssea.

O risco de a leucemia voltar era grande. Ela realizava exames semanais, que logo se tornaram mensais; os anos se passaram e a doença nunca mais voltou. Hoje ela é considerada curada, formou-se em 2013 e realizou sua especialização no mesmo hospital que fez o último tratamento.

Marina concluiu sua especialização em transplante e planeja realizar sua primeira cirurgia dessa categoria em 2020.

E você, o que achou dessa trajetória?

Conhece outras pessoas que vivenciam verdadeiros milagres? Compartilhe conosco sua opinião nos comentários. 😉

Comentários

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Nossa, uma história linda. Mas como ela é muito religiosa, parece ser aquelas medicas meio sem noção as vezes

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