Como o apelido que os namorados usam entre si pode afetar o amor

Psicologia
há 5 anos

No mundo inteiro, é comum os casais se tratarem por apelidos. Sejam eles fofos ou ridículos, aparentemente esses apelidos surgem de forma espontânea. No entanto, os cientistas estão convencidos de que esse tipo de tratamento afetuoso sempre tem um significado oculto e pode dizer muito sobre a relação de um casal.

Incrível.club fez uma pequena pesquisa para entender o que significam as palavras carinhosas e os apelidos que os apaixonados geralmente utilizam. Confira só e verifique se você e seu amor (ops, o seu ’mozão’) se encaixam em algum destes casos.

Gatinho (a), coelhinho (a), ursão e outros animais

Gatinho, coelhinho, cachorrão... todos esses apelidos provêm da infância, de desenhos animados e dos contos de fadas sobre animais. Um homem chamado de “ursinho” pode personificar esse ursinho de pelúcia da infância que um dia foi presente dos pais e que se transformou em “objeto transicional”. Esse termo se refere a um objeto que gera na criança a sensação de tranquilidade psicológica em uma situação estressante ou inusitada e alivia a tensão da separação da mãe.

Na idade adulta, também precisamos de alguém com quem nos sintamos tranquilos, seguros e confiantes. E esses apelidos ajudam a voltar inconscientemente à atmosfera da primeira infância. Simbolizam o amor incondicional que uma mãe sente por seu filho e nós, em nossa realidade adulta, por nosso amor.

Os animais grandes e os animais pequenos

Também é importante levarmos em consideração se chamamos nosso companheiro com uma palavra que denota um animal forte e um predador ou, pelo contrário, um inofensivo.

  • Se você chama seu companheiro de “meu tigrão”, por exemplo, significa que ele tem um papel de dominação na relação e talvez tenha um corpo musculo. E você é uma espécie de domadora.
  • “Minha gatinha” e “minha gata” são duas histórias diferentes. Um gatinho é uma criatura que causa comoção e que dá vontade de cuidar. E o atrativo “gata” é um indicador de atração sensual entre o casal.
  • “Pombinha” remete a fragilidade e dependência.

Minha vida, meu amor, meu tudo

“Minha vida”, “meu amor”, “a joia do meu coração” e outros apelidos exagerados que lembram músicas do Wando geralmente são indicadores de falta de sinceridade. O mais provável é que quem usa esse tipo de apelido somente goste de dizer palavras bonitas e de encher seu companheiro de elogios. E só.

É claro, tudo depende da situação e também há a exceção dos momentos ainda de início de relacionamento ou paquera, em que tudo é mais intenso. Mas, em uma relação já consolidada, a frase “luz dos meus olhos”, pode soar irônica.

Amada, paixão

Esses apelidos são uma espécie de subcategoria do item anterior. Eles podem soar como falta de formalidade em determinados casos. Se esse é o seu caso e o de seu parceiro, prefira simplesmente ’amor’. É mais direto, sincero e sem muita firula.

Chamar pelo sobrenome

Chamar o parceiro ou a parceira pelo sobrenome ou pelo nome completo indica a necessidade — nem sempre consciente — de se distanciar do companheiro. O mais provável é que, em um casal assim, a relação seja mais formal do que íntima. Um casal que se trata dessa maneira pode estar prezando somente o respeito, e não o amor e a ternura tão necessários em um relacionamento.

Por outro lado, se você chama seu companheiro pelo nome e pelo sobrenome em um evento ou diante de pessoas de nível social mais elevado, provavelmente está tentando reforçar seu status ou está orgulhosa de um cargo que ele assumiu na empresa, por exemplo.

Sol, solzinho

Se você chama seu parceiro de “solzinho”, significa que sente paixão e liberdade perto dessa pessoa. Mas, ao mesmo tempo, há algo de inacessível no uso desse apelido: por algum motivo você escolheu um corpo celeste que, como sabemos, está muitíssimo longe do alcance das pessoas.

Boneca, bonequinha

Este é o caso em que um apelido carinhoso fala por si sobre a essência da relação. Se você já foi chamada assim, é provável que seu companheiro a perceba como uma espécie de brinquedo que lhe pertence. Uma boneca é uma mulher-criança que cumprirá passivamente seus desejos.

Mas atenção: usar esse tipo de apelido uma vez ou outra não significa, em si, algo negativo. O problema é quando se torna algo rotineiro, situação em que fica claro que seu parceiro a vê, de fato, como um brinquedo que pode quebrar a qualquer momento e, então, ser jogado fora.

Apelidos diferentes (gordinho, chorão, doidinho)

Podem soar engraçados, estranhos ou até mesmo bobos. Mas são realmente originais: essa classe de apelidos, em geral, remete à história do casal ou a algum acontecimento muito particular da vida a dois. ’Moreninha’, ’gordinho’, ’resmungão’, ’louquinho’ geralmente mostram um casal unido e uma relação em que um respeita as características do outro, sejam elas positvias ou negativas.

Linda, bonita, anjinho

Essa classe de apelidos enfatiza características físicas. Quem as utiliza geralmente mostra interesse pelas características físicas do parceiro — o que, por sua vez, pode também não ser muito positivo, pois, como sabemos, uma relação vai muito além da atração física.

Pequena, bebê, baby

Segundo o médico Stephen Snyder, professor de medicina e psiquiatria do hospital Mount Sinai, em Nova York (EUA), essa classe de apelidos é uma referência ao chamado quarto trimestre, ou seja, o período posterior ao nascimento, quando dependemos completamente de nossos pais. O professor Snyder acredita que essa forma de chamar seu cônjuge sugere que a conexão emocional e física é tão forte quanto aquela entre uma mãe e um filho.

Mas, por outro lado, esse tipo de apelido carinhoso pode significar o desejo inconsciente de um companheiro de consolidar seu poder e sua autoridade sobre o outro. É um caso que remete a crianças pequenas que são absolutamente dependentes dos adultos.

Tema gastronômico (meu docinho de coco)

’Meu docinho’, ’Meu bombom’, ’Minha doçura’ e outros apelidos com temas gastronômicos são considerados um indicador de atração sensual. Isso inclui também apelidos como ’gostoso/gostosa’ - nesse caso, ditos na intimidade do casal. Obviamente, aqui estamos falando mais sobre a atração carnal do que sobre outros aspectos de uma relação entre duas pessoas. Se você é chamado assim, é porque seu amor vê em você principalmente o objeto de sua paixão e desejo.

Mamãe, papai

Quando um casal tem filhos, muitas vezes os pais começam a chamar-se ’mamãe’ ou ’papai’. A princípio, isso somente acontece na presença de crianças. Mas logo, por força do hábito, se torna uma espécie de rotina, mesmo depois que as crianças já cresceram. Como você já deve ter ouvido por aí, esse tipo de apelido implica uma perda ou redução da paixão e uma diminuição da atração física entre os parceiros. Afinal, você tem desejo por seu pai ou por sua mãe?

Além disso, apelidar um homem de ’papai’ pode significar, por parte da mulher, assumir uma posição de dependência, inclusive material. Em outras palavras, pode significar colocar-se na posição de filha.

Chamar somente pelo nome

As pessoas se chamam entre si simplesmente pelo nome geralmente na etapa inicial da relação. Um estudo da Universidade de Ohio (EUA) sobre relação entre os apelidos afetivos em um casal e a satisfação com sua relação mostrou que homens e mulheres satisfeitos com sua relação geralmente usam mais apelidos carinhosos do que aqueles que não estão contentes com seu relacionamento.

Se o casal deixa de usar apelidos carinhosos, isso muitas vezes denota que o nível de sua intimidade caiu. Mas fique atento: o uso de apelidos na esfera profissional (quando os cônjuges trabalham juntos, por exemplo) pode denotar (1) uma violação da privacidade no ambiente de trabalho e (2) o desejo de mostrar dominação. Você não acha constrangedor ser chamado pelo apelido em um ambiente que deveria ser de maior formalidade?

Você usa algum desses apelidos que mencionamos com seu parceiro? Acredita que o apelido possa demonstrar sentimentos não explícitos?

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