Descobri que minha esposa se envolveu com meu pai — e minha filha é fruto dessa história

Algumas vezes, a vida pode nos surpreender com reviravoltas dignas de novelas. Contudo, o que fazemos com os desafios que aparecem é o que molda nosso caráter e define nossa história. Para algumas pessoas, saber ouvir, compreender as razões do outro, perdoar e fazer diferente pode ser a chave da felicidade. Para outras, esquecer o que passou e apenas seguir em frente também funciona.

Encontramos a história de um internauta de 28 anos, que precisou conciliar essas duas atitudes quando descobriu que a filha registrada por ele era, na verdade, filha de sua esposa com seu próprio pai. Confira!

Minha esposa e eu nos casamos há cerca de quatro anos, após o nascimento de nossa filha. Nós dois assumimos que o bebê era meu, embora não estivéssemos namorando sério nos anos anteriores. Quando nos conhecemos e começamos a nos encontrar, éramos “amigos coloridos”, sem que nenhum de nós esperasse por compromisso, na época. Eu tinha parceiras além dela, ela tinha parceiros além de mim e isso não era segredo para nenhum de nós.

Quando ela engravidou, me disse que não poderia mais manter aquele tipo de relacionamento porque precisava de alguma estabilidade para sua filha. Ela foi sincera e me deu uma chance para esquecer tudo o que tivemos e ir embora, sem olhar para trás, mas eu não queria isso. Fui me apaixonando por ela, aos poucos. E sabia que, qualquer que fosse a vida que ela escolhesse, eu queria fazer parte.

Nossa bebê nasceu, eu a criei e sou o seu pai. Não pedi testes genéticos porque, sinceramente, não fazia questão de saber a resposta para essa pergunta. Fomos morar juntos e é o meu nome que está em sua certidão de nascimento. Desde então, formamos uma linda família que vive muito feliz.

Há cerca de meio ano, acabei conhecendo um dos caras com quem a minha esposa saía anteriormente. Nós estávamos fazendo compras quando o encontramos no mercado. Ele foi legal e muito educado conosco, mas assim que viu nossa filha, ficou com uma expressão de choque e perguntou quantos anos ela tinha.

A conversa rapidamente se transformou em uma questão de paternidade, mas não de forma tão escancarada que nossa filha percebesse. Nos dias seguintes, ele e minha esposa conversaram sobre fazer o DNA porque, se ela fosse filha biológica dele, ele queria participar da sua vida, já que teve um pai ausente e não queria repetir esse comportamento.

Fizemos o teste não só com a amostra dele, mas também com a minha. O resultado mostrou que o cara não era o pai e ele ficou bem desapontado, mas nos desejou o melhor e acabou com a situação de uma forma gentil. No entanto, eu também não sou o pai biológico — meu pai é.

Eu não tenho um bom relacionamento com ele, então minha esposa nunca conheceu ninguém do meu lado da família. Depois que os resultados chegaram, mostrei a ela algumas fotos e, em choque, ela apontou meu pai. Ela disse que, durante o tempo em que saímos sem compromisso, eles se conheceram por meio de um site de namoro. Eles se encontraram algumas vezes, mas logo romperam.

Minha esposa se desculpou, mas eu disse que ela não tinha motivos para pedir perdão. Eu sabia que poderia não ser o pai da minha filha, embora, realmente, não cogitasse que seria parente do cara. Ela perguntou se eu queria contar ao meu pai ou não, e ainda estou pensando nisso, mas acho que não. Ele não foi um bom pai para mim e eu sinto que posso mudar esse ciclo.

A verdade é que amo minha esposa e amo minha filha. A vida que construímos não vai mudar por causa disso, é apenas uma informação que continuará comigo. Talvez eu procure ajuda profissional, com algum terapeuta, para que eu possa trabalhar todos esses pensamentos e sentimentos estranhos. Ainda não tenho certeza de como me sinto, embora esteja particularmente aliviado pela minha filha não ser ligada àquele ex da minha esposa, porque eu não gostaria de compartilhar minha família com outras pessoas.

Na sua opinião, é melhor se relacionar com alguém de maneira descompromissada ou você prefere relacionamentos mais sólidos? Por quê? Conte nos comentários!