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Saiba em qual guerra dinástica George R. R. Martin se inspirou para escrever Game of Thrones
A última temporada de Game of Thrones já estreou, e todos os fãs querem saber quem irá sentar no Trono de Ferro. A saga escrita por George R. R. Martin volta às telas trazendo consigo toda a euforia nas redes sociais. E, apesar de não podermos negar o viés criativo do escritor, também é preciso reconhecer que grande parte de sua inspiração vem de uma história tão real quanto sangrenta.
O Incrível.club mergulhou nos livros de história e reuniu informações que comparam as duras batalhas de Game of Thrones com as da conhecida “Guerra das Rosas”.
1. A Guerra das Rosas e Game of Thrones
Foi uma guerra civil, entre 1455 e 1487, que envolveu os membros e os apoiadores de duas famílias nobres: a casa de Lancaster contra a casa de York. Ambas as famílias pretendiam ocupar o trono da Inglaterra, pois tinham como origem comum a Dinastia Plantageneta, ou seja, eram descendentes do rei Eduardo III. O nome do conflito faz referência aos brasões reais das famílias: uma rosa vermelha (Lancaster) e uma rosa branca (York). E se os nomes das duas dinastias, por si, não dizem algo, vale ressaltar as semelhanças com o conflito entre os Lannister e os Stark, de Game of Thrones.
2. Henrique VI / Robert Baratheon
Depois da morte do rei Eduardo III, o mais novo de seus filhos subiu ao trono, e foi chamado de Ricardo II. Ele tinha só 10 anos, mas sua mãe, Joana de Kent, e seu tio, João de Gante, foram seus regentes. Contudo, Gante acabou virando um adversário quando se instaurou a monarquia absolutista, e ao morrer, sua herança ficou retida pela Coroa. E seu filho, Henrique IV foi para o exílio na França. Mas, em 1399, Henrique viajou à Inglaterra e obrigou Ricardo II a abdicar, colocando assim a família Lancaster no trono. Em 1422, Henrique V morreu em batalha, deixando seu primogênito, Henrique VI, então com 8 meses, como herdeiro imediato. Porém, Henrique VI sempre se mostrou um rei fraco, com episódios psicóticos, influenciado pela corte e por seus conselheiros.
3. Margarida de Anjou / Cersei Lannister
Henrique VI foi obrigado pelos conselheiros a se casar com Margarida de Anjou, com o objetivo de conseguir apoio e aprovação da França. Margarida era uma mulher tão bela quanto ambiciosa, e em sua busca pelo poder, se dedicou a tirar do caminho todos aqueles que fossem uma ameaça para o reinado, entre eles Ricardo de York.
4. Ricardo de York / Ned Stark
Ricardo de York, duque casado com Cecília Neville (com quem teve 13 filhos), foi a mão direita do rei Henrique VI. O monarca confiava totalmente em Ricardo, até que Margarida passou a exercer uma influência cada vez maior no marido, e se encarregou de criar uma imagem ruim de Ricardo de York, fazendo com que ele fosse excluído da corte e mandado para a Irlanda. Porém, a má administração comandada por Margarida e seus conselheiros deixou o povo descontente, dando a Ricardo de York a chance de retornar com um exército com o intuito de derrubar os conselheiros. Porém sua tentativa foi frustrada, e ele precisou bater em retirada e, só depois, retornar novamente com outro exército. Foi aí que conseguiu retomar sua posição como protetor do reino, tornando-se sucessor do rei (assegurando a coroa para sua descendência); mas não demorou muito para que fosse decapitado e tivesse a cabeça exposta à população.
5. Eduardo IV / Robb Stark
O filho de Ricardo de York, Eduardo IV, reclamou direito ao trono e foi proclamado rei. Ele teve sucesso em sua batalha contra os Lancaster e, então, o antigo rei, Henrique VI, foi aprisionado. Já sua esposa, Margarida, fugiu para o exílio junto com o filho, Eduardo de Westminster. Porém, o querido rei Eduardo IV cometeu um erro: renunciou ao seu casamento legítimo e se uniu a Isabel Woodville, que era viúva. Isso provocou indignação e descontentamento por parte de um de seus mais fervorosos aliados, o conde de Warwick, que se uniu à casa Lancaster e colocou Jorge, irmão caçula de Eduardo IV, contra ele.
6. Eduardo de Westminster / Joffrey Lannister
Foi o único filho do rei Henrique VI e de Margarida de Anjou, nascido no Palácio de Westminster. Como naquele momento o rei sofria de uma doença mental, houve rumores de que o príncipe era fruto de uma relação entre sua mãe e um amante desconhecido. Depois da derrota dos Lancaster e da coroação de Eduardo IV, Eduardo de Wesminster fugiu junto com a mãe. O jovem era conhecido por ser cruel e sem coração. No exílio, Margarida se aliou com o conde de Warwick, e o príncipe Eduardo se casou com Ana Neville, filha mais jovem da dinastia Warwick. Apesar de o conde Warwick ter vencido Eduardo IV e voltado a colocar Henrique VI no trono, isso não durou muito tempo, pois o conde foi vencido e assassinado na batalha de Barnet. Quando Eduardo IV da Inglaterra ocupou novamente o trono, o jovem príncipe comandou, com apoio da mãe, o restante das tropas na batalha de Tewkesbury. O príncipe morreu na ocasião, durante um massacre. Seu pai, Eduardo IV, foi assassinado na Torre de Londres semanas depois.
7. Ricardo III / Stannis Baratheon
O reinado de Eduardo IV foi tranquilo até sua morte, em 1443, quando novamente o trono passou a ser disputado: apesar de seu filho de 12 anos ser o sucessor, Ricardo III, irmão de Eduardo, declarou que seus sobrinhos eram ilegítimos por conta do casamento secreto com Isabel. Então, se proclamou rei e prendeu os sobrinhos. As crianças acabaram desaparecendo e nunca se soube de seu paradeiro.
8. Henrique Tudor / Daenerys Targaryen
O reinado de Ricardo III parecia certo, mas bastaram dois anos para que o trono voltasse a ser disputado, pois surgiu Henrique Tudor, descendente direto do primeiro duque de Lancaster, criado no exílio, do outro lado do canal da Mancha, depois que seu pai morreu em uma rebelião. Naquele momento, a coroa de Ricardo III tinha provocado a divisão da dinastia York; então, Henrique Tudor passou a contar com o apoio de alguns membros daquela casa. Em 1485, ele decidiu atravessar o canal na companhia de um exército francês, e derrotou as tropas de Ricardo III. Henrique Tudor se proclamou rei e se casou com Isabel de York, filha mais velha de Eduardo e Isabel. Assim, as duas rosas de uniram, a da casa de Lancaster com a de York, colocando fim a uma guerra que durou quase um século.
A Guerra das Rosas levou a Inglaterra a uma importante crise, já que marcou o fim do feudalismo. A aristocracia ficou em ruínas pouco antes do início da era renascentista. Os nobres perderam todo o poder perante a monarquia absolutista. Será que isso diz algo sobre o desfecho dos reinos de Westeros? Apesar de George R. R. Martin, autor de Game of Thrones, ter se inspirado em acontecimentos históricos, nada garante que a trama irá terminar como a Guerra das Rosas. Nós apostamos que, entre dragões, caminhantes brancos e gigantes, o fim da história será imprevisível.
O que achou das semelhanças apontadas neste post? Tem alguma teoria envolvendo o fim do seriado? Comente!
Comentários
Eu n entendo é nada e acho q o povo puxa muito saco disso
kkkkkkkkkkkkk
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