Conheça Cotinha, a idosa que foi adotada por uma jovem de 27 anos
O caso que vamos contar hoje poderia ter sido escrito por qualquer diretor hollywoodiano, mas essa é a vida real da Dona Cotinha e sua “mãe” Gláucia Gomes, uma jovem de 30 anos, ambas moradoras de Araraquara, em São Paulo.
No Incrivel.club você vai conhecer a história da idosa que vivia em um hospital e foi adotada pela copeira do estabelecimento. Acompanhe.
Em 2010, a jovem Gláucia conseguiu um emprego no Hospital Beneficência Portuguesa. Lá, ela conheceu a história de Cotinha. Um laço de carinho e amizade que durou mesmo depois do fechamento do hospital, seis anos depois, quando Gláucia ficou desempregada e Cotinha, sem ter para onde ir, já que vivia no hospital.
Cotinha viveu por mais de 60 anos em um quarto cedido pelas freiras da direção da Beneficência, e sua história impressiona. Ela foi encontrada aos 10 anos e chegou no estabelecimento junto com o irmão Pedro, de quatro anos, por conta de um atropelamento de caminhão que os dois sofreram. Ele acabou falecendo e Cotinha ficou internada por seis anos, com múltiplas fraturas e enfaixada dos pés até a cabeça.
Como sequela do acidente, ficou com problemas mentais que se agravaram com o passar dos anos; quem conviveu diz que ela só começou a falar algumas palavras depois de muito tempo. Em 2006, como dissemos, o hospital foi fechado. Cotinha ficou sem um lugar para ficar e teria então que ser direcionada a um lar para idosos da cidade, já que a família nunca procurou por ela nesses 60 anos após o acidente. Teria, se não fosse por Gláucia, que decidiu adotá-la.
Apesar de a nova família pagar as contas com dificuldade, a jovem não teve dúvida de que queria adotar a idosa, para que ela não fosse parar em algum abrigo onde não tivesse a assistência de que precisa. Gláucia decidiu então preparar o quarto da filha para a Cotinha e conseguiu, com o apoio da defensoria pública, a guarda da senhora. Cotinha não tinha na época qualquer documentação e, por isso, foi provisoriamente “registrada” como Maria de Tal.
Hoje na casa vivem Gláucia, o esposo Fábio, a filha deles Emily, de quatro anos e a mais nova integrante...Dona Cotinha, claro. Gláucia diz que mesmo com o salário dela e do marido eles fecham as contas do mês sempre com dificuldade, mas isso não impede que cuidem da idosa como se fosse uma segunda filha.
Embora Cotinha seja muito saudável e não tome nenhum tipo de medicação, Gláucia se preocupa com os problemas que podem aparecer; ela tem buscado ajuda para conseguir documentação, alimentação e uma aposentadoria para poder cuidar da idosa, que demanda alguns cuidados que vão certamente aumentar com a idade — você pode ajudar clicando aqui.
Gostou da história da Cotinha e sua “mãe”? Conhece alguma história parecida? Conte para nós.