Scheila Carvalho remove ácido hialurônico do rosto e se choca com o resultado: “Meu olhar abriu”

Filmes e séries ambientados em épocas passadas têm um charme especial, não é mesmo? De maneira divertida, eles mostram como as pessoas viviam, se vestiam e que penteados usavam naquela época, mesmo que nem sempre com total fidelidade histórica. Mas a verdade sobre como tudo realmente era é ainda mais fascinante.
Não dá para negar: a Cleópatra vivida por Liz Taylor é deslumbrante. E talvez isso se deva justamente ao fato de seus figurinos estarem longe da precisão histórica. Na verdade, as mulheres do Antigo Egito costumavam usar o kalasiris — uma túnica de alças feita com dois retângulos de tecido, geralmente de linho, com comprimento até pouco acima dos tornozelos. No filme, quem usa esse traje mais fiel são as serventes. Sobre o vestido, era comum usar um xale simples, basicamente um pedaço de tecido. As peças que sobreviveram ao tempo são, em sua maioria, largas, pensadas mais para cobrir o corpo do que para realçá-lo.
A personagem de Nicole Kidman no musical foi inspirada em Jeanne Avril, a lendária dançarina do famoso cabaré parisiense Moulin Rouge. Mas os figurinos usados no filme passam longe do que Jeanne realmente vestia. Conhecida por suas apresentações de cancan, ela costumava subir ao palco com vestidos longos e cheios de saias entrelaçadas, muitas vezes acompanhados de um chapéu, como mostram os pôsteres da época. Trajes de palco tão justos quanto os do filme simplesmente não fariam sentido naquele contexto.
Na verdade, o figurino da personagem de Nicole Kidman se assemelha bem mais ao estilo de Mistinguett — a atriz e cantora francesa mais bem paga de sua época, que também se apresentava no Moulin Rouge.
Catherine Zeta-Jones interpretou uma carismática estrela do vaudeville em Chicago, ambientado no início da década de 1920. Mas basta olhar fotos de artistas reais da época para ver que os figurinos de palco eram bem mais discretos do que aqueles usados no filme.
O filme é realmente deslumbrante, mas os trajes e penteados de Maria Antonieta passam longe da precisão histórica. Quando chegou a Versalhes, a jovem rainha mergulhou na moda extravagante da corte: vestidos em tons pastel, saias volumosas em camadas, bordados elaborados e enfeites por toda parte. Sua mãe, ao ver um retrato da filha usando essas tendências, ficou escandalizada e escreveu para ela ser mais “moderada”. Segundo a mãe, não cabia a uma rainha tão jovem se deixar levar por tamanha excentricidade. Curiosamente, os figurinos do filme ainda são discretos se comparados à ousadia real da época.
E os penteados parecem bastante contidos. Na época, o costume era usar penteados enormes, verdadeiras esculturas sobre a cabeça. A jovem rainha, embora tenha simplificado um pouco o estilo, ainda adotava penteados altos e volumosos, com estruturas impressionantes, mesmo sem os cachos exagerados.
A trama se passa no verão de 1958, mas o visual de Sandy está longe de refletir a moda daquele tempo. Ela aparece dançando com leggings justas — uma peça que só se tornaria popular nos anos 1960. Naquela época, todavia, as mulheres costumavam usar calças de lã, retas e na altura do tornozelo.
O penteado também destoa. Com os cabelos de comprimento médio e volumosos, a personagem poderia ter seguido o estilo de ícones como Elizabeth Taylor, que ditava tendência com penteados sofisticados e condizentes com a moda do final dos anos 1950.
No filme de 1964, o senhor Banks informa que a história se passa em 1910. No entanto, o vestido usado por Julie Andrews, a icônica governanta, é mais típico do final dos anos 1940, quando o estilo New Look estava em alta: cintura marcada e saias rodadas que chegavam abaixo da metade da panturrilha. Já em 1910, as roupas tinham cintura solta e alta, posicionada logo abaixo do busto, e as saias eram longas e mais ajustadas, muito diferentes do que aparece no filme.
A história de Os Três Mosqueteiros se passa entre 1625 e 1628, época em que o traje feminino já havia se tornado mais simples. As armações para dar volume às saias, conhecidas como fichus, já não eram usadas; a gola jabô deu lugar a um colarinho mais suave; as saias escuras se abriam sobre camadas inferiores claras; e as mangas, volumosas, às vezes eram ajustadas com fitas nos cotovelos. Os tecidos predominantes eram damasco, veludo e seda. No entanto, no filme de 1948, Milady, interpretada por Lana Turner, aparece com um vestido vermelho de chiffon e mangas curtas, algo totalmente fora de época. Por outro lado, ilustrações fiéis ao livro revelam exatamente como a icônica personagem realmente se vestia.
Assim como os filmes, as novelas também são produções que não passam despercebidas, especialmente quando surgem erros de gravação que chamam a atenção do público.