Como eram e como estão hoje 25 ídolos do rock brasileiro dos anos 80
Quem viveu os anos 1980 no Brasil lembra muito bem: era quase impossível ir a uma festinha em que não se ouvisse RPM, Kid Abelha, Blitz, Os Paralamas do Sucesso, Titãs, Capital Inicial ou Engenheiros do Hawaii. Esses e outros nomes deixaram suas marcas na história da década mais roqueira e pop que o país viveu. E lá se vão quase 40 anos desde então..
O Incrivel.club relembra os bons tempos e mostra como estão e o que fazem hoje alguns dos principais ídolos daquela geração. Um post para os saudosistas que querem lembrar seus bailinhos de adolescência e para os jovens que adoram “descobrir” bandas, cantores e músicas do passado. Alguns deles tocam nas rádios até hoje!
1. Evandro Mesquita (Blitz)
O grupo carioca Blitz inaugurou a onda do rock nacional nos anos 1980 logo no começo da década, tendo no cantor e guitarrista Evandro Mesquita a figura principal. Ninguém ficou imune ao sucesso de Você Não Soube Me Amar. Evandro, que vinha do teatro, lançou discos solo depois do estouro da banda e seguiu uma carreira constante como ator na televisão e no cinema. Mas reviveu a Blitz nos anos 1990 e em 2006. A banda segue em atividade e lançou seu álbum mais recente em 2018.
2. Fernanda Abreu (Blitz)
Fernanda Abreu, uma das vocalistas da Blitz, abandonou o grupo no final dos anos 1980 para lançar uma carreira solo de sucesso, com destaque para músicas dançantes. Lançou hits como Veneno da Lata e Garota Sangue Bom, misturando ritmos da música pop global ao samba e ao funk do Rio de Janeiro. Estudou balé na infância e sempre privilegiou as coreografias agitadas em seus shows e clipes. Em 2019, foi convidada a participar do quadro Dança dos Famosos, no Domingão do Faustão.
3. Paula Toller (Kid Abelha)
A cantora Paula Toller foi a figura central de um dos grupos de maior êxito do rock 80, o Kid Abelha e os Abóboras Selvagens (mais tarde simplificado para Kid Abelha). Canções como Pintura Íntima e Como Eu Quero até hoje embalam corações apaixonados. Paula também se dedicou a projetos solo a partir do final dos anos 1990 e em 2016 a banda anunciou a separação.
4. Paulo Ricardo (RPM)
A banda RPM foi outro fenômeno de vendas da década, com Paulo Ricardo nos vocais e no baixo. Na época, em uma festinha que se prezasse, não poderiam faltar os sucessos Rádio Pirata e Olhar 43. O grupo passou por vários momentos ao logo dos anos, entrando e saindo de cena. Hoje, segue sem a presença de Paulo Ricardo, que preferiu dedicar-se à própria carreira.
5. Nando Reis (Titãs)
Nando Reis fez parte da formação original dos Titãs, com oito integrantes, que lançou sucessos a partir de 1982. Nos anos 2000, decidiu desligar-se do grupo para investir em seus projetos pessoais e nutrir a criatividade de compositor. Além de lançar uma série de trabalhos solo, contribuiu para o repertório de Marisa Monte, Cássia Eller, Skank, Cidade Negra, Jota Quest e outros ídolos pop.
6. Tony Bellotto (Titãs)
O guitarrista Tony Bellotto também é um dos fundadores dos Titãs e permanece até hoje no grupo, reduzido a um trio com os colegas Branco Mello e Sergio Britto. Fora da área musical, também dedicou-se à literatura e escreveu histórias policiais. A obra Bellini e a Esfinge foi adaptada para o cinema, tendo como atriz principal Malu Mader, casada com Bellotto desde 1989.
7. Arnaldo Antunes (Titãs)
Arnaldo Antunes foi o primeiro integrante a deixar os Titãs, no começo dos anos 1990, mais interessado em seus projetos pessoais que, além da música, envolvem a poesia e as artes plásticas. Com Marisa Monte e Carlinhos Brown, lançou outro grupo de sucesso, Os Tribalistas, que sacudiu o país com Já Sei Namorar, no começo dos anos 2000, e voltou a se reunir em 2017.
8. Herbert Vianna, Bi Ribeiro e João Barone (Os Paralamas do Sucesso)
Óculos, Vital e sua Moto, Alagados, Melô do Marinheiro, Me Liga, Meu Erro...dá para ficar um dia inteiro ouvindo e relembrando os sucessos dos Paralamas do Sucesso — isso só os clássicos dos anos 80, sem contar os de outras décadas. O trio formado pelo guitarrista e cantor Herbert Vianna, pelo baixista Bi Ribeiro e pelo baterista João Barone segue firme nos estúdios e na estrada.
9. Roberto Frejat (Barão Vermelho)
A banda carioca Barão Vermelho foi outro fenômeno de popularidade, muito pelo carisma, pela voz e pela poesia de Cazuza (1958-1990). Com a saída do líder para investir na carreira solo, o guitarrista Roberto Frejat tomou a frente da banda, assumiu os vocais e seguiu com o Barão até a década passada. O grupo continua na estrada, mas Frejat decidiu-se pela carreira solo e tem um novo álbum com lançamento programado para 2020.
10. Marina Lima
Nos anos 1980, Marina Lima foi uma das vozes femininas mais presentes nas rádios, banhando o Brasil de charme com hits como Fullgás, Nada Por Mim, Me Chama, Uma Noite e Meia e outros... Em meados da década seguinte, a cantora e compositora enfrentou problemas vocais, mas conseguiu se recuperar e continuar no palco e nos estúdios. O documentário Uma Garota Chamada Marina, de 2019, reviu sua trajetória artística e pessoal.
11. Lulu Santos
Lulu Santos é um dos pioneiros da turma. Nos anos 1970, participou da banda de rock pesado Vímana, na qual também tocavam Ritchie e Lobão. Na década seguinte, firmou-se como autor e intérprete de dezenas de hits que invadiram as rádios e definiram a trilha sonora pop de uma geração.
Depois de canções inesquecíveis como Certas Coisas, Tempos Modernos, Um Certo Alguém, Como Uma Onda e tantas outras, Lulu continua firme na produção dos seus discos e shows. E ganhou mais uma atribuição artística: a de jurado e técnico de talentos no programa The Voice Brasil.
12. Leo Jaime
Leo Jaime foi outro lançador de sucessos nos anos 1980. Versátil, colocou nas paradas músicas com letras irreverentes e debochadas e também baladas próprias para curtir um romance. Leo segue fazendo shows com sua banda e, nos últimos anos, ampliou as possibilidades artísticas trabalhando como ator (em teatro, cinema e tevê), cronista, apresentador e dublador de desenhos da Disney.
13. Dado Villa-Lobos (Legião Urbana)
O guitarrista Dado Villa-Lobos participou de uma das primeiras formações do grupo Legião Urbana e ficou até o final, causado pela partida do líder e poeta Renato Russo (1960-1996). Fundada em Brasília, a banda até hoje é reverenciada como uma das mais importantes do rock brasileiro, por suas letras que refletiam o pensamento e o estilo de vida do jovem brasileiro.
14. Marcelo Bonfá (Legião Urbana)
Companheiro de Renato e de Dado na Legião Urbana, o baterista Marcelo Bonfá participou da fundação original da banda. Hoje ele toca seus próprios projetos musicais e também dedica-se à destilação de bebidas orgânicas em seu sítio em Minas Gerais. A Legião volta e meia é revivida com convidados especiais para assumir os vocais, como os atores Wagner Moura e André Frateschi.
15. Dinho Ouro Preto (Capital Inicial)
Dinho Ouro Preto é outra estrela do rock de Brasília e chegou com tudo nas paradas assim que sua banda, o Capital Inicial, lançou o primeiro disco em 1986. A carreira teve altos e baixos, tanto em trabalhos solo quanto em gravações com o Capital, que continua na ativa. No palco, Dinho é conhecido por sua energia roqueira, que não esmorece com os anos de estrada.
16. Humberto Gessinger (Engenheiros do Hawaii)
Como músico e poeta, o gaúcho Humberto Gessinger, líder dos Engenheiros do Hawaii, soube tocar a sensibilidade dos jovens em composições que falavam de suas dúvidas existenciais, como Infinita Highway e Somos Quem Podemos Ser. A banda foi desfeita em 2007, mas Humberto segue em atividade intensa com seu trabalho solo e participando de outros projetos musicais.
17. Virginie (Metrô)
Tudo Pode Mudar, do Metrô, foi uma das músicas mais grudentas da década de 1980. Não parava de tocar nas rádios e nos programas de auditório de que a banda participava. Além dos hits sacudidos, um dos principais charmes da banda era a presença da vocalista Virginie Boutaud. O grupo desentendeu-se, Virginie chegou a gravar com outra banda, mas na última década os integrantes voltaram a se reunir para lançar algumas músicas nas plataformas de streaming.
18. Eduardo Dussek
Eduardo Dussek (que já foi Dusek) lançou carreira no final dos anos 1970 como uma promessa da MPB. No auge da onda roqueira, porém, assumiu o som das guitarras e lançou hinos inesquecíveis como Rock da Cachorra, Cantando no Banheiro e Barrados no Baile. A versatilidade é sua marca: nos últimos anos, apresentou com sucesso o espetáculo Sassaricando, em que cantava marchinhas e sambas de antigos carnavais, incluindo o repertório de Carmen Miranda.
19. Bruno Gouveia (Biquini Cavadão)
O Biquini Cavadão é outra banda que sempre soube interpretar as inquietudes juvenis — basta citar dois de seus grandes sucessos, Tédio e Timidez. Formado no Rio de Janeiro, o grupo tem Bruno Gouveia como vocalista e está na ativa até hoje. O álbum mais recente foi lançado em 2018.
20. Kiko Zambianchi
Rolam as Pedras, Primeiros Erros, Choque... Foram várias as músicas do paulista Kiko Zambianchi que embalaram as festinhas dos anos 80. E a turma que viveu aquela época com certeza vai abrir os pulmões para cantá-las assim que as ouvir de novo. Embora sem o sucesso radiofônico dos velhos tempos, Kiko segue fazendo shows, relembrando as antigas e apresentando novas melodias.
21. Nasi e Edgard Scandurra (Ira!)
O Ira! é o mais paulistano dos grupos e trouxe ao rock brasileiro o sotaque dos bairros da metrópole. A banda lançou sucessos como Flores em Você, Envelheço na Cidade, Dias de Luta e passou por várias formações. Seus integrantes principais, o cantor Nasi e o guitarrista Edgard Scandurra, participaram de vários projetos musicais, mas seguem juntos, fazendo shows em dueto.
22. Lobão
O carioca Lobão participou de vários grupos antes de firmar seu nome como artista solo. Integrou as bandas Vímana, Blitz e também atuou como baterista para vários artistas do pop e do rock. O grande sucesso veio a bordo de hits autorais como Decadence Avec Elgance, Rádio Blá, Vida Bandida e Me Chama, essa última também gravada com muito sucesso por Marina Lima.
23. Supla
Com seus cabelos descoloridos, que mantém até hoje, o paulistano Supla surfou na onda dos anos 1980, primeiro com a banda Tokyo e depois em carreira solo. Gravou o hit Garota de Berlim com participação da cantora alemã Nina Hagen, então uma estrela global. Chegou a montar outra banda, a efêmera Psycho 69, e gravou uma série de discos ao lado do irmão, João Suplicy, com quem forma o dueto Brothers of Brazil.
24. Ritchie
O inglês Ritchie, depois de algumas tentativas de êxito no mundo da música (também fez parte da banda Vímana), viu sua estrela finalmente brilhar com Menina Veneno. Foi um dos grandes sucessos dos anos 80 e até as gerações mais jovens sabem cantar o refrão. Hoje ele dedica-se a interpretar sucessos dos anos 60 e de compositores como Cat Stevens e Paul Simon.
25. Thedy Correa (Nenhum de Nós)
O Nenhum de Nós é outro representante de peso do rock gaúcho. Liderada pelo vocalista e guitarrista Thedy Correa, a banda teve seus maiores sucessos lançados no final da década de 1980, com destaque para Astronauta de Mármore (versão de uma música do inglês David Bowie) e Camila, Camila, uma das faixas mais tocadas nas rádios brasileiras no ano de 1988.
Você viveu os anos 80 e curtiu os cantores e bandas que mostramos? Ou nem tinha nascido na época, mas gosta de ouvir músicas do passado? De qual dos artistas mostrados você gosta mais? Conte para a gente nos comentários!
Comentários
Se o Nando n se afundasse em tantas coisas pesadas com certeza ele estaria BEEEM melhor
muito bom gostei muito
Cadê Ultraje a Rigor aí, uma das bandas mais icônicas da época?
Cantei e dancei muito ao som dessas bandas e cantores!Dificil escolha,pois todos sao maravilhosos!