Faltou o Toddy e o Toddynho.
Como era o visual antigo de 15+ produtos que amamos e usamos todos os dias
Estamos tão acostumados a ver e a usar alguns produtos no nosso dia a dia que, às vezes, nem reparamos que eles mudam de cara, ganham novos logotipos, cores mais vibrantes na embalagem ou são apresentados ao consumidor em formatos diferentes.
Olhando para trás, notamos que a latinha de extrato de tomate que nossas avós ou bisavós usavam para fazer aquela bela macarronada era bem diferente das embalagens plásticas de hoje. Nem o elefante era o mesmo! O Danoninho pelo qual os seus tios tanto esperavam na hora do lanche também tinha outro visual. E a esponja de aço? Quanta diferença!
O Incrível.club entrou no túnel de tempo e foi buscar imagens de como eram (e como são hoje) as embalagens de marcas que amamos e usamos todos os dias. No bônus, uma latinha, que mudou pouquíssimo em cem anos, de um produto que quase todo mundo já usou!
1. Coca-Cola
A Coca-Cola chegou ao Brasil em 1941 e, naquele tempo, o único formato disponível era a tradicional garrafinha de vidro de 185 ml. Mais tarde foram lançadas garrafas com maior volume, como a da Coca-Cola Família (abaixo), que fez sucesso nos anos 1950 e 1960, servindo quatro ou mais copos e prometendo mais economia.
Acompanhando a evolução da sede dos brasileiros, a empresa investiu em novos formatos ao longo do tempo, chegando às latas e às pets de 2 ou 2,5 e até 3 litros.
2. Guaraná Antarctica
O refrigerante de guaraná foi lançado no Brasil em 1921, com o nome de Guaraná Champagne Antarctica. O modelo de garrafinha com rótulo de papel e a faixa vermelha transversal foi popular nos anos 1960 e 1970. Na época, a marca lançou uma campanha de sucesso estrelada pelo personagem Teobaldo (abaixo), que chamava de “boko moko” quem ele considerasse chato e ultrapassado.
As latinhas de Guaraná Antarctica chegaram ao mercado no começo dos anos 1980, década em que a garrafa de vidro também passou por uma reformulação visual.
3. Matte Leão
A empresa Leão Junior foi fundada em 1901 por Agostinho Ermelino de Leão Junior, no Paraná, para processar e industrializar a erva-mate. A marca Matte Leão como conhecemos, no entanto, só chegou ao mercado na década de 1930 e a latinha que vemos acima é sua primeira embalagem. Em 2007, a marca foi vendida para a Coca-Cola e segue atualizando seu visual.
4. Caldo Maggi
A marca suíça Maggi chegou ao Brasil no começo dos anos 1960, revolucionando o jeito de cozinhar com seus caldos industrializados. Na montagem acima, uma prova de como a linguagem visual da marca evoluiu daqueles tempos para cá.
Em meados dos anos 1970 e ao longo da década seguinte, para fazer frente à sua principal concorrente (Knorr), a Maggi investiu pesado na campanha da Galinha Azul. Uma das ações mais lembradas, especialmente por quem era criança na época, foi a distribuição de brindes (abaixo): um lindo porta-caldo para a cozinha e a Galinha Azul que levantava as asas e punha ovinhos!
5. Doriana
Doriana surgiu no início dos anos 1970 como a primeira margarina cremosa no mercado brasileiro. Seu estilo visual era bem diferente do atual. E garantimos que quem viveu aquela época vai ter saudade ao relembrar a embalagem redonda decorada com margaridas.
6. Extrato de Tomate Elefante
O extrato de tomate Elefante surgiu nos anos 1940, produzido pela Companhia Industrial de Conservas Alimentícias, mais conhecida pela sigla Cica. Jotalhão, criado pelo desenhista Mauricio de Sousa, só foi aparecer na propaganda e nas embalagens do produto nos anos 1960. Hoje é quase impossível imaginar o extrato de tomate sem a figura simpática do personagem.
A marca é tão querida que, recentemente, virou uma linha supercharmosa de utensílios para a cozinha. A própria Mônica, filha de Mauricio, postou toda contente a novidade em suas redes sociais.
7. Leite Moça
O Leite Moça da Nestlé chegou ao Brasil em 1875 e, na época, era um produto importado, produzido pela Anglo-Swiss Condensed Milk Co. Portanto, mantinha o nome original, Milkmaid. Por ser uma palavra de difícil pronúncia, as pessoas passaram a chamá-lo de “leite da moça” ou “leite da mocinha”, o que acabou batizando a Marca Moça em 1925.
De lá para cá, esse ingrediente indispensável para o pudim, o brigadeiro e tantas outras delícias passou por várias repaginações visuais. Mas sempre mantendo a graciosa figura da leiteira no rótulo.
8. Farinha Láctea
A Farinha Láctea Nestlé chegou ao Brasil um ano depois do Leite Moça, em 1876. Também era importada e mantinha o nome original, Farine Lactée Nestlé. Em 1924, começou a ser produzida no Brasil e, claro, seu nome foi traduzido.
9. Nescau
O Nescau, vejam só, nasceu como Nescáo em 1932. Só ganhou a letra “u” em 1955 e a fórmula instantânea, em 1960. Diferentemente de outros produtos da multinacional Nestlé, o Nescau foi criado pela equipe brasileira da empresa.
10. Maizena
Maizena é uma marca que tem total confiança no seu visual. Foi criada em 1842 nos Estados Unidos e manteve a caixinha amarela como símbolo de tradição. De lá para cá, houve várias mudanças na embalagem do amido de milho. Embora rearranjado e com novo logotipo, o layout mantém seus pontos fortes: a cor e a ilustração dos índios cultivando e preparando o milho.
Uma das raras ocasiões em que Maizena sofreu mudanças mais radicais foi em 2014, quando a marca comemorou 125 anos de presença no Brasil e colocou imagens retrô na caixa para comemorar. Apesar de já ser vendida por aqui desde 1874, a marca foi registrada no país em 1889. Na época, ainda era importada, mas passou a ser produzida nacionalmente em 1930.
11. Danoninho
O querido Danoninho foi lançado no Brasil em 1973, três anos depois de a marca Danone chegar por aqui. Seu visual, vamos combinar, melhorou bastante e ficou mais atraente para crianças e adultos. Quem nunca teve uma vontade louca de atacar vários potes de Danoninho em sequência?
12. Chicabon
O Chicabon foi lançado pela Kibon em 1942, irmão mais novo do primeiro sorvete da companhia, o Eskibon. Teve várias caras ao longo das décadas e continua em evolução visual. Mas até hoje é sinônimo de picolé de chocolate no Brasil.
Uma curiosidade: você sabia que a Kibon já teve uma linha de chocolates? Nós também não! Mas encontramos uma publicidade antiga e compartilhamos com você.
13. Garoto
Olha só a diferença entre o personagem dos bombons Garoto de antigamente para o dos dias de hoje. A história da empresa e de seus produtos é contada no Museu Garoto, em Vila Velha (ES), onde o imigrante alemão Heinrich Meyerfreund fundou sua fantástica fábrica em 1929.
Os primeiros produtos de Heinrich, no entanto, eram balas, vendidas por meninos nos bondes de Vila Velha. Logo ficaram conhecidas como “as balas dos garotos”, o que acabou por batizar a marca. A empresa começou a fabricar chocolates em 1934 (foto abaixo) e a famosa caixa com bombons sortidos foi lançada no final dos anos 1950.
14. Café Seleto
“Depois de um sono bom, a gente levanta, toma aquele banho, escova o dentinho...” Você conhece essa canção? O tema foi lançado numa campanha publicitária de 1974, mas o Café Seleto é mais antigo do que isso. A marca nasceu em 1948 e passou por muitas mudanças visuais ao longo de sua história.
Hoje o logotipo antigo do Café Seleto está estampado em uma coleção de jarras, canecas e potes de cerâmica, para quem gosta de dar um ar retrô ao café da manhã.
15. Omo
Omo surgiu no Brasil em 1957 e, na época, sua venda era restrita às cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro. A máquina de lavar ainda era um luxo para muitas famílias e a maioria usava sabão em pedra para lavar roupas.
Muitas mudanças de embalagem aconteceram ao longo dos anos, mas uma coisa é certa: Omo é a marca mais lembrada de sabão em pó pelos brasileiros. Desde 1993, é campeã do Top do Top, categoria da pesquisa Top of Mind, do jornal Folha de S.Paulo, que anualmente faz o ranking das marcas mais admiradas no país.
16. Palitos Gina
Você consegue imaginar a embalagem dos Palitos Gina sem o rosto da modelo Zofia Burk? Antes de 1975, os produtos da empresa paulista Rela Gina, fundada em 1947, não tinham uma “cara”. Até hoje “Gina” está presente na embalagem de outros produtos, como espetinhos para churrasco, pregadores de roupa e palitos para sorvete.
O nome da marca foi dado em homenagem à mãe dos fundadores da empresa. Apesar de se chamar Rosa Del Nero Rela, seu apelido era Gina.
17. Leite de Rosas
O Leite de Rosas foi criado no Rio de Janeiro em 1929, fabricado por Francisco Olympio de Oliveira em sua própria casa. A estratégia de marketing inicial envolvia anúncios pregados em postes. Mais tarde, já reconhecida, a marca patrocinou programas e cantores de rádio, tendo as irmãs Carmen e Aurora Miranda como garotas-propaganda.
Leite de Rosas é um clássico e, além do desodorante tradicional, conta com uma linha que inclui sabonetes e hidratante.
18. Bombril
Em 1948, Roberto Sampaio Ferreira decidiu copiar, no Brasil, as palhas de aço usadas pelas donas de casa americanas. A novidade foi um sucesso e, logo no primeiro ano, foram vendidas 48 mil unidades de Bombril. Nos anos 1950, quando surgiu a televisão no Brasil, a marca incorporou a novidade e patrocinou o Circo Bombril, na TV Tupi.
A embalagem antiga quase não tem nada a ver com a original, a não ser pelo nome do produto. E até a esponja de aço tinha um formato diferente, como mostra a foto abaixo.
Bônus: Minancora não mudou (quase) nada!
É muito provável que você já tenha ouvido o conselho da vovó para usar Minancora a fim de secar uma espinha indiscreta que pipocou no rosto. O produto existe desde 1912 e foi registrado em 1915, Logo sua fama ganhou o Brasil e a pomada passou a ser distribuída nacionalmente.
A comparação entre uma latinha antiga e uma nova mostra que o produto mantém basicamente a mesma cara, as mesmas cores e a imagem da deusa Minerva segurando a âncora (Minancora é a junção dessas duas palavras). Para que mexer em time que está ganhando há mais de 100 anos?
Você acha mais charmosas as embalagens antigas ou as modernas? Que diferenças entre os visuais dos produtos chamaram mais a sua atenção? Quais os que não podem faltar na sua casa de jeito nenhum? Compartilhe suas histórias, preferências e opiniões nos comentários!