Como a genialidade feminina transformou a história em 10 criações incríveis

Muitas das invenções e inovações que fazem parte do nosso dia a dia têm como origem o trabalho brilhante de mulheres cujos nomes muitas vezes foram deixados de lado. É hora de mudar isso e celebrar aquelas que transformaram nossas vidas, tornando-as mais práticas, agradáveis e humanas.

Aquário (Jeanne Villepreux-Power)

Se você tem em casa um aquário com peixinhos coloridos e adora observá-los, talvez deva agradecer a Jeanne Villepreux-Power, uma naturalista francesa. Em 1832, ao tentar provar que os argonautas não reutilizam conchas descartadas por outros organismos, mas sim as produzem por conta própria, ela teve a brilhante ideia de criar o primeiro aquário de vidro para estudar esse processo.

Cookies com gotas de chocolate (Ruth Graves Wakefield)

Se você é fã de cookies com gotas de chocolate, deve agradecer a Ruth Graves Wakefield por essa invenção deliciosa. Wakefield era chef, professora, nutricionista e proprietária de uma hospedaria. Em 1930, ela criou um novo tipo de biscoito ao triturar uma barra de chocolate e adicioná-la à massa. Na hospedaria, já era servido um biscoito popular de caramelo, e ela quis criar uma segunda versão desse doce clássico.

Sorveteira (Nancy Johnson)

Nancy Johnson inventou a sorveteira manual para economizar tempo. Na época, o sorvete era preparado de forma demorada e frequentemente ficava cheio de grumos. Johnson criou um dispositivo em que pás dentro de um cilindro eram movidas manualmente para raspar o gelo das paredes. Ela patenteou esse design, e sua sorveteira ainda é usada hoje para preparar sorvete de forma artesanal.

Filtro de café (Melitta Bentz)

Antigamente, o uso de filtros de tecido para preparar café frequentemente resultava em uma bebida supercozida, com resíduos flutuando na xícara. Insatisfeita com isso, Melitta Bentz, uma empreendedora alemã, buscou uma maneira de criar um café mais puro.

Em 1908, ela usou um papel mata-borrão de seu filho para criar o protótipo de um filtro. Esse método simples, mas eficaz, era muito superior às técnicas existentes na época, filtrando a borra e deixando apenas uma bebida limpa e aromática.

Boneca Barbie (Ruth Handler)

Ruth Handler, inspirada pelas brincadeiras de sua filha Barbara com bonecas de papel, percebeu que faltavam no mercado bonecas que se parecessem com adultos. Durante uma viagem à Europa, ela encontrou a boneca alemã ’Bild Lilli’, que serviu como protótipo para a Barbie. Ao voltar para casa, Ruth redesenhou a boneca e a nomeou em homenagem à filha. Mais tarde, ela criou o namorado da Barbie, Ken, batizado com o nome de seu filho Kenneth.

Máquina de remoção de neve (Cynthia May Westover)

Em 1890, Cynthia May Westover trabalhou por dois anos como secretária do comissário de limpeza urbana de Nova York. Durante esse período, ela inventou um carrinho para os varredores de rua, facilitando o trabalho deles e das suas carroças puxadas por cavalos, que na época precisavam carregar cargas pesadas. O carrinho era pequeno o suficiente para ser manejado pelos próprios varredores e possuía uma função de descarregamento automático, permitindo que o lixo fosse despejado diretamente em latas de lixo, eliminando a necessidade de usar carroças puxadas por cavalos.

MBTI (Katharine Cook Briggs e Isabel Briggs Myers)

Em 1923, Katharine Cook Briggs leu o livro Tipos Psicológicos de Carl Jung e apresentou sua teoria à filha, Isabel Briggs Myers. A obra explorava as diferenças inatas entre as pessoas em como elas tomam decisões e processam informações. Inicialmente, Isabel não se interessava pela tipologia de personalidade, mas mudou de ideia ao perceber que isso poderia ajudar a identificar quais tipos de trabalho eram mais adequados para diferentes personalidades.

Decidindo unir forças com a mãe, elas iniciaram um período de 20 anos de observação e estudo sobre os tipos psicológicos. Em 1945, Katharine e Isabel aplicaram seu primeiro teste em estudantes, colocando em prática o indicador de personalidade que haviam desenvolvido.

Garfo para assar (Anna Mangin)

Segundo Andrew, marido de Anna Mangin, ela foi a primeira a idealizar uma forma de simplificar o preparo de massas com um garfo aprimorado. Assim que teve a ideia, ela descreveu o utensílio para ele de maneira tão clara e detalhada que Andrew costumava dizer: ’Consegui visualizar o garfo tão claramente quanto vejo você agora.’

Andrew criou o protótipo do utensílio usando ferramentas simples e madeira de pinho amarelo em seu galpão. Após receber a aprovação de Anna, ele encomendou versões mais resistentes, primeiro em ferro e depois em metal branco. Em 1º de março de 1892, Anna Mangin recebeu a patente para o garfo.

Ficção científica (Mary Shelley)

.Mary Shelley escreveu o primeiro romance de ficção científica em 1818. Podemos agradecê-la por abrir caminho para todas essas aventuras hipermasculinas no espaço, onde mulheres precisam ser resgatadas de dragões robóticos e outras ameaças. Seu romance, Frankenstein, ou o Prometeu Moderno, deu início a um novo gênero literário que permanece popular há mais de 200 anos.

Suporte para papel higiênico e absorventes (Mary Kenner)

Em 1954, Mary Kenner solicitou a patente de um cinto higiênico ajustável que havia criado. Dois anos depois, a patente foi concedida. O invento foi descrito como uma solução para eliminar ’atrito e irritação comumente causados por produtos desse tipo’. No entanto, a empresa que inicialmente demonstrou interesse pelo cinto acabou rejeitando sua proposta. Kenner nunca lucrou com seu invento, pois a patente expirou, tornando o cinto de domínio público e permitindo sua produção livremente.

Entre 1956 e 1987, Mary Kenner registrou um total de cinco patentes para suas invenções voltadas ao lar e à higiene pessoal. Entre elas, destacou-se o suporte para papel higiênico, que ela desenvolveu em parceria com sua irmã, Mildred Davidson.

Os absorventes já apareceram várias vezes em nossos artigos, mas agora você conhece a história de quem revolucionou a higiene feminina com sua invenção. Descubra mais sobre outras mulheres inventoras que transformaram nossas vidas em nossos artigos.