Arqueólogos encontram civilização perdida na Amazônia equatoriana

Curiosidades
12 horas atrás

Escondido nas profundezas da densa floresta amazônica, está um segredo que acaba de ser descoberto. Arqueólogos revelaram recentemente uma descoberta impressionante: uma enorme civilização perdida que prosperou há mais de 2.000 anos, lar de pelo menos 10.000 agricultores. A revelação lança uma nova luz sobre as complexas sociedades que floresceram em uma das paisagens mais remotas e desafiadoras do mundo.

A história começou há mais de duas décadas, quando o arqueólogo Stéphen Rostain notou pela primeira vez uma série de plataformas irregulares e estradas soterradas no Equador. Naquela época, as peças do quebra-cabeça pareciam desconexas, deixando os pesquisadores perplexos. Entretanto, os recentes avanços no mapeamento, incluindo a tecnologia de sensores a laser, desvendaram o mistério, revelando uma grande rede de comunidades e estradas de conexão construídas no sopé dos Andes.

“Era um vale perdido de cidades”, observou Rostain, cujos persistentes esforços levaram a essa espantosa revelação. A magnitude da descoberta é impressionante — estruturas residenciais e cerimoniais, construídas em mais de 6.000 colinas, pontilham a paisagem. Essas estruturas eram cercadas por campos agrícolas meticulosamente planejados, com canais de drenagem completos, demonstrando uma sofisticada compreensão do gerenciamento agrícola.

A escala da civilização é surpreendente. Ocupado pelo povo Upano entre 500 a.C. e 300 a 600 d.C., o local ostentava estradas que se estendiam por até 19 quilômetros de extensão e pouco mais de 10 metros de largura. As estimativas sugerem que, em seu auge, a população pode ter atingido dezenas de milhares, rivalizando com as movimentadas metrópoles da Roma antiga.

“Isso mostra uma ocupação muito densa e uma sociedade extremamente complicada”, disse o arqueólogo Antoine Dorison, enfatizando a notável complexidade da civilização. De fato, a construção dessas estruturas e infraestruturas tão monumentais teria exigido uma quantidade enorme de trabalho e muita organização.

No entanto, o que realmente cativou os pesquisadores foi a percepção de que a Amazônia, muitas vezes vista como uma região selvagem intocada pelas mãos humanas, já teve sociedades vibrantes. “As descobertas recentes nos mostraram como o passado é realmente muito mais complexo”, observou o arqueólogo Michael Heckenberger, da Universidade da Flórida. Pelo contrário, a Amazônia não era uma região selvagem desabitada, mas um mosaico de diversas culturas e assentamentos, cada um deixando sua marca duradoura na paisagem.

Além disso, a descoberta desafia as narrativas convencionais da história da Amazônia. Ao contrário da crença popular, a região não era habitada apenas por pequenos grupos nômades. Em vez disso, foi o lar de civilizações prósperas, cada uma com seu próprio modo de vida. “Sempre houve uma diversidade incrível de pessoas e assentamentos na região, não apenas uma maneira de viver”, observou Rostain, ressaltando a riqueza da história amazônica.

A descoberta dessa civilização perdida comprova a resiliência e a capacidade de adaptação dos povos antigos. Apesar dos duros desafios impostos pelo ambiente amazônico, eles prosperaram, deixando um legado que continua até hoje inspirando admiração e provocando encantamento. À medida que os pesquisadores se aprofundam nos mistérios do passado, algo permanece evidente: a floresta amazônica guarda inúmeros segredos, à espera de serem descobertos e compartilhados com o mundo.

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