Após 12 anos de dor, médico devolve esperança à garota com pescoço curvado

Saúde
há 1 mês

Para a maioria das crianças, as amizades são formadas com colegas de classe, vizinhos ou, às vezes, até com um brinquedo de pelúcia ou animal de estimação. Mas para Afsheen Gul, de 13 anos, do Paquistão, sua infância não foi nada típica. Ela nunca teve a chance de frequentar a escola ou brincar com os amigos em consequência de um acidente quando tinha apenas 10 meses. Ela caiu dos braços de sua irmã, deixando seu pescoço dobrado em um ângulo de 90 graus. No entanto, a vida de Afsheen deu uma guinada esperançosa quando um médico indiano se ofereceu para corrigir seu pescoço curvado sem nenhum custo. Esta é a história comovente de Afsheen.

Nos 12 anos seguintes ao acidente, a menina viveu confinada em sua casa. Seus pais a levaram ao médico, que prescreveu medicamentos e colocou um cinto em volta de seu pescoço para dar apoio. Entretanto, apesar desses esforços, sua condição continuou a se deteriorar.

Mais tarde, Afsheen foi diagnosticada com luxação rotatória atlantoaxial, um distúrbio de rotação da coluna vertebral que afeta o movimento do pescoço. Ela também tem paralisia cerebral, o que atrasou sua capacidade de andar e falar, colocando-a ainda mais atrás de seus colegas. “Ela não conseguia andar, comer ou falar. Ela costumava ficar deitada no chão e nós a ajudávamos em tudo”, explicou a mãe de Afsheen, Jamilan Bibi, acrescentando que eles não tinham condições de pagar por um tratamento adicional para sua condição.

Em fevereiro de 2018, Afsheen foi internada no Agha Khan University Hospital em Karachi, o maior hospital privado do Paquistão. Os médicos informaram à sua família que a cirurgia era uma opção, mas que só lhe davam 50% de chance de sobrevivência. Após pedir um tempo para considerar o procedimento, os pais de Afsheen a levaram para casa, sentindo-se desanimados com a falta de apoio dos funcionários do governo para ajudar a continuar seu tratamento.

No entanto, a história de Afsheen ganhou atenção em 2019, quando a jornalista britânica Alexandria Thomas cobriu sua condição e destacou as dificuldades financeiras de sua família.

Com o apoio de uma organização independente de cuidados infantis, a família solicitou um visto médico e viajou para a Índia.

A jornalista britânica também os colocou em contato com o Dr. Rajagopalan Krishnan, especialista em cirurgias complexas da coluna vertebral no Apollo Hospital em Delhi. Após conversar com o irmão de Afsheen, Yaqoob Qumbar, o Dr. Krishnan se ofereceu para realizar a cirurgia gratuitamente, marcando um momento crucial na jornada de Afsheen.

O sr. Qumbar lembra que foi um momento incrivelmente desafiador para Afsheen e sua família. “O Dr. Krishnan nos disse que o coração ou os pulmões dela poderiam parar de bater durante a operação.” Mas ele trouxe esperança para a família. Qumbar menciona que, embora tenham procurado vários médicos durante esse período, nenhum deles foi tão “sensível e gentil” quanto o Dr. Krishnan. “Graças aos seus esforços e supervisão, a operação foi bem-sucedida”, acrescentou.

Afsheen foi submetida a duas cirurgias significativas, antes da principal no pescoço, seguida de outra grande operação. Na cirurgia principal, o Dr. Krishnan e sua equipe realizaram um procedimento de seis horas para prender o crânio de Afsheen à medula espinhal. O crânio foi então fixado à coluna cervical com haste e parafusos para manter o pescoço alinhado. Após o sucesso da cirurgia, o Dr. Krishnan explicou que Afsheen não teria sobrevivido por muito mais tempo sem o tratamento.

No entanto, agora ela está “sorrindo e falando”, disse seu irmão, o Sr. Qumbar. Segundo ele, nos quatro meses seguintes, Afsheen começou a andar, falar e comer de forma independente. No entanto, apesar de seu progresso, ainda há desafios — ela continua mais lenta do que as outras crianças, e muitas vezes julgam Afsheen por isso.

“Esse é provavelmente o primeiro caso desse tipo no mundo”, reconheceu o médico. Ele observou que as feridas foram curadas e que ele a acompanha semanalmente pelo Skype. “Ela está um pouco fraca e ainda não pode ir à escola, mas o médico diz que isso vai melhorar com o tempo”, explicou Qumbar. “Estamos muito felizes — o médico salvou a vida da minha irmã. Para nós, ele é um anjo”, acrescentou o irmão agradecido.

Outra história comovente se desenrolou quando uma mulher em situação de rua teve um encontro casual com uma alma sensível. Confira!

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