A Lua se move todas as noites — e 10 novos fatos espaciais
É normal que os planetas fiquem um pouco inclinados para o lado. A inclinação da Terra é de 23 graus e é por isso que temos as estações. É verão quando a parte do mundo onde você está fica mais próxima do Sol. Também funciona da maneira oposta — é inverno quando você está na parte mais afastada dele.
No entanto, Urano está inclinado mais do que o normal. Encontra-se em um ângulo de 98 graus, o que tem um enorme efeito em suas estações. Cada estação lá leva 21 anos para terminar. Algo para pensar na próxima vez que reclamarmos que o inverno parece durar para sempre.
Aqui na Terra, medimos distâncias em minutos e horas, talvez até dias. Leva 10 minutos para caminhar até a casa do seu melhor amigo ou 15 minutos para dirigir até o seu café favorito. Mas no espaço é diferente. É vasto, o que significa que medimos quanto tempo leva para chegar a um certo ponto em anos ou, na maioria dos casos, anos-luz.
Então, se, um dia, você quiser caminhar até a Lua, seriam necessários nove anos para percorrer os 385.000 quilômetros.
Talvez você queira dar um passeio até a estrela mais próxima, Proxima Centauri? Se você mantiver o pé no fundo a uma velocidade constante de 113 km/h, chegará lá em cerca de 356 bilhões de horas, ou cerca de 40,5 milhões de anos. (Confie em mim, depois dos primeiros 20 milhões de anos, você estaria se perguntando por que ir até lá.)
Marte contém o maior vale que descobrimos até agora, Valles Marineris. É um sistema bastante impressionante de cânions de 4000 quilômetros de comprimento. Isso é 5 vezes mais do que o Grand Canyon. Pesquisadores o detectaram pela primeira vez na década de 1970. Um banco de vulcões localizado do outro lado da cordilheira do cânion provavelmente ajudou a formar este vale.
Ainda não descobrimos um planeta completamente feito de diamantes, mas em alguns planetas, na verdade, chove diamantes. Em Júpiter e Saturno, gigantes gasosos do nosso sistema solar, tempestades de raios transformam o abundante metano em fuligem, que também conhecemos como carbono. A fuligem cai e se transforma em grafite. O grafite, por sua vez, se transforma em diamantes com um diâmetro de cerca de 1 centímetro. Antes de começar a descobrir como reservar uma viagem de campo para coletar diamantes, saiba que esses diamantes não duram. Depois que entram no núcleo do planeta, eles derretem.
Já notou que se você olhar as estrelas duas noites seguidas no mesmo horário, digamos às 21 horas, as estrelas ficam no mesmo lugar, mas a Lua não?
Há duas razões para isso.
Primeiro, depende de que horas você vai observar as estrelas. Por exemplo, se você sair às 20 horas hoje e amanhã procurar por elas às 23 horas, verá a Lua em dois lugares bem diferentes. Nesse caso, até as estrelas ocupam lugares diferentes no céu, já que nosso planeta está girando. Como você sabe, leva 24 horas para a Terra fazer uma volta completa. Isso significa que, do nosso ponto de vista, parece que tanto o céu quanto tudo lá em cima estão se movendo ao nosso redor uma vez a cada 24 horas. Da mesma forma, o Sol muda de posição, nascendo e se pondo todos os dias.
Então, se você sair duas noites seguidas na mesma hora, na maioria dos casos, terá que esperar mais meia hora ou até mais até que a Lua volte à mesma posição da noite anterior. As estrelas estão praticamente paradas — parece que estão se movendo, mas isso é só porque a Terra está girando. Mas a Lua está REALMENTE se movendo ao redor do nosso planeta e ela passa por diferentes fases. Por exemplo, uma lua nova é quando está completamente escuro no céu. Uma lua cheia é quando seu lado diurno está voltado para a Terra. Demora cerca de um mês para a lua dar uma volta completa ao redor da Terra.
Talvez você tenha mais sorte em uma expedição de coleta de diamantes neste próximo planeta, a 40 milhões de anos-luz da Terra? 55 Cancri e. Os cientistas costumavam chamá-lo de “superTerra”. Uma superTerra é geralmente um planeta muito maior que o nosso. Este planeta, por exemplo, tem o dobro do tamanho da Terra. Está tão perto de sua estrela, que faz um círculo completo ao seu redor em menos de 18 horas, o que significa que o ano lá é bem curto. Por estar tão perto de sua estrela, sua temperatura chega a incríveis 2.700 graus Celsius. Devido ao calor, em combinação com a densidade do planeta, os cientistas acham que seu núcleo deva ser formado por carbono na forma de grafite e diamantes.
Há mais de 10 anos, os astrônomos descobriram uma enorme nuvem de vapor de água a 12 bilhões de anos-luz do nosso planeta. Essa nuvem é a maior fonte de água que conhecemos. É também a mais antiga, datando de quando o Universo tinha apenas 1,6 bilhão de anos. Agora tem 13,8 bilhões de anos. (Cara, se eu tivesse começado uma poupança 12 bilhões de anos atrás. Com os juros, eu teria uma pilha de dinheiro agora. Mas eu não estava por perto.) De qualquer forma, essa nuvem é tão grande que detém 140 trilhões de vezes a quantidade de água em todos os oceanos do nosso planeta. Essa nuvem meio que “alimenta” um buraco negro. Também pode conter gases suficientes, como monóxido de carbono, para “encorajar” o buraco negro a crescer seis vezes mais do que é no momento.
A temperatura média do nosso planeta é de cerca de 14 graus Celsius. E a temperatura mais alta já medida foi de 57 graus Celsius. Parece muito? Bem, em Vênus, pode chegar a 482 graus Celsius, o que o torna o planeta mais quente do nosso sistema solar. No entanto, não é quente o suficiente para derreter aço. Precisaria de mais 1370 graus para chegar lá. Mas é quente o suficiente para derreter chumbo. E quente demais para permitir a vida — pelo menos da forma que conhecemos. Vênus nem é o planeta mais próximo do Sol — é Mercúrio. Mas tem uma atmosfera superespessa que retém gases de efeito estufa. É como se você se cobrisse com um cobertor bem grosso no meio do verão.
Estamos acostumados a ver vulcões expelindo lava quente derretida. Afinal, é isso que eles fazem principalmente na Terra. Mas no espaço, os vulcões tendem a expelir metano, água ou amônia. E esses materiais congelam à medida que entram em erupção e eventualmente se transformam em vapor congelado e algo chamado “neve vulcânica”. Estou falando de criovulcões aqui. Você pode encontrá-los nas luas de Júpiter Io e Europa, em Titã, a lua de Saturno, e em Plutão. Esses vulcões são especialmente ativos em Io, que possui centenas de respiradouros. Veículos da NASA até capturaram alguns deles em erupção em tempo real. Plumas de vapor congelado saindo deles se estendiam por cerca de 400 quilômetros.
O que exatamente acontece com a luz depois que ela desaparece dentro de um buraco negro?
O fóton é uma partícula de luz. O horizonte de eventos é o limite de um buraco negro. Quando algo, digamos, um fóton, cruza a linha e entra nesses limites, não pode mais escapar. Mas isso não significa que um buraco negro o destruiu. Ele puxa o fóton rapidamente em direção ao seu centro, onde uma enorme massa é compactada em um espaço infinitamente pequeno. Mas não temos certeza do que acontece com fótons em condições tão extremas. Ainda é um dos maiores mistérios — um buraco negro destrói a luz ou não?
Saturno tem 82 luas que conhecemos — 53 confirmadas e mais 29 que ainda estão na lista de espera para serem confirmadas como luas reais antes de receberem nomes oficiais. E uma de suas luas mais legais pode ser um pedaço de rocha de 1470 quilômetros de largura chamada Jápeto. É escura de um lado e clara do outro.
Sua metade mais clara é 20 vezes mais reflexiva que a outra. Como se viu, o lado brilhante é o gelo. O lado escuro é um pouco mais complicado. Uma teoria diz que é escuro por causa de partículas vindas de outra lua, a chamada Febe. Outra teoria diz que pode ser devido ao calor. Como a Lua está girando muito lentamente, seu material escuro está absorvendo calor, o que a torna ainda mais escura.
Quão grande você acha que um buraco negro pode se tornar? Em teoria, não podemos encontrar um limite para sua massa. Mas os astrônomos acreditam que os buracos negros ultramassivos (UMBHs) localizados nos núcleos de certas galáxias têm, em sua maioria, até 10 bilhões de massas solares. Recentemente, eles até descobriram que esses UMBHs fisicamente não podem crescer muito mais do que isso porque, nesse caso, começariam a romper os discos de acreção que os alimentam. Dessa forma, eles meio que “encheriam” a fonte do novo material.
A maioria das pessoas imagina o Universo com uma cor entre água-marinha e turquesa pálida. Até mesmo alguns pesquisadores pensaram que era assim. Se conseguiu determinar a cor cósmica combinando a luz de mais de 200.000 galáxias dentro de dois bilhões de anos-luz do nosso planeta. Mas a cor real é mais próxima do bege. Os pesquisadores entenderam tudo errado porque havia um bug no software. (Sério?) Ele converteu o espectro cósmico na cor que nossos olhos veriam se fôssemos expostos a ele. A equipe definiu essa cor como um ’latte cósmico’. (Ooh, faça uma dose dupla para mim, com baixo teor de gordura, e para levar, por favor.)