11 animais híbridos que você nem suspeitava que existiam

Consumimos tantas produções ao longo da vida que, muitas vezes, acabamos acreditando cegamente em fatos apresentados por filmes e séries. No entanto, ao prestarmos mais atenção — ou até mesmo ao fazermos uma simples pesquisa — podemos descobrir que muitas dessas informações são, na verdade, distorcidas ou completamente falsas. E as produções ambientadas na Grécia e na Roma antigas também não escapam dessas incongruências históricas.
Os filmes costumam retratar os palácios e construções da Grécia e da Roma antigas em tons de branco, como os conhecemos hoje. No entanto, estudos arquitetônicos apontam que, na época em que foram erguidos, tanto os edifícios quanto as esculturas eram bastante coloridos.
A maioria acha que os espartanos eram guerreiros desleixados, para quem a aparência estava quase em último lugar. Nos surpreendemos ao descobrir que os homens espartanos cuidavam bastante de sua aparência.
Os espartanos prestavam atenção especial ao cabelo, que normalmente era trançado. Em fontes antigas, podemos encontrar referências aos cabelos grossos dos guerreiros, que atingiam o meio das costas. A popularidade desse tipo de penteado também é comprovada pelas imagens que chegaram até nós.
Na maioria dos filmes sobre a Grécia Antiga, os personagens femininos usam vestidos perfeitamente ajustados, com cortes complexos e recortes sedutores. Mas a realidade era diferente.
Os principais componentes dos trajes gregos antigos, tanto femininos quanto masculinos, eram as túnicas (peplos ou chiton) e o manto (himation). O peplos era apenas um pedaço retangular de tecido, geralmente de lã, com a borda superior dobrada até chegar à cintura. Nos ombros, o peplos era fixado com alfinetes e, na cintura, com um cinto especial. Nas laterais, o tecido às vezes era costurado ou preso com fíbulas.
Já o chiton era feito de tecidos leves como o linho. Esse tipo de túnica era costurada nas laterais, cintada e presa no ombro com botões ou alfinetes. O chiton feminino atingia o chão, e o masculino não ficava abaixo dos joelhos.
O himation era usado sobre as túnicas só em um ombro ou como uma capa. As mulheres também poderiam usar um xale epiblema sobre a túnica. Os tecidos eram tingidos com cores vivas e decorados com bordados.
Diversas histórias exaltam a beleza de Helena de Tróia, o que justifica o fato de ela ser frequentemente retratada por atrizes consideradas deslumbrantes. Embora os traços reais da personagem histórica permaneçam um mistério, é possível afirmar que sua aparência representava o ideal estético de sua época.
Com base em representações antigas e descrições literárias, é plausível imaginar que Helena possuía uma testa curta, nariz reto e proeminente, queixo levemente erguido e traços suaves e arredondados. Segundo a obra Da História da Destruição de Tróia, ela teria pele clara, cabelos loiros, olhos grandes e uma pequena marca entre as sobrancelhas.
As mulheres da Grécia Antiga são mostradas no cinema com os cabelos soltos, sobrancelhas bem feitas e bronzeado mediterrâneo. A verdade é que na Grécia Antiga as sobrancelhas fundidas naturais e a pele clara eram consideradas belas, e as mulheres casadas prendiam os cabelos longos fazendo um coque.
Para chegar mais perto do ideal, as mulheres clareavam a pele, tingiam as sobrancelhas com fuligem ou aplicavam sobrancelhas artificiais feitas de pelo de cabra.
Ao contrário do que vemos nos filmes, os gladiadores nem sempre lutaram até o último suspiro. Pelo contrário, tal resultado era considerado ilegal. Existiam regras especiais para as lutas, que eram monitoradas por juízes. Em um gladiador era investido muito dinheiro e perdê-lo não era muito inteligente.
Na verdade, gestos específicos decidiam sim o destino de um gladiador, mas eles não tinham nada a ver com o polegar. Para perdoar o lutador, o público cerrava os punhos.
Os gladiadores na Roma Antiga eram tratados com mais dignidade do que muitos imaginam. Recebiam alimentação especial, atendimento médico e viviam em condições organizadas. Eram figuras populares, admiradas pelo povo, com imagens espalhadas em locais públicos. Muitos não eram escravizados — alguns cidadãos livres escolhiam se tornar gladiadores em troca de dinheiro e fama.
As lutas não eram um duelo comum como vemos nos filmes. Elas eram um show espetacular com cenários e adereços elaborados. Os gladiadores usavam trajes pomposos e complexos que vagamente se assemelhavam a uma armadura clássica.
Pesquisas realizadas a partir de restos mortais de gladiadores encontrados em uma vala comum revelaram uma surpreendente característica: esses combatentes apresentavam uma espessa camada de gordura sob a pele. A descoberta levou os especialistas a concluir que a dieta dos gladiadores era pobre em proteínas de origem animal e rica em carboidratos, principalmente derivados de grãos. Por esse motivo, os antigos romanos chegaram a apelidá-los de “comedores de cevada”.
No entanto, isso não quer dizer que os gladiadores recebiam uma alimentação negligente. As evidências sugerem que essa dieta baseada em vegetais era cuidadosamente planejada para proporcionar maior resistência física e prolongar o desempenho durante os combates. Para suprir a falta de cálcio na alimentação, os lutadores consumiam uma bebida específica feita com cinzas de plantas, usada como suplemento mineral.
Olhando para Angelina Jolie interpretando a rainha Olímpia — a mãe de Alexandre, o Grande, involuntariamente pensamos que todas as mulheres, naquele tempo, tinham um nariz delicado, lábios carnudos e maçãs do rosto cinzeladas. Mas na verdade a rainha Olímpia pouco se assemelha à imagem construída por Hollywood. A julgar pela única imagem restante dela, podemos afirmar que a rainha Olímpia ostentava um perfil clássico grego: tinha testa pequena, queixo erguido e o rosto suave.
Mas não é apenas nos filmes de época que os fatos são distorcidos. Muitas outras produções também apresentam detalhes que não correspondem à realidade. Afinal, um duto de ar é realmente grande o suficiente para uma pessoa passar? E as areias movediças funcionam exatamente como são retratadas nas produções?