14 Histórias de encontros que beiraram a loucura

Todo bom pai quer ver seu filho crescendo feliz e se tornando bem-sucedido e faz o possível para isso acontecer. A verdade é que as amizades têm um papel essencial no bem-estar de qualquer pessoa, elas trazem alegria, dão sentido à vida e até contribuem para viver mais. Por isso, resolvemos investigar o que os pais podem fazer para ajudar seus filhos a desenvolverem boas amizades e se saírem bem nessa parte tão importante da vida.
Quando pensamos em popularidade na escola, tendemos a pensar nas “crianças descoladas” (pense em Regina George em Meninas Malvadas), mas esse é apenas um tipo — status. A tentativa de subir na hierarquia da escola pode levar crianças e adolescentes a se envolverem em atividades perigosas ou a serem agressivos, e pessoas obcecadas por status podem crescer e ter problemas de relacionamento.
Existe, porém, outro tipo de popularidade que faz toda a diferença, ser visto como uma pessoa simpática. Segundo o psicólogo Mitch Prinstein, crianças que são apreciadas pelos colegas costumam liderar de forma discreta, ajudar os outros e colaborar mais. Esse tipo de popularidade, baseada em boas relações interpessoais, traz benefícios duradouros. Pesquisas mostram que essas crianças têm mais chances de alcançar sucesso e até ganhar mais dinheiro quando crescem.
Os pais têm um papel importante no desenvolvimento de traços sociais positivos nos filhos, e o estilo de criação que adotam faz toda a diferença. Um bom ponto de partida é olhar para a própria história. Tente se lembrar da sua época na escola, especialmente se houve experiências difíceis ou traumas não resolvidos. Isso porque, segundo estudos, pais que enfrentaram desafios na adolescência tendem a dar menos atenção aos relacionamentos sociais dos filhos e, muitas vezes, não intervêm quando necessário. Reconhecer e lidar com essas questões pode ajudar a quebrar esse ciclo e oferecer um apoio mais consciente.
Então, o que você pode fazer? Comece refletindo sobre os seus próprios relacionamentos na infância e adolescência. Se você se sentia solitário, inseguro ou ansioso naquela época, é importante reconhecer e trabalhar esses sentimentos. Isso ajuda a evitar que experiências passadas influencie, de forma inconsciente, a maneira como você enxerga as amizades do seu filho e o tipo de apoio que oferece a ele.
Vale lembrar que críticas em excesso podem ter um efeito negativo no comportamento do seu filho. Elas podem deixá-lo mais agressivo, causar problemas de conduta e até dificultar suas relações com outras crianças, afinal, isso afeta diretamente a forma como ele interage socialmente. Como os pequenos a aprendem muito pelo exemplo, uma das melhores maneiras de ensiná-los a serem gentis e cooperativos é demonstrando esses comportamentos no dia a dia, especialmente na forma como você trata as pessoas ao seu redor.
O que fazer? Tente manter a calma perto do seu filho para evitar ficar com raiva dele e também de outras pessoas.
Para construir amizades mais fortes e significativas, as crianças devem aprender a gerenciar suas emoções de forma eficaz. Isso não significa mantê-las reprimidas; na verdade, é exatamente o contrário. Às vezes, as crianças agem quando precisam expressar algo, mas não conseguem. A empatia é a chave aqui. Ela ensina às crianças que, mesmo que estejam sentindo algo negativo, isso não é perigoso. Elas sabem que seus pais estão lá para ouvi-las e ajudá-las a superar qualquer coisa.
Veja o que você pode fazer: Tente fazer com que seu filho se sinta ouvido e ajude-o a lidar com as emoções que ele sente, especialmente as negativas.
Pesquisas demonstraram que os pais podem ter um impacto positivo ou negativo nas amizades dos filhos. Por exemplo, é uma boa ideia marcar encontros para crianças pequenas, mas, à medida que elas crescem, é melhor que administrem seus relacionamentos por conta própria. Em geral, as pesquisas mostram que o excesso de controle psicológico pode arruinar as amizades das crianças.
Veja o que você pode fazer: À medida que seus filhos forem crescendo, ajude-os a fazer amigos, mas não interfira muito.
Pesquisas mostram que a autoestima das crianças é um fator importante na popularidade delas. O psicólogo Mitch Prinstein diz que precisamos aprender a reagir às coisas ruins que acontecem em nossa vida. Não se culpe (“Fui reprovado porque não sou inteligente o suficiente”), mas observe a situação e as circunstâncias (“Não tive tempo suficiente para me preparar para a prova”).
Veja o que você pode fazer: É importante ensinar responsabilidade a seu filho, mas lembre-se de que sempre levar a culpa não é uma maneira saudável de reagir a eventos negativos.
As crianças tendem a copiar a forma como se comunicam com os colegas a partir do jeito que os pais se comunicam com elas. Por isso, o estilo de apego é fundamental. Segundo os pesquisadores, é importante que os pais busquem criar um vínculo seguro com os filhos. Isso quer dizer que a criança se sente segura para explorar o mundo sozinha, mas sabe que pode contar com os pais sempre que precisar.
Quando falamos sobre a comunicação das crianças, é essencial lembrar que elas aprendem observando os pais. Por isso, fortalecer esse vínculo seguro ajuda a garantir que a criança se sinta confiante para se aventurar, com a tranquilidade de saber que os pais estarão por perto para apoiá-la.
O que você pode fazer? Dê uma olhada nos estilos de apego abaixo e veja se o seu é seguro.
Apego evitativo e inseguro: É quando os pais não confortam seus filhos quando eles precisam. Em vez disso, os adultos não prestam atenção aos sentimentos dos filhos e não os ajudam. Nesse caso, as crianças aprendem a manter suas emoções sob controle e a confiar apenas em si mesmas quando têm dificuldades.
Apego desorganizado e inseguro: Se um dos pais não responder às necessidades do filho de forma adequada, por exemplo, rejeitando-o ou o assustando em vez de ajudá-lo, ele pode desenvolver um apego inseguro. Esse comportamento geralmente é causado por um trauma não resolvido no passado dos pais. Se a criança desenvolver esse tipo de apego, ela poderá se tornar agressiva ou rejeitar os pais.
Embora seja gratificante cultivar a popularidade do seu filho, é fundamental estar ciente do impacto do narcisismo. Nosso próximo artigo se aprofundará nos sinais de alerta de uma infância contaminada pelo narcisismo, oferecendo informações valiosas para os pais.