6 Novelas que pararam o Brasil no último capítulo

No dia 6 de janeiro de 1989, o Brasil só queria uma resposta: quem matou Odete Roitman? A pergunta ficou famosa durante a exibição de “Vale Tudo”, marcada pela vilã interpretada por Beatriz Segall. Não foi um caso único. Quando a televisão era a diversão principal das famílias brasileiras, algumas novelas conseguiram parar o país e virar tema único de discussão.
O Incrível.club selecionou seis destas novelas que, por razões diversas, entraram para sempre no imaginário popular. Você se lembra ou já ouviu falar delas? Venha com a gente!
O Astro (1977)
Este é um segredo de sucesso da maioria das novelas da nossa lista: um crime cujo desenrolar atravessa a novela. Neste caso, a vítima foi Salomão Hayalla (Dionísio Azevedo), empresário que morreu no capítulo inicial da trama. O acidente de carro foi o meio para o assassinato e descobriu-se no último capítulo que o autor do crime foi Felipe Cerqueira (Edwin Luisi), amante da mulher de Salomão. O Astro ainda teve uma segunda versão, em 2011, em que Hayalla foi interpretado por Daniel Filho.
Roque Santeiro (1985)
A novela de Dias Gomes foi um sucesso estrondoso nos anos 1980. Repleta de tramas paralelas, colocou na história da teledramaturgia o personagem-título, vivido por José Wilker e que estava morto (só que não), Sinhozinho Malta (Lima Duarte) e a Viúva (do morto-que-não-morreu) Porcina (Regina Duarte). Embora o trio de protagonistas fosse, claro, o centro da trama, a novela ainda teve diversos personagens marcantes, como Zé das Medalhas (Armando Bógus), Beato Salu (Nelson Dantas) e o Cego Jeremias (Arnaud Rodrigues). A trama era uma ótima sátira à exploração política e comercial da fé popular.
Vale Tudo (1988)
Onze anos depois da morte de Salomão Hayalla, outro crime ficou famoso no imaginário popular. “Quem matou Odete Roitman?”, a icônica vilã da trama escrita por Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères e vivida por Beatriz Segall. O mistério chegou ao fim em janeiro de 1989, no último capítulo da novela de oito meses, quando descobriu-se que ela havia sido assassinada por Leila (Cássia Kis), que não sabia que estava matando Odete. O mistério durou apenas 11 capítulos, entre crime e desfecho. Mas foi suficiente até para que fosse feito um bolão promovido por uma marca de caldo de galinha. Outra vilã marcante foi Maria de Fátima (Glória Pires), filha de Raquel Accioli (Regina Duarte).
A Próxima Vítima (1995)
Durante a novela, que teve média de 51 pontos de audiência, um assassino promove diversas mortes e o telespectador, claro, só ficou sabendo quem era o homem que guiava um Opala preto no capítulo derradeiro. O vilão era Adalberto (Cecil Thiré), que havia desaparecido depois de ter gasto todo o dinheiro da mulher, Carmela Ferreto (Yoná Magalhães). A trama de Silvio de Abreu também ficou conhecida por ser pioneira ao mostrar um casal gay, formado por Sandrinho (André Gonçalves) e Jefferson (Lui Mendes).
Senhora do Destino (2004)
Mais uma das grandes vilãs da história das novelas no Brasil. Renata Sorrah era Nazaré, que na juventude foi uma prostituta que roubou Lindalva (Carolina Dieckmann), filha ainda bebê de Maria do Carmo (Susana Vieira). Durante a novela de Aguinaldo Silva, ela ainda cometeu outros crimes e ficou famosa ao empurrar pessoas pela escada. “Senhora do Destino” foi então a novela de maior audiência desde “O Rei do Gado”, de 1996.
Avenida Brasil (2012)
É vilã que você quer? Então aqui vai mais uma: Carminha (Adriana Esteves) já mostra a que veio logo no primeiro capítulo, quando abandona a enteada de 11 anos em um lixão e a menina, é claro, cresce (interpretada por Débora Falabella) com sede de vingança. O sucesso da obra de João Emanuel Carneiro foi tamanho que até a imprensa internacional deu destaque ao fenômeno. O jornal inglês “The Guardian” contou que a então presidente Dilma Rousseff mudou sua agenda para não coincidir com o último capítulo. A BBC e o “Washington Post” também citaram a novela.
E você, qual destas novelas te marcou mais? Tem alguma outra que não está na lista? Deixe seu comentário, queremos saber mais!
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