6 Lições que aprendemos com Maria Bruaca, que reencontrou o amor-próprio após um casamento fracassado
A personagem Maria Bruaca, interpretada pela atriz Isabel Teixeira, em Pantanal (2022), está dando o que falar. Sempre submissa a Tenório, seu marido, a personagem se rebelou após descobrir a bigamia do companheiro e começou a viver a vida em seus próprios termos, fazendo o que dá na telha, sem sentir culpa ou remorso pelas novas escolhas.
Aqui no Incrível.club, somos grandes admiradores das guinadas surpreendentes que os personagens podem inspirar na vida real. Por isso, hoje, te convidamos a conhecer as lições que aprendemos, até agora, com a Maria. Confira!
1. Um relacionamento saudável precisa de equilíbrio
Maria “Bruaca” e Tenório são casados há 30 anos. Porém, desde antes do nascimento de Guta, única filha do casal, o esposo já tinha um filho com outra mulher, com quem mantém um relacionamento estável desde então. A segunda família de Tenório sabe da existência da primeira, mas Maria “Bruaca”, sua esposa, nem desconfia da realidade paralela do marido.
Maria é uma mulher que busca fazer todas as vontades de Tenório abrindo mão dos seus próprios desejos. A personagem, vivida com maestria por Isabel Teixeira, passa a maior parte do tempo sozinha em casa, vendo o mundo “através das janelas de sua cozinha”, enquanto o marido viaja à negócios. Além disso, Maria se preocupa com o bem-estar do esposo, fazendo tudo que está ao seu alcance para que ele seja feliz. Tal comportamento, no entanto, não é recíproco, já que o egoísmo e a falta de consideração de Tenório são evidentes, mostrando que, nessa relação, não há equilíbrio algum.
2. Todos merecem respeito e consideração
Como se a falta de consideração não fosse suficiente, Tenório também humilha a esposa, inclusive, dando-lhe o apelido pejorativo de “bruaca”, que faz às vezes de sobrenome da mulher na novela. Pode parecer uma piada inofensiva, mas com o passar do tempo, Maria acaba incorporando o sentido da palavra à própria personalidade, acreditando que não merece respeito e consideração do esposo e de ninguém.
A partir do momento em que ela toma consciência da bigamia de Tenório, uma das primeiras atitudes que tem é rejeitar o apelido que carregou durante toda a vida. Em uma cena emocionante, a personagem diz: “Se você quiser comida na mesa, se quiser tuas roupas lavadas, passadinhas dentro das tuas gavetas, você contrata uma empregada, viu. Eu não vou mais ser a sua bruaca. Nem sua, nem de ninguém!”, marcando a importante transição.
3. O primeiro passo sempre é o mais difícil
Ao contrário de Tenório, que passou 30 anos sustentando uma farsa, Maria não consegue levar uma vida dupla. Num primeiro momento, ela finge que não sabe de nada e chora, liberando a dor, a mágoa e o ressentimento aos poucos. Ela não age precipitadamente e respeita o próprio processo, enquanto vai descobrindo uma nova maneira de viver.
A atriz Isabel Teixeira, intérprete da personagem, explica melhor: “Existe algum resquício de amor ali sim... Eles se conhecem muito, é muita intimidade, e acho que de alguma maneira ela gostava, ela estava feliz ali. Mas aí veio esse vetor de fora [a filha] e isso movimenta a dramaturgia, é como se fosse uma flecha entrando naquela casa e transformando tudo. Para mim o chão daquilo que ela construiu, a casa, sofre um abalo sísmico. A Maria vai tentando se manter de pé do jeito que ela vai conseguindo e aquele chão que ela construiu durante 30 anos com o Tenório não vai mais voltar, já se abalou”.
4. Captar a realidade é essencial para a mudança
Maria estava acostumada a sofrer, seja levando o casamento nas costas durante todo o tempo em que esteve nele, seja por estar sobrecarregada, cuidando da casa sozinha, enquanto o marido sempre cultivou distância, tanto física quanto emocional. Por não receber nada e por ser constantemente ofendida, ela acreditava que tinha tudo.
Na cena em que ela confirma a traição, Tenório fala para Guta: “Sua mãe sempre dependeu de mim a vida inteira, sempre foi a minha sombra”, quando, na verdade, foi ele quem sempre dependeu do trabalho, do esforço e do amor de Maria para prosperar. Mesmo sabendo de tudo, Maria não elege o confronto como primeira alternativa. Ao contrário, acostumada a rotina, ela volta para seus afazeres, chorando, relembrando e entendendo que vivia em uma mentira. Saber decifrar e entender a própria história é primordial para engrenar uma mudança de comportamento consistente.
5. Reerguer-se pode ser um processo longo
Apesar de estar em uma crescente virada de página, a vida de Maria não vai se resolver tão rapidamente, afinal, não é fácil sair de um relacionamento como o dela de uma hora para a outra. Mesmo que Maria tenha dado um ponto final no casamento, Tenório ainda vai aprontar para a ex, como forma de se vingar pela mudança de comportamento dela.
“O público pode esperar tentativas consecutivas de se reerguer. Vão acontecer reviravoltas, a gente vai achar que ela já resolveu o problema e ela não resolveu, a gente vai achar que ’agora vai’ e dá medo. Ela vai ter medo, as pessoas não podem esquecer que são 30 anos de uma vida que vai mudar”, diz Isabel Teixeira.
6. Não existe limite de idade para começar a ser feliz
Durante toda a vida, o ofício de Maria se resumiu a cuidar do marido, da filha e da casa. Então, não é de se estranhar que, em um primeiro momento, ela transfira essa atenção para outra pessoa. Dessa vez, no entanto, parece ter tido melhor sorte, já que o peão Alcides retribui os cuidados e a admiração, trocando experiências, levando a patroa para passear e ensinando-a a cavalgar, por exemplo. Mas a relação entre os dois não para por aí. Na primeira versão da novela, eles ficam juntos após enfrentarem a ira de Tenório.
Em um dos momentos mais bonitos da virada da personagem, Maria desabafa com Alcides: “Parece que eu só conhecia o mundo pelas janelas da minha cozinha. Pensava até que eu já tinha morrido por dentro. Às vezes acontecem umas coisas na vida da gente, que olha... vai matando a gente por dentro. Mas eu tô viva! Eu sinto isso! Uma vontade de entrar nessas águas, de lavar a minha alma, meu corpo. Uma vontade de viver! Eu quero ser livre! Daqui para a frente, só vou fazer o que eu quiser na minha vida”, diz.
Nós estamos torcendo para que a personagem encontre a felicidade, mas também queremos saber: o que você está achando da história de Maria em Pantanal? Está torcendo para algum desfecho diferente nessa versão da novela ou quer ver a personagem feliz ao lado de Alcides? Deixe sua resposta nos comentários.