“Eu sou bonita, então devo ser burra”. Internautas compartilharam os estereótipos mais brutais que já ouviram

Por incrível que possa parecer, o castigo físico ainda é um método comum usado na “educação” de crianças tidas como malcriadas e desobedientes: ao menos 4 entre 5 pais recorre a ele. E em 9 de cada 10 casos, o castigo físico é aplicado por uma mulher, seja ela a mãe ou a cuidadora da criança. Há quem não hesite em bater nos filhos, e os mais desesperados usam para esse fim qualquer coisa que tiverem à mão, como um cinto. Mas apesar de muitas pessoas acharem que estão colocando os filhos no caminho certo e que tais atitudes são inofensivas, estudos demonstram que as agressões não são apenas prejudiciais, mas também não surtem efeito.
Neste post, o Incrível.club mostra por que o castigo físico deve ser evitado, além de apresentar outros métodos mais eficazes para a educação das crianças.
Sim, crianças podem ser agressivas, e a paciência de qualquer mãe ou pai tem limites. Mas recorrer aos castigos físicos não ajuda em nada. Pesquisas revelam que a violência não funciona, em longo prazo, como método para disciplinar uma criança, já que elas precisam interiorizar as causas de seu mau comportamento. Em outras palavras, as crianças precisam entender: elas necessitam de uma explicação que esclareça o que há de errado em sua atitude. A violência é apenas uma forma rápida de interromper as ações indesejadas da criança.
Pesquisas apontaram que a maioria dos casos de abuso infantil começaram com palmadas. E como os castigos físicos não funcionam, muitos pais aumentam a intensidade da força aplicada sempre que o filho não se comporta como deveria. A cada ocasião, o pai ou a mãe espera que o castigo físico tenha um efeito permanente na disciplina, mas isso nunca acontece. Como consequência, aumentam o uso da força e acabam abusando dos próprios filhos de uma maneira que nem sequer chegavam a imaginar.
Crianças que foram castigadas fisicamente durante a infância têm maior tendência a usar da violência contra os próprios filhos e cônjuges. Elas até correm maior risco de se tornarem criminosas. E não é de se estranhar que isso aconteça: as palavras dos pais podem convencer os filhos, mas o exemplo dado causa um impacto muito maior. Quando um pai ou uma mãe recorre a uma bofetada para resolver um conflito, mostra à criança que ela pode fazer o mesmo.
Se seu parceiro ou parceira lhe agredisse fisicamente, você continuaria acreditando que aquela pessoa gosta de você? Dificilmente. E o mesmo acontece com as crianças, que começam a ter dúvidas sobre o amor materno e paterno no momento em que elas sofrem com castigos físicos. Como a vida dos pequenos gira em torno dos pais, eles passam a achar que não são amados, podendo até desenvolver depressão. Isso afeta o processo de socialização das crianças, além de gerar frustração.
Ainda que apenas presenciem episódios de violência, as crianças passam por picos de estresse que comprometem seu sistema imunológico. E ser vítima regularmente de castigos físicos causa um efeito ainda maior: o sistema imunológico fica tão afetado que a criança se torna mais suscetível a doenças. Quando a criança já está apresentando problemas de saúde, as palmadas só deixam o quadro ainda mais complicado.
A paciência estiver esgotando
Reconsidere suas expectativas e se pergunte se aquele comportamento da criança está de acordo com a idade e com a fase de desenvolvimento infantil, assim como acontece quando o pequeno tem por volta de 2 anos e pergunta “por quê” o tempo todo. Com isso, você poderá segurar seus impulsos e refletir sobre a situação com uma postura muito mais benevolente.
Você pede que a criança se comporte bem, mas ela continua desobedecendo
Evite achar que a criança sabe que erro cometeu ou que ela sabe a que você se refere quando diz “se comporte”. Seja preciso na hora de explicar o que o pequeno fez de errado, e por quê. Um simples “não belisque seu irmão, isso dói” não irá funcionar.
Seu filho está a ponto de perder o controle
Quando as crianças estão à beira de perder o controle, reagir de uma forma que aumente a tensão só vai piorar tudo. Mantenha a calma, faça contato visual e baixe o tom da sua voz. A calma tem a poderosa capacidade de estimular a paz nos envolvidos em um conflito.
Seu filho está tendo um ataque de birra
Use seu cartão de “tempo de reflexão”. Com calma, leve seu filho para um local tranquilo e explique os motivos pelos quais aquele comportamento não é aceitável. Depois, diga que ele poderá voltar a brincar assim que se acalmar, e espere dois minutos. Caso a criança volte a discutir ou gritar, recomece a contagem dos dois minutos. É melhor ficar ao lado dela para ajudá-la a se acalmar.
Seu filho, que já nem é tão pequeno, não liga para o que você diz
Permita que o pequeno sofra as consequências do mau comportamento, desde que elas não provoquem danos. Assim, a criança aprenderá com os próprios erros. É proibido dizer coisas do tipo: “eu avisei”.
Você já recorreu a algum dos métodos citados acima? Acha que os pais também sofrem quando aplicam castigos físicos nos filhos? Comente!