5 Descobertas feitas quase por acidente e que mudaram a história da humanidade

Curiosidades
há 4 anos

Há uma lenda segundo a qual o químico russo Dmitri Mendeleyev, criador da tabela periódica, havia sonhado com sua invenção. Verdade ou não, fato é que algumas descobertas importantes, que tiveram a capacidade de mudar o mundo para sempre, surgiram por acaso.

O Incrível.club preparou especialmente para você uma lista de invenções "acidentais" sem as quais nossa realidade seria totalmente diferente.

1. Concreto armado

Na Exposição Universal de Paris, em 1867, o jardineiro francês Joseph Monier apresentou uma ideia: uma tina de concreto para plantas, reforçada com varas de ferro. Monier trabalhou na estufa do Palácio das Tulherias, onde era responsável pelos pés de laranja. No verão, as plantas colocadas em tinas de cimento eram levadas à rua, e no inverno, levadas de volta à estufa. Só que, devido à diferença de temperatura, os recipientes rachavam e quebravam.

Para fortalece-los, Monier começou a testar varas de ferro, que instalava nos moldes usados para fundir as tinas. Talvez o jardineiro tenha ficado sabendo de experiências similares usando ferro e cimento, mas foi ele quem percebeu que era preciso fortalecer os produtos não apenas com as varas, mas com uma espécie de grade formada com elas - o que chamamos hoje de vergalhões.

Durante seu estudo, Monier notou que as tinas mais fortes eram aquelas que contavam com varas tanto na horizontal quanto na vertical. Aliás, também devemos a Monier a invenção dos blocos de concreto armado.

2. Prêmio Nobel

Em 1888, em um dos jornais franceses, foi publicado um obituário intitulado “O mercador da morte morreu", numa referência à morte de Alfred Nobel. No entanto, a triste notícia foi publicada por engano, pois quem tinha morrido num hospital de Cannes era Ludwig, irmão de Alfred.

Ao ler o obituário, o sueco inventor da dinamite pensou em como permaneceria na memória das gerações futuras, e sem querer ser lembrado para sempre como um “mercador da morte” (já que, como foi dito, havia inventado a dinamite), ele mudou seu testamento e direcionou tudo para um fundo especial que promoveria a ciência em nível mundial por meio de um prêmio.

3. Vidro de segurança

Em 1903, o artista, escritor, compositor e cientista francês Édouard Bénédictus deixou cair no chão, por acidente, um frasco de vidro durante uma experiência química. Para sua surpresa, o vidro apenas rachou, mas não quebrou. Como ele verificou depois, havia nos objetos restos de uma solução de nitrocelulose que, após secar, “envolveu” o frasco.

Naquela época, os carros usavam vidros comuns nas janelas, e os fragmentos deles podiam machucar gravemente passageiros e motoristas envolvidos em acidentes. Depois de ler no jornal sobre mais uma colisão, Bénédictus começou a fazer testes e, por fim, criou um vidro que contava com duas lâminas, e entre elas era colocada uma camada de celulose. Aquecida, a celulose derretia e grudava firmemente ao vidro..

O cientista patenteou o “sanduíche”. E em 1919, Henry Ford seria o primeiro a instalar esse tipo de vidro em seus automóveis.

4. Radioatividade

Em 1896, o cientista francês Antoine Becquerel fazia experiências com os recém-descobertos (também por acaso) raios X, tentando entender se havia uma conexão entre eles e a luminescência dos sais de urânio.

Para os testes, Becquerel usou um mineral com sais de urânio, que foram mantidos sob o sol por algum tempo. Depois, eram reunidos com um objeto de metal sobre a placa, na qual parecia uma imagem "fotográfica" depois de certo tempo. Sim, sua clareza era pior que a dos raios X, e o pesquisador deduziu que isso acontecia por falta de sol. Então, resolveu esperar por um dia mais ensolarado.

Só que a natureza não favorecia Becquerel, e ele resolveu guardar os minerais e as placas fotográficas por um tempo, envolvendo-os com uma cruz de Malta em um material escuro e opaco. Alguns dias mais tarde, o cientista, por alguma razão, revelou a placa fotográfica, vendo nela a imagem da cruz. Ele, então, entendeu que a luminescência não tinha que ver com os raios solares.

O estudo adicional sobre os misteriosos "raios" deu ao mundo o conceito da radioatividade. E por essa descoberta, em 1903 Becquerel se juntou a Marie e Pierre Curie na conquista do Prêmio Nobel.

5. Anestesia

Em 1844, o dentista americano Horace Wells, durante uma palestra do químico Gardner Colton, que mostrava a ação do óxido nítrico, percebeu que um dos estudantes que se encontrava sob efeito do gás do riso machucou a perna e não sentia dor. Wells realizou uma experiência em si mesmo: ele respirou óxido nitroso e pediu que um colega retirasse um de seus dentes. A operação foi indolor, e o médico passou a administrar em seus pacientes uma dose do gás do riso.

Certa vez, Wells resolveu demonstrar publicamente o efeito do gás, mas a experiência deu errado, talvez em decorrência do uso de uma pequena dose do óxido nitroso. Durante a cirurgia, o paciente soltou um grito, e os colegas que estavam na sala ridicularizaram Wells. Outras tentativas de introduzir esse método de anestesia falharam e, ao mesmo tempo, eram usados éter e clorofórmio para acabar com a sensação de dor. Assim, o óxido nitroso ficou esquecido por algum tempo.

Sem poder suportar a vergonha pela experiência frustrada, Wells tomou uma dose do gás do riso e cortou a artéria femural. Quase 20 anos depois, o doutor Colton, cuja palestra deu início a essa história, introduziu com sucesso o método de anestesia de Wells, que logo foi adotado em todos os Estados Unidos e na Europa.

Bônus: Botox

Em 1987, a canadense Jean Carruthers, que trabalhava como oftalmologista numa clínica particular em Vancouver, aplicou a injeção de uma solução que continha, entre outras coisas, toxina botulínica. O medicamento foi introduzido para ajudar uma mulher a se recuperar do blefaroespasmo, sintoma no qual as pálpebras fecham involuntariamente.

Após um tempo, a paciente voltou a procurar a doutora Carruthers e pediu que ela aplicasse outra injeção. Quando a médica disse que não havia necessidade daquilo, já que o blefaroespasmo tinha sumido, a mulher admitiu que, após o procedimento, seu olhar se tornou mais aberto e rejuvenescido.

A doutora Carruthers sugeriu que seu marido, Alastair Carruthers, que trabalhava como dermatologista na mesma clínica, testasse a toxina botulínica como um "tratamento" contra rugas. A própria Jean, junto à administradora do hospital, Katie Swan, foram as primeiras pacientes a receber uma injeção de botox com fins estéticos para suavizar as rugas.

Você já passou por algo acidental que mudou sua vida para melhor?

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