19 Relatos de filhos que só entenderam o sacrifício dos pais na vida adulta

Quando somos crianças, nem sempre percebemos os sacrifícios que os pais fazem para cuidar da família. Muitas vezes, eles enfrentam dificuldades e abrem mão de coisas importantes para garantir o que os filhos precisam. Com o tempo, entendemos o tamanho desses esforços e como esses gestos foram essenciais para superar os desafios. As histórias a seguir mostram situações reais em que o amor e a dedicação dos pais fizeram toda a diferença.

• Quanto tinha 5 anos, meu pai perdeu o emprego e passamos por dificuldades financeiras. Um dia, quando não tínhamos o que comer, meu pai cortou umas folhas de um arbusto do jardim de casa e fez uma sopa. Quando estávamos na mesa comendo, minha mãe percebeu que havia minhocas no prato e comentou com o meu pai. Ele respondeu: “Ah, é que eu queria que tivesse carne”. Todos começamos a rir e continuamos comendo. O prato mais gostoso da minha vida. Pai e mãe, amo muito vocês. © Karol Calderon / Facebook
• Meu pai, o melhor do mundo para nós, estava muito doente. Precisaram retirar suas cordas vocais e ele não conseguia mais falar. Uns dias antes de ir ao hospital, ele pintou alguns quadros; eram fotos ampliadas de pessoas, às quais ele decidiu dar mais cor. Minha mãe era dona de casa e não tinha outra profissão; ela se dedicava integralmente ao lar. Afinal de contas, éramos seis crianças sem idade para trabalhar. Sem meu pai, estávamos perdidos. Lembro que ele nos disse: “Vou trabalhar e deixar dinheiro para vocês, para que não tenham de pedir a ninguém”. Ele não fez isso por orgulho, mas por preocupação. Ele sabia que éramos muitos e que ninguém nos ajudaria. Meu pai morreu pouco tempo depois de ser internado e o dinheiro que nos deixou durou alguns meses. © Marysol Cobo / Facebook
• Minha mãezinha trabalhava fazendo sapatos muito longe de casa. Ao meio-dia, ela corria para nos preparar o almoço, mas um dia ela não chegou a tempo e minha irmã e eu já tínhamos ido para a escola. Ela veio atrás com os olhos cheios de lágrimas e uma marmita na mão. Minhas colegas tiraram sarro de mim ao me verem almoçando no recreio, mas no fim todas quiseram um pouco da minha deliciosa comida. Obrigada por tudo, mãe. © Liz Rodríguez / Facebook

• Minha mãe criou três filhos. Sempre que um de nós ficava doente, não tínhamos o que comer, mas ela fazia milagres com o que havia em casa e meus irmãos e eu comíamos como se fosse um manjar, porque tudo que ela cozinhava era delicioso. Ela jamais se sentia cansada e fazia muitas coisas: cozinhava para vender, viajava de cidade em cidade e nunca deixava que nos faltasse nada. Era uma supermãe! Nunca vou me esquecer de todo seu esforço. Ela está no céu porque merece estar lá. Me deixou um bom exemplo de como valorizar o meu trabalho. © Teresa Mendoza Soto / Facebook
• Meu pai sempre trabalhou muito. Estudamos e fomos educados graças ao sacrifício dele. Me lembro que ele trazia pão doce aos sábados e dizia: “Comam, já comi o meu no caminho”. Hoje eu sei que ele estava mentindo, e por isso meus irmãos e eu sempre levamos a ele tudo que podemos. © Teodomira Chávez Tec / Facebook
• Um dia, fui a uma excursão na escola e minha mãe acordou muito cedo para preparar um bife e batata frita para eu levar. Como vi que meus companheiros comiam outras coisas, não tive coragem de comer o que tinha levado. Às vezes, quando somos crianças, não valorizamos o esforço de nossas mães. © Bengoshi Winter / Facebook
• Me lembro de como minha mãe se virava para nos dar de comer. Às vezes, preparava batatas com cebola e atum, arroz e pão duro com sal. Nos momentos mais difíceis, era batata com amendoim (em vez de frango, amendoim). Ela também misturava água, farinha e sal e fritava tudo com algumas outras coisas. © Luz Paucar Jimenez / Facebook

• Quando terminei o ensino fundamental, tínhamos de pagar para prestar um exame de admissão no ensino médio. O problema é que não tínhamos dinheiro. Fui falar com o meu pai e ele disse: “Não conte comigo”. Isso me doeu muito e comecei a chorar porque me senti impotente e decepcionada. Nesse exato momento, minha mãe veio me consolar; em seguida, foi pedir dinheiro para uma vizinha. Graças a esse gesto da minha mãe, pude continuar os estudos. Ela é um anjo, uma grande mulher! © Alejandro Aguilar / Facebook
• Sempre choro quando me lembro desta história: ia participar de um desfile esportivo no dia 20 de novembro e precisava de um short azul e de uma camiseta branca. Minha mãe estava desempregada há algumas semanas; em outubro, ela me comprou um conjunto de aniversário nessas mesmas cores. Ela pensou em cortar a calça para fazer um short, mas como não tinha tesoura, usou uma navalha. Ficou tão feio que não serviu nem para uma coisa nem para outra. Sem saber o que fazer, ela sentou no chão e começou a chorar. Fiquei sem entender nada, até que ela me disse que tinha estragado a minha calça. Como o desfile era no dia seguinte, saí e procurei uma vizinha; fui ver se ela tinha algo que pudesse ajudar. Por sorte, tinha, mas ver a minha mãe chorando por isso me deu muita tristeza, porque eu percebi que ela fazia de tudo para nos ajudar, e sempre sozinha. © Jessica Ramos Harrison / Facebook
• Meus irmãos e eu fomos criados por nossa avó. Era uma mulher maravilhosa e que arrasava na cozinha. Me lembro de uma vez que não tínhamos o que comer e ela fez uma sopa deliciosa. Ela ralou uns pães duros e colocou na sopa junto com algum pedaço de carne. Ficamos sem reação com toda aquela arte culinária e muito satisfeitos, sobretudo porque estávamos morrendo de fome. Jamais esquecerei a minha velhinha. © Jhony Villarroel / Facebook

• Minha mãe sempre nos deu comida boa e sobremesa; fazia picolé de creme, pão de canela, maçã do amor, etc. Ela sempre trabalhou muito para que nada nos faltasse e para que sempre estivéssemos felizes. No entanto, um dia ela foi atropelada e precisou ficar muito tempo no hospital; quando saiu, teve de ficar em uma cadeira de rodas porque não podia mais caminhar. Ela se aproximava do fogão do jeito que podia e quando chegávamos em casa sempre havia comida na mesa. Minha mãe vale ouro. Apesar dos anos e das dificuldades, ela sempre está trabalhando, parece que não se cansa nunca. É uma guerreira, é o meu mundo. © Angie Montes Hernandez / Facebook
• Meu amado pai chegava muito cansado do trabalho. Ele trabalhava em uma fábrica de fundição e era operador do forno. No entanto, mesmo quando estava esgotado, me levava ao parque para brincar e, na volta, me comprava um sorvete. Agora que cresci percebo que nossa família nunca valorizou o luxo; em vez disso, sempre valorizamos os bons momentos. © Tatiana Lamus Granada / Facebook
• Durante a infância, quando não havia carne para comer, minha mãe dizia: “Carne faz mal, tudo que é verde é mais nutritivo”. Às vezes, comíamos ervas comestíveis com molho e pedaços de chuchu cozidos. Era uma delícia! Comia também asinha de frango e pata de galinha, que até hoje são as minhas partes preferidas. © Alma Rosa Sanchez Ibañez / Facebook

• Fiz um curso profissionalizante que durou uma semana, e o local ficava perto do trabalho do meu pai. Na hora do almoço, ele aparecia todo animado para me entregar uma marmita bem caprichada. Enquanto eu comia, a gente aproveitava para conversar um pouco. Em um desses dias, perguntei: “Você já almoçou, pai?” E ele respondeu: “Já, comi no serviço.” Passaram-se mais de dez anos até que, em uma conversa tranquila em família, ele comentou que, naquela época, costumava me dar a própria marmita. Fiquei sem saber o que dizer. Ele explicou que comia um pouco antes e deixava o restante para mim. A marmita parecia inteira, então eu nunca desconfiei. Meu pai era pedreiro, fazia um trabalho pesado e precisava se alimentar bem. Mas, por amor, preferia garantir que eu estivesse alimentada.

Após refletir sobre o esforço e o amor dos pais para garantir o bem-estar dos filhos, é importante voltar o olhar para outra parte essencial da infância: as histórias e mitos que marcaram o crescimento. A infância traz aprendizados que vão além do que parece. Confira no próximo artigo o que dessas histórias é verdade e o que pode ser deixado para trás.