Elenco de ’A Família Addams’ se reúne 33 anos após primeiro filme, e detalhe parte o coração de fãs

Algumas pessoas acreditam que devemos esquecer os ressentimentos ocorridos na nossa infância e que temos de parar de revivê-los continuamente. Contudo, às vezes, independentemente do quanto você tente, é muito difícil apagar da memória toda a mágoa. Especialmente quando você, uma criança pequena e vulnerável, foi injustamente acusada e punida não apenas por adultos desconhecidos, mas também por pessoas mais próximas.
Nós, do Incrível.club, mergulhamos de cabeça nas histórias de alguns internautas, bem como nas de nossos leitores, e esperamos que elas sirvam de exemplo de como não agir com as crianças.
Meu pai é construtor, e, pelo que me lembro, estava sempre em viagens a trabalho. Uma vez, ele me trouxe uma boneca da Coreia do Sul, que, aliás, não existia onde morávamos. No início, meus pais não queriam me dar, porque eu supostamente poderia quebrá-la. Então decidiram esperar até o Ano Novo, depois resolveram esperar até o meu aniversário e foram adiando. Eu fazia de tudo para ganhá-la de presente, me comportava bem e tirava só nota boa na escola...
Para encurtar a história, meus pais só me deram a boneca no meu aniversário de 27 anos. No dia, consegui me conter e não chorar na frente deles, mas me senti muito triste quando voltei para casa. E francamente falando, eu só queria queimá-la para não ter mais de ver e reviver todo aquele ressentimento, mas meu marido me convenceu a guardá-la. Depois de um tempo, a boneca foi dada para minha filha pela “fada dos dentes”. © Kaiyurist / Pikabu
Meu tio trabalhava em uma fábrica de caminhões e eles tinham um departamento que produzia miniaturas dos veículos para venda.
Ele me presenteou com um desses caminhõezinhos no meu aniversário de 7 anos e, desde então, ganhava um novo a cada ano. Eu ficava tão feliz! Porém, toda vez que meu tio ia embora, minha mãe tirava o brinquedo de mim, colocava na prateleira e dizia: “Você vai quebrar se tocar neles. Isso não é brinquedo, é souvenir. Vou devolvê-los quando você crescer”. Os sete caminhõezinhos que ganhei ao longo dos anos ficaram na prateleira por muito tempo até que, quando voltei do exército, descobri que não estavam mais lá.
— Mãe, onde estão os caminhões?
— Eu dei pro meu sobrinho, você não brinca com eles mesmo.
Eu ainda sinto mágoa disso! No começo, ela não me deixava brincar com eles e depois simplesmente deu os MEUS caminhões. © guzel77 / Pikabu
Não lembro quantos anos eu tinha exatamente. Meu pai nos deixou quando eu tinha 4 anos e minha mãe trabalhava muito. Uma vez, eu estava realmente ansioso esperando ela voltar do trabalho e decidi preparar o jantar. Os ovos fritos que resolvi fazer queimaram e a frigideira sujou, mas ainda assim eu estava contente e esperando por ela. Ela voltou para casa com uma amiga e começou a gritar muito comigo. Até a amiga dela tentou me defender.
Muitos anos se passaram desde então, e agora eu tenho um filho adulto, mas ainda carrego comigo a mágoa que senti naquele momento. © Леонид Гняздовский / Facebook
Eu tinha cerca de 10 anos de idade. Meu pai trabalhava em um vilarejo onde minha avó vivia, pois não havia trabalho na cidade onde morávamos. Na véspera de Ano Novo, eu e meu pai fomos ao vilarejo e nos deram três caixas de doces (para mim e minhas irmãs). Uma das caixas sumiu, e minha avó me culpou, pois eu adorava doces.
Como resultado, as outras caixas foram dadas para as minhas irmãs, enquanto eu não pude comer nada. E, claro, fiquei ainda mais chateada por vê-las comendo os doces enquanto eu apenas olhava. Muitos anos se passaram e eu ainda não consegui esquecer isso. © Oxana Haradezki / Facebook
Eu também tenho muitas dessas memórias. Uma delas aconteceu quando eu estava no nono ano da escola.
Meus pais: “Tudo bem se você não tirar 10, mas tente fazer o seu melhor”.
Eu: “Tirei 9”.
Meus pais: “O quê? Como assim? Por que você está alegre? Como vamos sair na rua agora? Que vergonha!”
E continuou assim por uma semana inteira. © Honey / AdMe
Seus entes queridos já fizeram algo que ainda te faz ter mágoa?