15 Experiências emocionantes sobre como a vida muda após a adoção

Crianças
há 2 dias

Adotar uma criança é algo incrível, mas pode ser complicado também. Ficamos entusiasmados com a ideia de como a vida daquele pequeno mudará, mas não percebemos que o processo de adoção pode ser uma montanha-russa. Criar um filho nunca é fácil, mas os pais adotivos têm a tarefa adicional de superar conversas difíceis e dar o amor que a criança precisa após ser abandonada. Por isso, compilamos algumas histórias inspiradoras de pais que adotaram. Esses seres corajosos, pacientes e amorosos, dispostos a amar aqueles que realmente deles precisam, são, de fato, pessoas admiráveis!

1.

Dois de nossos filhos são irmãos adotivos. Eu mentiria se dissesse que minha esposa e eu nunca nos questionamos se fizemos a coisa certa ao tirá-los da instituição que os acolhera, todavia nunca nos arrependemos. No início, os meninos tiveram dificuldade de adaptação, mas perceberam serem realmente amados e se acalmaram.
É claro que crianças adotadas sempre sentirão alguma dor. Continuam se lembrando de seu passado sem poder a ele regressar, tampouco se livrar completamente dele. E essa é a parte mais difícil da adoção, mas será que existem crianças sem problemas? Claro que não. Portanto, não me arrependo de tê-los adotado. Pelo contrário, sou tão grato aos meus filhos que nem consigo expressar em palavras esse sentimento! © William Spencer / Quora

2.

Eu esperava que um dia meu filho adotivo me rejeitasse, então, me preparei para não levar uma possível rejeição para o lado pessoal. Um dia, esqueci o que estávamos discutindo, ele gritou: “Você não é minha mãe de verdade!” Dei uma risada e disse: “Você tem razão, não sou, mas sou a mãe que você tem. Vá fazer sua lição de casa” (ou qualquer coisa do gênero). O assunto não voltou mais à tona. Isso acontecerá principalmente se você se assustar. Evite levar as declarações ofensivas para o lado pessoal. © Jeanne Spellman / Quora

3.

Vivemos sem filhos por 8 anos e percebemos estar prontos para a adoção. Queríamos dois meninos entre 2 e 3 anos, mas, por alguma razão, nos ofereceram, logo de cara, um garoto de 6 anos e nos informaram um pouco sobre seu destino infeliz. Não íamos aceitar, pois o que ouvimos era horrível. No entanto, quando meu marido e eu vimos a foto, nos entreolhamos e entendemos que ele era para a gente. Na foto, não havia nenhum garoto bonito: ele era um pouco careca, com orelhas de abano e sorriso desdentado. Só que, de repente, sua história, sua condição, os problemas passados e futuros perderam a importância. Havia um sentimento claro de que aquele menino pertencia à nossa família.

Com o segundo foi mais difícil. Havia um menino de 1 ano e meio, praticamente sem problema algum. Quando fomos vê-lo, o achamos bonito, mas que não era para nós. E foi aí que as críticas começaram! A coisa mais branda que nos disseram foi: “Vocês não estão em uma loja para escolher!”. Já conhecíamos esse sentimento, enfrentamos problemas com o mais velho, contudo, com ele a sensação clara de que era “nosso” permanecia, ficou ainda mais forte e nos ajudou. Irritados, nos ofereceram outro, mas, novamente, sentimos que não era para nós. Foi quando nos deram um ultimato: ou esse, ou nenhum. Ficamos muito preocupados, mas, mesmo assim, não aceitamos. E nos tornamos seus “piores inimigos”. Se não fosse pelo nosso sucesso na criação do mais velho, nunca mais nos deixariam adotar outra criança.
Felizmente, um milagre aconteceu. Vi uma foto em um grupo de voluntários e meu coração quase parou. Mostrei a fotografia ao meu marido, que disse: “Esse é o nosso!” Lutamos por esse garotinho por seis meses, mas tivemos sorte. Somos seus pais há 10 anos. Sofremos muito, houve problemas que quase nos levaram a desistir, mas não o fizemos, porque eram nossos filhos. Eles são 100% nossos. © ar.mari / Pikabu

4.

Há 8 anos, nossa família adotou um garoto de 4 anos. Meus pais gastaram todo o dinheiro que tinham para comprar um carro e registrar a papelada, buscá-lo, vesti-lo, calçá-lo, educá-lo. Minha mãe até largou o emprego para ajudá-lo a se adaptar ao novo ambiente. Empreendemos toda nossa força e alma nisso. Todavia, agora não queremos mais amá-lo nem ser a família dele. O motivo? Ele rouba em casa, na escola e dos amigos, conta pequenas e grandes mentiras, é um péssimo aluno. Também é preguiçoso e narcisista, e ainda nem entrou na puberdade. Não ouve meus pais e acredita que todos temos uma dívida com ele. Oito anos de escândalos e nervosismo. © Oídoporahí / VK

5.

Adotamos nossa filha quando ela tinha 8 anos e já tínhamos um filho de 13. Foi quando vimos uma garotinha linda na casa de acolhimento, cuja família falecera em um terrível acidente. Agora, ela está com 19 anos, mas nunca me chamou de mamãe. Está tudo bem, mas ela ainda sente estar nos visitando e não em casa. Todas as suas relações conosco parecem ser apenas por gratidão. Quero muito que se sinta em casa, que saiba que este também é o lar dela. As palavras que há 11 anos gritou, quando discutimos pela primeira vez, dizendo que já tinha pai e mãe e que jamais teria outros, ficam dando voltas na minha cabeça. No entanto, nós a amamos muito. © Oídoporahí / VK

6.

Meus pais adotaram meu irmão mais velho. Todos os nossos parentes e amigos tinham certeza de que não conseguiriam criar uma pessoa normal, que nada de bom sairia dessa situação, pois tudo se resumia à genética. Como resultado, meu irmão concluiu o ensino médio com excelentes notas, ganhou várias medalhas de ouro e terminou a universidade com louvor. Ele é a única pessoa que sempre me apoiará e, não importa a situação, seguirá sendo gentil e sincero. Realmente, tenho muito respeito e admiração por ele, pois o considero um irmão de sangue. Os genes são uma coisa, mas o amor e a educação são completamente diferentes. © Oídoporahí / VK

7.

Uma vizinha perdeu seu único filho em um acidente de carro quando ele tinha 17 anos. Algum tempo depois, quando ela estava com 50 anos, adotou uma menina de 6, chamada Greta. A garota tinha alguns problemas de comportamento que mais tarde se transformaram em psicológicos. A vizinha a levou a médicos, tentou vários tratamentos, mas não teve sucesso.
Greta fugiu de casa pela primeira vez aos 14 anos. Alguns meses depois, voltou a fugir. Ela explicava essas atitudes por estar tentando voltar para a família da qual sua mãe adotiva a havia “roubado”. Ao completar 16 anos, desapareceu por mais de um ano. Só foi encontrada quando a vizinha recebeu uma ligação de um hospital de outro estado, dizendo que Greta havia dado à luz e fugido da enfermaria, deixando a criança e os contatos de sua mãe adotiva.
Assim, aos 67 anos, coube à vizinha a criação desse bebê. Greta aparecia somente uma vez por ano para pedir dinheiro à mãe adotiva, chantageando-a, dizendo que levaria a criança embora. Alguns anos depois, deixou mais um bebê em outro hospital. Agora, a vizinha tem mais de 80 anos e cria dois “netos” com problemas emocionais. © jaimystery / Reddit

8.

Tenho duas amigas que, com seus maridos, adotaram crianças. Ambas escolheram irmãos com menos de 5 anos. Os mais novos dos dois grupos foram adotados praticamente bebês ( com 10 e 18 meses). Os problemas enfrentados por essas crianças, mesmo em tão tenra idade, são astronômicos. Meus amigos são anjos absolutos por conseguirem lidar com tudo isso. Realmente amam seus filhos e fariam qualquer coisa por eles. Já os vi acabados, às vezes sem saber o que fazer para ajudar seus filhos traumatizados. É preciso mais do que uma família amorosa. Nem tudo são flores. É difícil. Muitas das crianças que precisam ser adotadas se encontram nessa condição por algum motivo e só alguém muito especial pode assumi-las. ©Dr**kenFerryBoatBird / Reddit

9.

Adotamos nossa filha há pouco mais de um ano e meio, quando ela tinha 9 meses de vida. Para mim, a experiência não foi diferente de ser mãe biológica. Os primeiros meses após levá-la para casa foram muito difíceis. Sentia que minha vida tinha virado de cabeça para baixo e que não era mais a minha vida. Parecia que não tinha controle sobre nenhum aspecto da minha existência. Acho que, como pais adotivos, sofremos uma pressão extra para “fazer a coisa certa”; não queremos que alguém nos aponte o dedo e diga que fracassamos por ela não ser nossa filha biológica. Quando olho para minha menina, nunca sinto que ela foi adotada. Sinto que ela é nossa, que sempre esteve conosco. Quando a trouxemos para casa, era uma criança quieta, sem autoconfiança, agarrada comigo e insegura. Hoje, está se transformando. Acho que o importante é educar qualquer criança, seja biológica ou adotada. © Yamini Ayyagari / Quora

10.

Meu melhor amigo faleceu em um acidente, deixando um filho pequeno. Eu o adotei. Meu marido tem filhas gêmeas de seu primeiro casamento, cuja mãe foi privada dos direitos parentais. Vivíamos todos juntos como uma família unida, e eu nem sequer pensava no fato de estar criando filhos de “outras pessoas” até meus próprios pais começarem a me importunar. “Por que você está carregando os filhos dos outros, para que carregar esse fardo? Você precisa dar à luz seu próprio bebê!” Nas festas, sussurravam coisas desagradáveis para as crianças, insinuando que foram abandonadas e serem um fardo para mim. A gota d'água foi quando meus pais me disseram: “Não tivemos você para não continuar nossa família!” Acabei limitando drasticamente toda a comunicação com eles, não aguentava mais.
As crianças cresceram e amadureceram. Chegou um momento em que precisei de um transplante de rim. Meus três filhos adotivos correram fazer o exame de compatibilidade, embora eu não tivesse pedido nada e nem mesmo soube disso. Meu marido me contou depois. No final das contas, uma de minhas filhas foi quem me doou um rim. Só depois disso, meus pais ligaram para a neta pela primeira vez e lhe pediram desculpas. © Oídoporahí / VK

11.

Adotei uma menina de 4 anos. Agora ela está com 33, formada em duas faculdades, uma filha maravilhosa! Certa ocasião, lhe perguntei: “Você não se sente estranha por saber que é adotada? ” Ela respondeu: “Não! Sempre me senti orgulhosa por ser digna dessa família e por você ter me escolhido”. Depois tive um bebê e agora tenho dois filhos maravilhosos. © Erika Cirule / Youtube

12.

Minha filha mais nova veio morar conosco quando tinha 10 anos. Foi minha filha do meio quem a trouxe para uma festa do pijama e já está conosco há 13 anos. Na sua idade, ela passou por muita coisa. Com sua chegada, percebi pela primeira vez na vida que deveria amar alguém sem esperar nada em troca. Que ela talvez nunca fosse capaz de nos amar, que talvez nunca fosse fiel a nós como sua família. Foi preciso uma filha adotiva para me ajudar a me conhecer de verdade.
Por favor, não me entendam mal, amo demais meus filhos biológicos e daria minha vida por eles, mas amo minha filha adotiva, talvez um pouco mais. Ela mudou nossas vidas e nos fez sermos pessoas muito melhores. Hoje, meus quatro filhos são amigos e unidos, como uma verdadeira irmandade. Somos a família dela e ela é a nossa. © Renee LaCoste Long / Quora

13.

Decidi contar a história do meu amigo Ramiro, que se tornou pai adotivo em 1995. Ele era motorista, casado com Teresa e tinha um filho. Sua esposa foi dar à luz sua filha. No hospital, uma adolescente abandonou seu bebê, uma criança chorona e doente, e a esposa de Ramiro, em um primeiro momento, a alimentou. O bebê seria levado para uma casa de acolhimento de crianças, mas como era recém-nascido, a pedido de Teresa, o deixaram mais um tempo, dizendo que o levariam em três dias. Era primavera e onde moravam não havia ruas asfaltadas, chovia muito e o acesso era difícil. Ramiro trouxe a filha e o bebê abandonado para casa, mas não achou que seria permanente. Acreditava que, quando as chuvas cessassem, levariam o bebê para uma instituição de acolhimento. No entanto, quando foram buscar o bebezinho, ele havia adoecido e acharam melhor não tirá-lo dali. Teresa já havia dito na época que não permitiria que o levassem. Foi quando o chamou de filho pela primeira vez. Ramiro e Teresa se candidataram à adoção, tinham uma boa família, então não tiveram grandes dificuldades. Recentemente, Ramiro disse que, quando Sérgio (foi o nome dado ao garoto) tinha 8 anos, um vizinho “gentil e honesto” lhe contou tudo. O menino a princípio se calou, depois perguntou aos pais que não mentiram, lhe contaram toda a verdade. Sergio ficou em silêncio por um longo tempo e depois disse: “Bem, agora pelo menos entendo por que todo mundo tem pele clara e eu sou moreno”.

Ramiro e Teresa se mudaram para uma cidade maior com toda a família. Agora os filhos estão crescidos, o mais velho foi para a capital, a filha se casou e se mudou para outra cidade. Eles não se esquecem de seus pais, sempre escrevem e os visitam. Sérgio decidiu ficar com os pais, ele mora no prédio ao lado. Também se casou e trabalha, como o pai, de motorista. O próprio Ramiro disse: “Agradeço ao destino e à minha esposa por termos um filho assim. Dói meu coração só de imaginar o que lhe teria acontecido se Teresa não o tivesse visto no hospital”. Ontem fiquei sabendo que Sérgio teve uma filha, que recebeu o nome de Teresa, em homenagem à sua mãe. © Sibirskix / Pikabu

14.

Quando nosso filho adotivo tinha 14 anos, tivemos uma briga, não me lembro exatamente o motivo, mas, de repente, ele disse que não éramos sua família e que seria melhor se nunca o tivéssemos adotado. Fiquei magoada, criei coragem e disse: “Sim, eu sei”. Surpreendentemente, por algum motivo, me senti melhor porque meu filho finalmente disse isso em voz alta. Naquele dia, ele saiu de casa e passou a noite com amigos. É claro que meu marido, meu filho mais novo e eu ficamos muito preocupados.
Depois, ele voltou e pediu desculpas por seu comportamento e por ter fugido. De repente, seus olhos se encheram de lágrimas e disse que só o machucava o fato de ser adotado e que, mais do que qualquer outra coisa no mundo, gostaria de ser nosso filho de verdade, de sangue. Isso tocou meu coração mais do que suas palavras na discussão. Disse-lhe que me sentia da mesma forma. Sentamos de frente um para o outro e nos olhamos nos olhos. Passado um tempo, nosso relacionamento melhorou. © Ruth Alborough / Quora

15.

Minha irmã e seu marido são estéreis, então, decidiram adotar uma garotinha de uma casa de acolhimento, muito quieta e submissa. Ao vê-la, a sogra exclamou: “Muito obrigada! Na minha velhice, não cuidarei de meus próprios netos, mas dos filhos enjeitados de outras pessoas! Nem sabemos se essa órfã tem alguém da sua família”. O casal a acalmou, disseram-lhe que tudo o que estava falando era culpa do estresse. Cinco anos se passaram, mas a avó não conseguia aceitar a neta adotada. Inclusive, chegou a comprar presentes de Natal apenas para os filhos de sua filha mais velha, seus netos de sangue. Para não magoar a criança e não entrar em discussões absurdas, minha irmã reduziu ao máximo a comunicação com a sogra.

O que o motivaria ou o faria hesitar em adotar uma criança? Quais obstáculos acredita que os pais adotivos precisam superar ao criar filhos adotivos?

A adoção é um ato de amor e responsabilidade. Este gesto transforma a vida das crianças ao lhes oferecer estabilidade emocional, oportunidades de crescimento e desenvolvimento, além de um ambiente seguro e acolhedor. Para os adotantes, é uma chance de formar uma família e vivenciar o amor incondicional. Conheça outras histórias de adoção e se emocione ainda mais.

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