15 Catástrofes que mudaram a história e que a humanidade não deixa cair no esquecimento
Ao longo da história, a humanidade sobreviveu a diversas catástrofes que provocaram danos materiais, destruíram civilizações e ceifaram milhões de vidas. Com o passar dos anos, tais acontecimentos passaram a fazer parte da memória coletiva das pessoas, de modo que deverão ser para sempre lembrados, deixando claro que, não importa qual seja a tragédia, se todos trabalharmos juntos, poderemos superá-la.
O Incrível.club traz para você uma lista com 15 catástrofes que mudaram a história e que ainda hoje permanecem em nossa lembrança
1. A peste negra
Não é nada difícil encontrar representações em que aparecem aquelas máscaras tão particulares utilizadas pelos médicos do século XIV para tratar seus pacientes durante a peste negra, doença que ceifou a vida de cerca de 45 milhões de pessoas. Muitos afirmam que a peste impulsionou o Renascimento, pela necessidade de se pensar em novas estratégias de comércio e trabalho.
Atualmente, esse acontecimento é lembrado de muitas formas. Um dos exemplos mais famosos é o filme “A Bela e a Fera”, em que a explicação sobre o destino de um personagem está relacionada com a peste (mas se você não sabe de quem falamos, é melhor assisti-lo, pois somos contra spoilers).
2. Explosão de Brescia
Em agosto de 1769 um raio caiu sobre Brescia, na Itália. Talvez um fenômeno natural como esse não soe como algo tão “catastrófico”, mas acabou sendo. O raio surpreendentemente caiu em um baluarte que estava carregado de pólvora, o que provocou uma explosão de tal magnitude que destruiu uma grande parte da cidade e matou em torno de 3 mil pessoas.
Depois do acontecimento, a Igreja, que tinha objeções a respeito do uso de para-raios, deu permissão para que os colocassem. Também foram estabelecidas leis que favorecessem o armazenamento privado de pólvora. Dos destroços, os italianos reconstruíram a Igreja de Sant’Alessandro, e projetaram, ao redor, uma bela praça.
3. Epidemia de varíola
Especula-se que o vírus da varíola existisse desde antes, mas foi na Europa do século XVIII que ele fez estragos, matando milhões de pessoas. Para piorar, quando os conquistadores europeus chegaram às terras americanas, contagiaram os indígenas. Finalmente, todos os países entraram em um acordo para unir forças e erradicar essa doença. Por isso, em 1803 foi realizada a Operação Balmis, em que o médico com esse nome percorreu o mundo com a vacina.
Para chegar à América, Balmis precisou de 22 crianças órfãs que deixaram suas terras e viajaram com a cura injetada nelas. Esse método era o único que permitia viajar de um continente a outro sem que os efeitos da vacina se perdessem. Atualmente, segue-se recordando essas crianças com monumentos e até mesmo com um filme, “22 ángeles”.
4. A grande fome irlandesa
Em 1845, uma série de fatos desencadeou a fome na Irlanda: primeiro, um fungo infectou a colheita; depois, o prolongado inverno pegou todos desprevenidos; por fim, muitos camponeses emigraram para cidades que não tinham infraestrutura adequada para um crescimento populacional súbito, o que gerou miséria e doenças. Diante daquele panorama, vários países tomaram a iniciativa de contribuir com ações de caridade, antes mesmo que a Irlanda pedisse ajuda.
Atualmente, o país relembra aqueles anos no dia nacional da fome, realizando caminhadas, respeitando minutos de silêncio pelos que padeceram naquela época e fomentando expressões artísticas sobre o tema, para que a história não seja esquecida. Até mesmo a banda irlandesa U2 criou uma canção sobre o tema, “Van Diemen’s Land”.
5. A erupção do Krakatoa
Mesmo não sendo a primeira história envolvendo grandes erupções vulcânicas, esse caso, em 1883, ocorreu com tal violência que explodiu uma ilha inteira sem deixar sobreviventes. Sua intensidade chegou a exceder a bomba de Hiroshima. Também afirma-se que o som da erupção foi tão estrondoso que a quilômetros de distância ainda era capaz de danificar ouvidos.
No entanto, a catástrofe também foi o início de algumas descobertas científicas, já que quando os especialistas detectaram as cinzas voando a centenas de quilômetros de distância de onde se originaram, chegaram à Teoria da Velocidade do Vento, o que permitiu rastrear as correntes de ar. Além disso, as partículas de pó do vulcão geraram, por um tempo, uma série de cores e formas nas nuvens que, segundo afirmam alguns estudos, visualmente inspiraram o artista norueguês Edvard Munch a pintar sua obra-prima, O Grito.
6. O naufrágio do Titanic
O Titanic partiu da Inglaterra em 10 de abril de 1912 e, após poucos dias, afundou por causa de um choque com um iceberg, matando 1.500 pessoas de todas as classes sociais. Vários erros humanos levaram à tragédia: no momento do naufrágio não havia salva-vidas para todos os passageiros; os barcos próximos não ajudaram porque não entenderam as luzes de emergência e, além disso, o operador de rádio não escutou o pedido de socorro porque estava dormindo. Como se não fosse suficiente, o número de vítimas poderia ter sido menor, visto que os primeiros botes salva-vidas partiram quase vazios, já que ninguém acreditava que o barco realmente iria afundar.
Essa tragédia mudou as normativas a respeito das medidas de segurança em navios. Foram feitas modificações nos projetos de embarcações, de tal forma que suportem avarias e até foi criada a Patrulha Internacional do Gelo para controlar o movimento de icebergs. Ao longo dos anos, foram produzidos documentários em homenagem às vítimas e livros explicando a sequência de acontecimentos. A obra de maior destaque, claro, foi o filme “Titanic”, de 1997, que retrata o glamour do transatlântico e sua destruição.
7. A gripe espanhola
Em 1918, essa gripe matou cerca de 100 milhões de pessoas ou entre 3% e 5% da população mundial. A catástrofe não fez distinção de classes, atingindo desde os setores mais baixos da sociedade até reis e celebridades, como o artista Edvard Munch — o mesmo que pintou o quadro O Grito, já citado aqui. Ele acabou sobrevivendo, e plasmou seu autorretrato em um quadro como memorial.
A doença não se originou na Espanha, mas foi o país da Europa onde teve maior repercussão nos meios de Comunicação, porque as demais nações passavam por um período de censura por causa da Primeira Guerra Mundial. Felizmente, com o passar do tempo, o vírus foi sofrendo mutações até tornar-se menos letal, tanto que, já em 1919, o número de vítimas havia diminuído consideravelmente.
8. A Segunda Guerra Mundial
A Segunda Guerra Mundial começou em 1939 e durou 6 anos. Não só foi uma grande catástrofe por fazer em torno de 70 milhões de vítimas, mas também por quebrar relações políticas e segmentar territórios. Ao seu final, e com o objetivo de evitar uma história similar, foi criada a Organização das Nações Unidas — ONU, que se empenha em evitar conflitos bélicos, em garantir tratados de paz e em fazer com que os direitos humanos sejam respeitados.
Milhares os artistas se expressaram sobre esse que foi um dos conflitos mais letais da história, com o objetivo de não esquecer a tragédia e de evitar a repetição dos erros. Um exemplo é o filme A vida é bela, que demonstra que mesmo em meio à dor e à injustiça, é possível encontrar beleza na vida.
9. Bombardeio atômico de Hiroshima e Nagasaki
Em 1945, no final da Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos detonaram duas bombas nucleares, em Hiroshima e Nagasaki, respectivamente, matando 335 mil pessoas. Muitos morreram naquele dia, e um grande número padeceu durante os meses posteriores por feridas, radiação e fome. Tal acontecimento levou o Japão a render-se, pondo fim à guerra.
Iniciaram-se então projetos como o Tratado sobre a não proliferação de armas nucleares (TNP), que vários países assinaram para promover o desarmamento nuclear. Com o passar dos anos, o Japão buscou fomentar a lembrança mediante a construção de praças e monumentos. Uma obra cinematográfica chamada Túmulo dos Vagalumes representa a fome e os sentimentos de impotência das vítimas, para que a tragédia não caia no esquecimento.
10. Terremoto de Valdivia
Em 1960 aconteceu em Valdivia, no Chile, um terremoto de tal magnitude que foi considerado um dos mais destrutivos da história, deixando milhares de mortos e milhões de feridos. Tal foi a sua força que desencadeou também a erupção de um vulcão, inundações e um tsunami que afetou outros locais do Planeta. Sobre o acontecimento, o poeta chileno Pablo Neruda escreveu um poema em seu livro A Barcarola, em que tentou imortalizar seu sentimento de angústia pela notícia. Neruda comercializou o poema e reverteu a renda às vítimas do terremoto.
11. O acidente de Chernobyl
Em 1986, um teste falho com um reator nuclear em Chernobyl, na então União Soviética, provocou uma explosão de hidrogênio que impregnou toda a região com materiais radioativos, gerando um acidente mais tóxico que a bomba de Hiroshima e o que é até hoje o maior acidente nuclear da história. As autoridades soviéticas tiveram de evacuar uma enorme área em volta da usina, realocar milhares de pessoas, desabilitar zonas inteiras por anos e alertar 13 países europeus por perigo de radioatividade. Como se não fosse o bastante, a tragédia ainda provocou problemas de saúde em muitos habitantes por vários anos.
O acontecimento levou as autoridades a intensificarem a supervisão dos reatores e fez com que as pessoas tomassem consciência dos riscos que a energia nuclear pode causar ao meio ambiente. Foram lançadas muitas campanhas contra a contaminação. Pintores, escritores e músicos se inspiraram no acontecimento para manifestar seu repúdio, como foi o caso de David Bowie, que, em seu disco Time Will Crawl, aborda os abusos das indústrias que prejudicam a natureza.
O atentado terrorista de 11 de setembro de 2001, planejado por Osama bin Laden, foi acompanhado ao vivo por milhões de pessoas, sendo uma das poucas catástrofes a que o restante do Planeta assistiu pela televisão em tempo real. Dois aviões foram sequestrados com seus passageiros como reféns para colidir com as torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York. No começo, com o primeiro choque, pensou-se que havia sido um acidente aéreo, até que o segundo avião deixou claro que era um ataque.
A catástrofe provocou a morte de milhares de pessoas inocentes, gerando um sentimento de rejeição a estrangeiros (especialmente de origem árabe) e uma corrida armamentista. Mas também despertou o lado heroico de pessoas que estiveram dispostas a dar a vida para resgatar vítimas. Muitos países se solidarizaram, criando leis antiterroristas. Além disso, vários artistas mantiveram as lembranças vivas de diferentes maneiras. Um caso é o filme World Trade Center, que conta a história dos dois primeiros policiais que chegaram no local da tragédia.
13. O terremoto e o grande tsunami do Oceano Índico
Em 2004, um forte terremoto submarino sacudiu os países da costa do Oceano Índico, provocando um tsunami, muita destruição e 280 mil mortes, e gerando tremores em vários outros lugares do mundo. Ele foi catalogado como o segundo terremoto mais intenso da história, atrás apenas do de Valdivia (que já mencionamos neste post), e seu poder foi tão grande que fez o Planeta inteiro tremer cerca de 1 centímetro.
Essa catástrofe despertou o lado solidário de muitos países, que ofereceram mão de obra e ajuda econômica para restaurar os danos. Artistas como os da banda Simple Plan, por exemplo, realizaram turnês para arrecadar fundos. O acontecimento também foi abordado no filme “O impossível”, que mostra todas as adversidades que possivelmente os afetados enfrentaram, baseando-se na história real de uma família que sofreu com a catástrofe.
14. O terremoto do Haiti
Era um dia de janeiro de 2010, quando um terremoto surpreendeu o Haiti e levou 316 mil vidas. O fenômeno provocou o desmoronamento de casas, aeroportos, escolas e até hospitais. O país, um dos mais pobres das Américas, entrou em colapso político e econômico. As Nações Unidas chamaram esse acontecimento de “o pior desastre que tiveram de enfrentar”.
Por sua vez, o mundo se solidarizou, oferecendo tanto ajuda material como equipes de socorristas. A catástrofe levou à renovação da infraestrutura no País, e à modernização do sistema de Registro Civil, que passou a contar com tecnologia de última geração. Posteriormente, o artista Frankétienne buscou imortalizar os milhares de rostos que se perderam entre escombros em uma comovente obra de arte.
15. O terremoto e tsunami no Japão (2011)
Se um terremoto de magnitude 9,0 por si só já é um fato catastrófico, um tsunami com ondas de 40,5 metros piora muito as coisas. Foi o que ocorreu no Japão em 2011. Depois desse fenômeno, a NASA pôde comprovar que uma das ilhas se desprendeu dois metros ao leste, alterando o eixo terrestre, e diminuindo a duração do dia em cerca de 1,8 milionésimo de segundo.
Além da ajuda monetária, os países enviaram equipes de resgate, médicos e até cães de busca para ajudar a encontrar algumas das mais de duas mil pessoas desaparecidas. Nesse mesmo ano, foi lançado o filme “Himizu”, cujo roteirista alterou algumas partes de história para adaptar as problemáticas do protagonista àquele contexto.
Na sua opinião, qual desses acontecimentos foi mais impactante? Comente!