Muitas pessoas têm o famoso sonho da casa própria ou apenas não veem a hora de sair da casa dos pais e encontrar a independência. Algumas delas desejam morar num apartamento por ser mais seguro, pequeno e fácil de limpar. O que essas pessoas talvez não imaginem é a quantidade de problemas diários que a vida num prédio pode trazer. Só quem viveu sabe e, felizmente, conta como foi.
O Incrível.club coletou relatos deixados nas redes sociais sobre como é viver cercado de vizinhos por todos os lados, inclusive encima e embaixo, e as tretas que eles já viveram em seus prédios.
- Morava no 1º andar e tinha uma telha embaixo da minha janela do quarto. Os vizinhos de cima eram extremamente porcos, jogavam até papel higiênico sujo. Minha avó foi lavar a telha usando potinho de sorvete, e logo eu a ouvi discutindo com alguém. Quando cheguei no quarto, a vizinha do andar de cima estava falando que minha avó tinha molhado o quarto dela. Debochada que sou, perguntei se a gravidade estava com defeito. Fiquei rindo da cara dela pelo absurdo que ela disse. Até sair de lá, toda vez que alguém ligava a torneira, chuveiro ou qualquer coisa com água em casa, eu perguntava se a gravidade estava funcionando, porque senão ia molhar o apartamento de cima. A mulher deve me odiar até hoje! © Pâmella Rangel / Facebook
- Uma vizinha de baixo me encheu a paciência várias vezes dizendo que a água da roupa que eu lavava e a do meu banho descia “pela parede” e alagava o banheiro dela 🤔. Fui até lá, eu e ela olhamos as paredes... estavam intactas! Sequinhas! Mas ela ainda dizia que a água do meu apartamento estava molhando as suas paredes. O moço da manutenção foi até lá e descobriu que era a válvula da caixa acoplada do banheiro dela, que enroscava e alagava o banheiro! © Roberta Judar Teles / Facebook
- Minha vizinha de cima, que é uma mulher de 40 a 50 anos, não gosta de mim por alguma razão misteriosa. As paredes do nosso prédio são tão finas que você pode ouvir praticamente tudo o que está sendo dito. Ultimamente eu tenho ouvido ela gritando e falando mal de mim através do teto do meu apartamento. Está ficando chato e acho que ela faz de propósito porque sabe que posso ouvi-la. Por exemplo, numa noite que eu estava no telefone falando com uma garota e flertando com ela e no dia seguinte eu a ouvi zombando de mim sobre nossa conversa. Aqui está outro exemplo: atualmente não tenho um carro, pois estou economizando para comprar um (sou jovem e vivo com minha mãe). Saí de casa para ir a pé para o trabalho e a vi no carro dela apontando para mim e rindo de mim. Nunca falei com ela antes na minha vida, mas somos vizinhos desde que eu era criança. Não entendo por que ela é assim. Normalmente não me importaria com o que ela pensa, mas está começando a ficar chato ouvi-la o tempo todo falando de mim. © MindlessTrendSetter / Reddit
- Temos problemas com os nossos vizinhos de cima. Eles arrastam móveis, batem coisas no chão, até de madrugada. Uma noite, era 20:40h e o bendito ligou a furadeira. Vários vizinhos reclamaram gritando da sacada, e nós reclamamos para o síndico. Daí o vizinho solicitou uma reunião com o síndico e meu marido, dizendo que não tinha sido ele e que nós éramos chatos, porque barulho de furadeira nem incomoda. O homem ainda falou que, se fosse o vizinho dele, ele não reclamaria, pois 20:40h não é tarde. © Arícia Cenedeze / Facebook
- Eu morei no 4º andar certa vez e quando andávamos dentro de casa o vizinho cutucava o teto dele com a vassoura, mesmo quando estávamos descalços. Começaram a fazer isso até de madrugada. Então, quando eu saía às 4:30h da manhã para trabalhar, ligava o tanquinho que fazia muito barulho. Foi assim até eu me mudar. © Maria Lara / Facebook
- Morei de aluguel em um apartamento no 2º andar. Embaixo de mim moravam duas idosas. Todos os dias, antes das 22h , eu tinha que dar leite para meu filho de 2 anos e colocar logo no berço, porque as senhoras esperavam essa hora pra começar a cutucar o teto com o cabo de vassoura. Eu respeitava, mas era de uma intolerância insuportável. Acho que ela ficava até triste que eu colocava ele no berço, porque acabava com a diversão dela, que era infernizar a minha vida. O menino não podia deixar uma tampinha cair no chão. Quando vim comprar o meu novo apartamento, falei para o corretor “se não for térreo, nem me mostra”. Graças a Deus, minha vizinha de cima é um amor. Tem lá seus percalços que todo condomínio tem, mas me sinto segura. Respeito os meus limites e o dos outros. Agora, se eu quiser paz absoluta, só no meio do mato, coisa que eu ainda não quero. © Mônica Mônica / Facebook
- Meus vizinhos do andar de cima parecem que passam a noite jogando biloca (bolinha de gude) no chão porque o barulho é o mesmo. Eu não reclamei, só falei pra eles que, quando eles estivessem jogando, que me convidassem pra brincar também. Afinal, eu gostava muito e tenho muitas bilocas guardadas, o que é verdade. Depois desse dia, os barulhos pararam. © Ricardo Alves Belo / Facebook
- Meu ex-vizinho tinha um piano que ficava encostado na parede da minha sala. E as paredes eram tão finas que, quando ele tocava, parecia um recital na minha própria casa. Tinha apenas um problema: ele adorava tocar piano, mas só sabia tocar uma música. Então, durante cerca de 18 anos, eu ouvi a mesma música diariamente — pelo menos 3 vezes ao dia. Até hoje, sinto calafrios se eu ouço essa música em qualquer outra circunstância.
- Antes de me separar do pai do meu filho, morávamos num prédio de apartamentos com pessoas muito barulhentas. A maioria não respeitava as regras do condomínio, fazendo barulho até no horário de silêncio e nós, que morávamos no térreo, ouvíamos tudo. Para piorar, meu filho recém-nascido dormia pouco e nós também, por isso o barulho dos vizinhos de cima incomodava ainda mais. Mandamos reclamação no grupo do prédio e ninguém se manifestou para resolver, fizemos até reclamação por escrito ao síndico e nada! Um dia eu saí para andar com meu filho para ele se acalmar e o pai dele aproveitou nossa ausência para acabar com aquilo de uma vez. Foi até a porta de entrada do apartamento, abriu e fechou com força umas dez vezes, fazendo um barulhão que ecoou por todos os andares. Imediatamente, todos foram para o grupo perguntar assustados de onde vinha o barulho. Quando eu cheguei, o pai do meu filho estava rindo de satisfação, por ter feito os vizinhos experimentarem do próprio remédio.
- Assim que eu me mudei para o meu apartamento, a síndica veio se apresentar e pedir para evitar fazer barulho depois das 20h, pois o seu marido dorme cedo — ela mora no apartamento abaixo do meu. Depois disso, notei que todas as vezes que alguém fazia algum barulho excessivo, ela era a primeira a chamar a atenção no grupo do prédio. Até que eu comecei a ouvir um barulho de marteladas, depois das 22h, por três dias seguidos, mas ela não reclamou nem mesmo uma vez. Era tão alto que gravei um áudio e parecia que era dentro de casa. Mandei essa gravação no grupo, perguntando quem era, e ninguém respondeu. Eu que sou um “Xeroque Holmes” tratei de colocar a cabeça para fora da janela e consegui ver quem? O próprio marido da síndica martelando um móvel no quarto, logo abaixo do meu. Pois eu fui lá no apartamento dela e bati na porta, mas ela não me atendeu! Mandei um áudio, dessa vez diretamente para ela, dizendo: “Muito engraçado, a senhora, que reclama de todo mundo mas quando é com o seu marido, faz a Patrícia!”.
Bônus: Às vezes você mesmo acaba sendo o vizinho sem noção
- Em outra ocasião, eu fui o vizinho sem noção. Isso aconteceu nas primeiras semanas em que eu morava no apartamento. Fui lavar a louça, abri a torneira e notei que não tinha água. Perguntei para a síndica e ela me informou que o condomínio estava temporariamente sem água, por causa da seca. Pois bem, deixei a louça lá e fui trabalhar. Às 2h da tarde, recebi uma ligação da síndica desesperada, porque tinha água saindo do meu apartamento e alagando o corredor. Acontece que a água voltou e eu tinha esquecido a torneira aberta. Com a pia cheia de louça, a água transbordou, inundou o apartamento todo e já estava descendo para os andares de baixo também!
Morar em um apartamento tem suas vantagens, mas os vizinhos podem mesmo ser um teste para a nossa paciência. Você já teve problemas com seus vizinhos? Conte-nos como foi.