10 Casais famosos que não dão a menor bola para os estereótipos

Hoje, muitas roupas e acessórios que as pessoas usavam há centenas de anos causam espanto. As mangas compridas dos vestidos medievais podem parecer pouco práticas, e as toucas de dormir que os vitorianos adoravam, desconfortáveis. Mas essas e outras roupas do passado tinham um propósito especial, embora não seja tão fácil para alguém de nossa época adivinhar.
A himação era uma espécie de manto ou capa que as pessoas na Grécia Antiga usavam. Para as mulheres, não se tratava apenas de uma peça de roupa confortável. Elas se envolviam nessa capa da cabeça aos pés para esconder o constrangimento ou as emoções fortes.
Os sapatos de ferro ou sabaton eram um calçado que fazia parte da armadura dos cavaleiros feitos de várias tiras estreitas de metal: com esse design, os pés dos homens ficavam mais seguros nos estribos.
Nas pinturas medievais, é possível ver pessoas usando roupas divididas verticalmente em metades de duas cores diferentes. Esses trajes são chamados de mi-parti. Sua coloração era uma característica distintiva das roupas dos servos. Inicialmente, as cores podiam determinar a categoria do empregado e, posteriormente, passaram a indicar a família para qual a pessoa trabalhava.
Na Idade Média, muitas mulheres (e às vezes homens) usavam uma vestimenta chamada “brial”, que tinha como uma de suas características distintivas as mangas muito longas. Parecem pouco práticas, mas sua função era a seguinte: com essas roupas, as pessoas mostravam serem ricas o suficiente para não precisar trabalhar.
A volumosa gola com babados tornou-se um elemento importante da moda entre os ricos na era Tudor. Ela não apenas complementava o traje, mas também tinha um valor prático: a gola rufo era usada para não se preocupar com a lavagem. As roupas não ficavam sujas no decote, e a própria gola podia ser removida e lavada separadamente do gibão ou do vestido.
Os vestidos com mangas gigot volumosas tinham duas funções importantes. Assim como o brial medieval, mostravam que uma mulher com esse tipo de roupa era incapaz de realizar qualquer trabalho, pois não conseguia sequer levantar os braços. Além disso, graças às mangas volumosas, ao decote e à saia bufante, a cintura das mulheres parecia mais estreita.
O peitilho era um acessório de peito com gola que os homens usavam com paletós e ternos na segunda metade do século XIX. Naquela época, os homens de negócios precisavam usar ternos todos os dias, mas, geralmente, não tinham dinheiro suficiente para lavar as camisas regularmente. Os peitilhos vieram em seu socorro: eram mais fáceis e mais baratos de lavar do que as camisas. Até foram comparados à maquiagem, pois também ajudavam a esconder imperfeições.
Durante a era vitoriana, todas as mulheres, crianças e idosos usavam toucas para dormir. No início do século XX, essas peças saíram de moda e se tornaram um sinal de falta de gosto, mas, em 1910, as mulheres começaram a usá-las novamente, inclusive para vários truques.
Uma touca noturna de seda ajudava a conferir brilho aos cabelos. Além disso, com esse tipo de touca, eles não embaraçavam à noite, o que facilitava bastante para as mulheres penteá-los de manhã. Também surgiram toucas perfumadas especiais, graças às quais as madeixas ficavam com um cheiro agradável.
O poncho era uma vestimenta tradicional para muitos povos. Com ele, algumas pessoas não apenas se mantinham aquecidas, como enfatizavam sua posição na sociedade. Por exemplo, entre os mapuches, um padrão de losango escalonado era associado ao poder. Portanto, somente os mais velhos e os líderes podiam usar ponchos com esse padrão em cerimônias importantes.
Certamente, os fãs dos filmes de faroeste notaram que os cowboys no Velho Oeste usavam um adereço com franjas sobre as calças, preso por um cinto. Esse item do vestuário é chamado de perneiras.
Não eram usadas por questões de estética, mas para proteger as pernas, pois, ao cavalgar por entre arbustos e cactos, os cowboys corriam o risco de se machucar. Além disso, as perneiras eram geralmente feitas de couro, o que tornava mais confortável para aqueles que as usavam se acomodarem na sela e não escorregarem, o que seria mais difícil com calças normais.
Até a década de 1930, as moradoras das Ilhas dos Açores, que fazem parte do território português, usavam capas tradicionais com capuzes grandes, chamadas capote e capelo. Essas peças eram passadas de geração em geração e refletiam as duas principais ocupações das mulheres. As capas eram tingidas de azul (a exportação de corante azul tornou-se uma parte importante da economia das ilhas), e os capuzes mantinham sua forma graças a uma armação de osso de baleia (a caça ao mamífero também desempenhou um papel fundamental na região).
Você já conhecia algumas dessas peças do vestuário usadas no passado?
Antigamente, muitas vestimentas eram marcadas pela ornamentação excessiva e complexidade, refletindo posição social e moda da época, mas hoje parecem pouco práticas, pois, embora elegantes e representativas de seu tempo, contrastam fortemente com a busca moderna por conforto e praticidade. Conheça algumas tendências bizarras, mas que eram hit no passado, clicando aqui.