19 Conversas que exemplificam bem o que significa “vergonha alheia”
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Todos os dias, inevitavelmente, nos deparamos com uma grande quantidade de pessoas, a maioria das quais vemos apenas uma vez. Transporte público, ruas, prédios de escritórios, lojas e restaurantes — todos esses espaços precisam ser compartilhados com outras pessoas. Não é surpresa que, nessas condições, pequenas coisas que normalmente passariam despercebidas acabem nos irritando com frequência.
O mundo moderno está repleto de diversos aromas. Tudo exala fragrâncias, desde o sabão e detergente até as roupas novas. Isso levou a uma nova praga – a alergia a cheiros.
A maioria das fragrâncias é feita de substâncias artificiais. Por isso, não devemos ficar ofendidos com aqueles que se contorcem de agonia ou espirram desesperadamente ao sentir o cheiro do seu novo perfume. Muitas pessoas acreditam que fragrâncias fortes as tornam mais atraentes, mas, na verdade, elas apenas causam irritação. Em muitos países, o uso de perfumes fortes em locais públicos agora é considerado falta de educação. E nos escritórios, os funcionários são gentilmente solicitados a não usarem essas fragrâncias no trabalho.
Há um conjunto de regras não escritas sobre o uso adequado do celular para evitar invadir o espaço das pessoas ao nosso redor. Falar alto, assistir a vídeos ou ouvir áudios em locais públicos são violações flagrantes dessas normas.
Por que as conversas telefônicas nos incomodam mais do que as conversas entre estranhos? É simples: no caso das ligações, ouvimos apenas metade da conversa e, automaticamente, tentamos decifrar o restante. Isso ocorre de forma involuntária e é desagradável, forçando-nos a quebrar as normas de cortesia, o que acaba sendo irritante.
Outro hábito irritante é responder ao interlocutor sem desviar o olhar da tela do celular. Isso incomoda muito nossos familiares e colegas. Quando alguém não faz contato visual durante uma conversa, isso é desanimador. O contato visual é fundamental para a comunicação, pois é o que atrai nossa atenção e demonstra interesse.
Existe um código de etiqueta específico para o uso de banheiros públicos. Primeiramente, é importante evitar o uso de celulares nesses locais. Além de ser anti-higiênico, ouvir sons de jogos ou fragmentos de conversas de uma cabine vizinha pode ser bastante incômodo.
Além disso, não é apropriado se pentear ou balançar o cabelo em todas as direções, nem limpar meticulosamente a roupa de pelos e fiapos. Esses comportamentos são desagradáveis e, frequentemente, a pessoa acaba ocupando o espaço ao redor da pia por um tempo considerável, fazendo com que os outros tenham dificuldade em acessar a torneira.
Alguns clientes e consumidores conseguem irritar os que estão ao seu redor. O murmúrio impaciente da fila pode ser causado por uma simples falta de memória ou indecisão, algo que todos enfrentamos em algum momento. Cada pessoa tem o direito de escolher com calma o que deseja comprar ou de esquecer o que planejava adquirir.
Curiosamente, o que mais nos irrita são justamente as características que reconhecemos em nós mesmos, mas tentamos negar.
Quando saímos para passear com amigos, é natural querer conversar e discutir as últimas novidades. No entanto, isso pode ser incômodo para os outros pedestres, que precisam desviar do grupo sem esbarrar em ninguém. Parar em grupo no meio da calçada também irrita os demais.
Outro problema é enviar mensagens de texto enquanto caminhamos. Pedestres distraídos podem colidir com objetos móveis e imóveis, como outras pessoas, carros estacionados e postes. Se for necessário enviar uma mensagem urgente, é melhor se afastar para o lado e dedicar alguns minutos a isso.
Às vezes, as pessoas ao nosso redor nos obrigam a quebrar as regras, e muitas vezes a culpa é das mensagens de voz. Você manda uma mensagem de texto com uma pergunta e, em resposta, recebe um áudio. Talvez a pessoa esteja em uma situação onde é inconveniente digitar, mas muitas vezes é apenas preguiça de escrever. Isso pode causar muitas situações constrangedoras, pois é necessário ouvir a mensagem, mas fazer isso na presença de outras pessoas não é educado.
Uma das perguntas mais irritantes é "Como você está?" O problema é que não se espera outra resposta além de "Bem" ou "Normal". É apenas uma maneira simples de iniciar uma conversa e um gesto de cortesia. Algumas pessoas levam essa frase ao pé da letra e dão uma resposta detalhada, o que surpreende o interlocutor. Outras, por outro lado, ignoram a resposta e se apressam em transmitir a informação que consideram importante.
Especialistas recomendam evitar essa pergunta se você deseja ter uma conversa produtiva. É melhor perguntar: "Quais são os seus planos para o fim de semana?" ou algo semelhante, pois isso demonstra interesse e envolvimento. Ou você pode simplesmente dizer "Olá".
Pode parecer que a maneira mais simples de ofender alguém seja dizer algo desagradável. No entanto, expressões faciais marcantes podem ter um efeito igualmente forte. Lábios apertados, sobrancelhas levantadas e suspiros significativos provocam muitas emoções, pois a pessoa não verbaliza seus sentimentos, apenas insinua, deixando o interlocutor adivinhar as razões e a intensidade do descontentamento.
Um gesto ainda mais rude é revirar os olhos. Esse gesto é geralmente interpretado como uma demonstração de desprezo ou desconfiança. Essa expressão facial também pode indicar um desentendimento no relacionamento. Portanto, deve ser usada com muito cuidado.
Muito já foi discutido sobre os benefícios e malefícios dos chicletes. No entanto, um fato é inegável: ver alguém mastigando freneticamente pode irritar muitas pessoas, especialmente quando acompanhada de sons altos. Isso reflete apenas diferenças culturais. Enquanto na civilização ocidental comer de maneira barulhenta é visto como falta de educação, no Oriente isso pode ser considerado uma forma de respeito.
Os chicletes ajudam a refrescar o hálito e a eliminar bactérias prejudiciais (desde que não contenham açúcar). No entanto, o uso excessivo pode causar problemas na mandíbula. Além disso, estudos sugerem que há uma conexão entre o hábito constante de mastigar chiclete e o surgimento de enxaquecas. Portanto, é aconselhável moderar o consumo de chicletes.
Estalar os dedos, o som do teclado, a mastigação e o estalo de uma caneta – para pessoas que se irritam com esses sons, a questão vai além de simples incômodo. Esses indivíduos frequentemente sofrem de misofonia, uma condição em que há uma sensibilidade elevada a certos ruídos. Isso ocorre devido a uma atividade aumentada na parte frontal da ínsula do cérebro, que reage intensamente a sons desagradáveis, provocando um súbito aumento na adrenalina.
Embora a misofonia seja difícil de controlar, existem estratégias eficazes para amenizar o desconforto. Uma das soluções mais simples é criar uma playlist com músicas relaxantes e usar fones de ouvido em locais públicos. Dessa forma, é possível minimizar o impacto dos sons irritantes e evitar causar desconforto a pessoas ao seu redor.
Todos nós, de alguma forma, usamos certas palavras para preencher nosso discurso, adicionando-as para suavizar a comunicação. As pessoas tendem a evitar pausas durante uma conversa, e para evitar o desconforto do silêncio, acabam inserindo expressões vazias e repetitivas, como "tipo" ou "é...". Quando essas palavras são usadas com moderação, elas passam quase despercebidas. No entanto, se alguém as utiliza em excesso, isso pode se tornar bastante irritante.
Em eventos formais, esse hábito pode ter consequências negativas. Uma pessoa que usa palavras de preenchimento de maneira excessiva pode parecer desinformada ou pouco profissional. Felizmente, é possível superar essa tendência. O primeiro passo é gravar sua fala em áudio ou vídeo para identificar quais palavras devem ser eliminadas ou substituídas. Além disso, é recomendável ensaiar seus discursos públicos para evitar o uso dessas expressões.
Você e seus amigos se encontram em um restaurante para um jantar descontraído. Os pratos estão servidos e todos estão ansiosos para comer, quando um deles de repente exclama: “Não toquem em nada! Eu preciso tirar fotos primeiro!” E você fica ali, salivando e esperando enquanto ele tira as fotos.
Esse comportamento não apenas causa frustração nos outros, mas pode sinalizar que a pessoa está tão obcecada pela comida que ela parece ser mais importante do que a companhia e a conversa. Além de chatear os presentes, isso pode até levar a problemas com distúrbios alimentares.
E quais pequenas coisas mais te irritam? Bem, lidar com esses pequenos desgastes ocasionalmente é até aceitável, mas quando um familiar faz de tudo para te irritar? Quer saber como lidar com parentes que ajudam demais e acabam ultrapassando os limites? Confira nosso artigo para dicas sobre como manter a harmonia familiar e lidar com essas situações de forma elegante.