10 Raças de animais que surgiram devido a mudanças genéticas e experimentos científicos
Alguns animais híbridos são criados pela Mãe Natureza, enquanto outros são obra de cientistas. Vale destacar que o resultado de experimentos genéticos e cruzamentos aparentemente controlados costuma ser imprevisível: um caso bem conhecido é o das abelhas africanizadas existentes aqui no Brasil, resultantes do cruzamento de raças europeias e africanas.
A equipe do Incrível.club adoraria se encontrar com um chausie ou acariciar uma shalaika, mas sente muita pena do George Solitário, do bônus no final do post. Confira!
10. Híbrido de husky siberiano e lobo
A foto acima foi tirada pelo fotógrafo Sergey Kolyaskin durante uma expedição pelo norte da região dos montes Urais, na Rússia. Ele ficou encantado com os olhos incríveis do animal. A propósito, acredita-se que o cão-lobo dificilmente conviva com pessoas, uma vez que seus instintos lupinos são muito fortes.
Mas os cientistas não deixam de fazer experimentos a fim de desenvolver um híbrido bem-sucedido em todos os sentidos. O cão-lobo de Saarloos, originário nos Países Baixos, ou o cão-lobo de Kunming, criado na China podem ser exemplos de um ótimo trabalho de cientistas. Eles são usados como cães-guias para cegos e também são requisitados por equipes de resgate e bombeiros.
9. Urso grolar, pizzly ou nanulak
Esses nomes incomuns foram dados ao híbrido de urso pardo e urso polar. Os primeiros filhotes nasceram no século XIX, no zoológico da cidade alemã de Halle. Contudo, foram detectados apenas três casos de tal hibridização na natureza, pois os habitats dessas espécies são muito diferentes.
Mas, de acordo com cientistas, o aquecimento global e o derretimento das geleiras podem fazer com que os ursos polares se afastem mais frequentemente da costa marítima. Assim, temos todas as chances de ver a população de ursos grolares, com sua linda pelagem bege de tom cinza, crescendo com o passar do tempo.
8. Raposa bakuriana da Geórgia
A bondosa raposa branca foi obtida como resultado de um longo experimento iniciado por cientistas georgianos em 1959. O objetivo foi descobrir se era possível domesticar raposas prateadas, selecionando para o cruzamento apenas os espécimes que eram gentis com os humanos.
Os cientistas conseguiram “melhorar” o caráter da raposa, mas à custa de outra característica importante: a qualidade de sua pelagem piorou significativamente.
7. Zebroide
Os híbridos de zebra e cavalo, burro ou pônei foram criados para uso prático. Sua força e resistência servem perfeitamente para o transporte de mercadorias. Além disso, eles são resistentes às picadas de moscas tsé-tsé e são mais fáceis de treinar do que as zebras.
Todavia, os zebroides dificilmente podem ser chamados de animais de estimação, já que são considerados mais temperamentais e agressivos do que os cavalos.
6. Liligre
Esse híbrido resultou do “amor” entre um leão e uma ligre — que, por sua vez, também é resultado de cruzamento de leão com tigre. O primeiro filhote foi registrado em 2012 no zoológico de Novosibirsk, na Rússia: lá nasceu uma fêmea chamada Kiara, filha do leão Samson e da ligre Zita.
Outros filhotes conhecidos também nasceram em zoológicos, como na cidade de Wynnewood, Oklahoma (EUA). Em 2019, também na Rússia, nasceu o macho de ligre chamado de Blag.
5. Chausie
Essa raça é o cruzamento do gato abissínio com o gato-da-selva. A intenção foi desenvolver uma criatura com a aparência e a saúde de animal selvagem, mas com o caráter de animal de estimação.
Como resultado, os chausies são dispostos a conviver com as pessoas, mas continuam a recusar o carinho. Os híbridos da primeira geração são tão ágeis que ficam mantidos em jaulas, em vez de em casas.
4. Shalaika
Essa raça foi desenvolvida para ajudar a segurança da empresa aérea russa Aeroflot. A ideia era a de que os animais fossem cães farejadores. A raça foi originada nos anos 1970 como resultado do cruzamento de dois chacais-dourados com dois pastores-finlandeses-da-lapônia. Depois de algum tempo, o híbrido foi cruzado com mais espécies para eliminar os genes dominantes do chacal, que impediam o treinamento eficaz dos cães.
A raça apresenta vários nomes: por exemplo, cão Sulimov (Klim Sulimov é um renomado biólogo russo que criou a raça) e shalaika (uma mistura de chacal com laika). A raça foi reconhecida oficialmente apenas em 2018 e foi registrada como shalaika.
Klim Sulimov acredita que criou cães farejadores capazes de exercer perfeitamente seu trabalho, com um bom olfato e a capacidade de trabalhar sob quaisquer condições climáticas: de −70°C a +40°C.
3. Peixe-papagaio
Esse peixe de aquário, que possui uma mistura de genes de várias espécies do acará boca-de-fogo, também foi criado em laboratório. O peixe-papagaio é uma ótima escolha para quem nunca teve peixes em casa, por ser amigável e completamente pacífico.
No entanto, esse híbrido paga caro por sua beleza, tendo complicações nos órgãos internos e o lábio inferior muito curvado, o que leva a dificuldades na hora de consumir a ração.
2. Abelha africanizada
Em meados do século XX, no Brasil foi tomada a decisão de criar abelhas adaptadas ao clima tropical que produziriam uma quantidade de mel maior do que outras espécies. O cruzamento de abelhas africanas com espécies europeias deu origem a insetos grandes e extremamente agressivos.
Em decorrência de um erro cometido pelos entomologistas, rainhas escaparam e começaram a se acasalar com zangões, espalhando-se e aumentando a população. Dessa forma, as abelhas africanizadas se transformaram em verdadeiros monstros, atacando todos que chegavam perto das colmeias. Em 1967, um enxame de abelhas atacou casas no Rio de Janeiro, matando mais de 150 pessoas e um número maior ainda de animais.
1. Chabino
O cruzamento bem-sucedido de carneiros com cabras é incomum, uma vez que os animais pertencem a espécies diferentes e possuem um número de cromossomos também diferente. Antigamente, a hibridização ocorria tão raramente que esses híbridos nem sequer ganhavam nomes. Os chabinos adultos parecem ovelhas grandes com pelagem densa, que trocam na primavera como cabras.
Bônus: George Solitário
O macho de tartaruga-das-galápagos-de-pinta habitava as Ilhas Galápagos e era o último integrante da subespécie. George foi identificado em 1972 e levado para uma estação de pesquisa, onde os cientistas passaram décadas tentando fazer com que se reproduzisse, mas fracassaram.
Após uma análise genética de duas mil tartarugas, foi encontrada uma fêmea da linhagem de George, dando esperança aos cientistas, que presumiram que os híbridos fossem uma nova geração da subespécie dele. Porém, os ovos não eram férteis.
George morreu em 2012 sem deixar descendentes, e sua triste história inspirou o escritor Henry Nicholls a escrever o livro “George Solitário: a vida e o amor da tartaruga mais famosa do mundo”.
E você, já viu algum animal híbrido incrível ao vivo? Em sua opinião, os experimentos genéticos são necessários para criar novas espécies ou deveriam ser evitados por trazerem um grande perigo? Comente!