10 Personalidades da ciência para dar orgulho em nós, brasileiros
Quando pensamos nas pessoas e aspectos culturais e esportivos que representam o Brasil no exterior, geralmente associamos o país a clichês, como futebol, gastronomia e carnaval. Mas o País é mais que isso e possui, por exemplo, alguns pesquisadores reconhecidos internacionalmente por seu trabalho científico.
O Incrivel.club reuniu alguns exemplos de cientistas brasileiros que farão você sentir orgulho, admiração pela brilhante trajetória e por representar tão bem a nossa pátria.
10. Carlos Chagas (1878-1934)
Nascido em Oliveira (Minas Gerais). Aos 17 anos, Carlos Chagas já ingressava na Faculdade de Medicina. Destacou-se ao descobrir a doença de Chagas que é causada pela picada do inseto barbeiro e que afeta vários órgãos como o fígado e coração, podendo muitas vezes levar à morte. Carlos, foi o primeiro e único, mesmo nos dias atuais, cientista na história da medicina, a descrever completamente uma doença infecciosa. Teve quatro indicações ao Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia, e também foi o primeiro brasileiro a ganhar o Doutor Honoris Causa da prestigiada Universidade de Harvard.
9. Graziela Barroso (1912-2003)
Nascida em Corumbá (Mato Grosso do Sul), Graziela foi considerada a “primeira dama da botânica no Brasil” sendo nacionalmente, a maior catalogadora de plantas. Graziela trabalhou na área da botânica por muitos anos sem ter curso superior, até que aos 47 anos, decidiu ingressar no curso de biologia. Dedicou 50 anos ao ofício de professora e publicou um livro (saiba mais sobre aqui) que é adotado em todas as universidades do Brasil quando se faz botânica e utilizado por pesquisadores estrangeiros.
8. Milton Santos (1926–2001)
Milton Santos nasceu na cidade de Brotas de Macaúbas (Bahia). Era geógrafo, escritor e pensador. Estudou e lecionou ao redor do mundo. Seus estudos revolucionaram a área da geografia urbana, já que, para Milton, a ciência geográfica deveria ser tratada não apenas como técnica, mas com uma reflexão para todos, com a participação efetiva da sociedade. Recebeu diversos prêmios durante sua trajetória, entre eles o mais alto prêmio internacional em Geografia, o Vautrin Lud, equivalente ao Nobel nessa disciplina.
7. Rosaly Lopes
Rosaly é natural do Rio de Janeiro, mudou-se para Londres onde ingressou no curso de astronomia e formou-se como umas das melhores da classe. Recebeu diversos prêmios, entre eles a prestigiosa medalha Carl Sagan, da American Astronomical Society, pela excelência na comunicação da ciência ao público.
Participou dos estudos e experiências de um projeto que lançou uma nave não-tripulada para Júpiter, conhecida por Missão Galileo, e devido suas descobertas foi parar no livro de recordes 2006, por ter sido a maior descobridora de vulcões ativos em Io (nome de uma das quatro grandes luas de Júpiter).
6. César Lattes (1924-2005)
César nasceu em Curitiba (Paraná) e com apenas 19 anos se graduou em Física e Matemática na Universidade de São Paulo (USP). César Lattes e o britânico Cecil Powell foram os descobridores da partícula méson pi, que é a responsável pelo comportamento das forças nucleares. Porém, mesmo Lattes sendo o principal pesquisador dessa partícula, quem recebeu o prêmio Nobel da Física em 1950 foi Powell. Lattes se destacou pela sua liderança científica da física brasileira e esteve envolvido ativamente na criação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Inclusive, o CNPq homenageou a César Lattes batizando o sistema para o cadastro de cientistas, pesquisadores e estudantes de Plataforma Lattes.
5. Vital Brazil (1865-1950)
Nascido em Campanha (Minas Gerais) foi médico e sanitarista, liderou frentes de combate a diversas doenças como cólera e febre amarela. Foi o pioneiro em pesquisas envolvendo a produção de soros específicos — e até hoje não existe método mais eficaz no mundo — contra venenos de animais peçonhentos, como serpentes, escorpiões e aranhas. Com intensa dedicação à saúde pública, Vital Brazil acabou contraindo doenças em missões sanitárias e estudos experimentais. Além disso, doou a patente do soro antiofídico ao governo brasileiro. O cientista ajudou na fundação e criação do Instituto Butantã e também foi o fundador do Instituto Vital Brazil.
4. Euryclides Zerbini (1912-1993)
Zerbini nasceu em Guaratinguetá (São Paulo) foi fundador do InCor e o médico responsável pelo primeiro transplante de coração da América Latina e o quinto no mundo a realizar tal cirurgia. Aos 73 anos, foi também o pioneiro ao realizar uma cirurgia de transplante de coração em um paciente com doença de Chagas, sendo um marco na medicina internacional. Foram 58 anos dedicados a medicina e ao que gostava de fazer, resumidos em uma frase: “operar é divertido, é uma arte, é ciência e faz bem aos outros”.
3. Bertha Becker (1930-2013)
Bertha, natural do Rio de Janeiro, foi uma importante geógrafa brasileira que destacou-se pelo amplo estudo na região da Amazônia, sendo reconhecida como a “cientista da Amazônia”. Dedicou mais de 30 anos percorrendo a Amazônia sendo testemunha da ocupação e devastação dessa região. Com seus estudos, deixou também uma reflexão a todos de que precisamos produzir para preservar, reconhecendo além do fator ambiental, o valor econômico da Amazônia. Bertha afirmava que a resposta para a preservação do Planeta, está na economia e não na tecnologia.
2. Artur Ávila
Artur é carioca, matemático que conquistou a medalha de ouro na Olimpíada Internacional de Matemática com 16 anos. E então, aos 35 anos, foi o primeiro latino-americano a receber um prêmio considerado como o “Nobel da Matemática”. Ávila afirma que sua colaboração aqui no Brasil, vai muito além das pesquisas, e então incentiva os estudantes brasileiros a se atraírem por matemática por meio de palestras e participação em eventos. Para Artur, matemática é sinômino de criatividade já que “se fosse algo mecânico poderia ser feito facilmente, não precisaria de pessoas. Haveria computadores que a aplicariam e pronto”, conclui.
1. Celina Turchi
Natural de Goiás, formada em medicina, Celina Turchi se destaca no mundo científico por liderar os estudos envolvendo a relação do vírus Zika — adquirido após a picada mosquito Aedes aegypti — e a microcefalia. Foi considerada como uma das 10 cientistas mais importantes do ano de 2016 pela revista científica Nature e em 2017 foi eleita pela Time como uma das 100 pessoas mais influentes daquele ano. Os estudos sobre o Zika vírus continuam, um esforço diário e constante de Celina para contribuir com a autonomia do Brasil em relação a investigações de epidemias.
Diante da trajetória dessas grandes mentes nascidas em terras tupiniquins, percebemos o quanto o Brasil se faz presente no cenário da ciência e tecnologia, e o quanto ainda pode contribuir para o avanço da humanidade.
E você já conhecia esses cientistas? Deixe aqui nos comentários.