10+ Mulheres que escolheram a profissão de taxista e agora têm diversas histórias para contar

Mulher
há 4 anos

A ideia de que as profissões são divididas em masculinas e femininas está gradualmente se tornando uma coisa do passado. Embora o número de mulheres em profissões historicamente atribuídas ao gênero masculino esteja crescendo, muitas pessoas ainda se surpreendem ao ver que suas corridas de táxi não serão conduzidas por um homem. De qualquer forma, as representantes dessa profissão nada fácil têm muito a contar.

Nós, do Incrível.club, enaltecemos todos aqueles que quebram os estereótipos de gênero. As heroínas da nossa seleção de hoje são taxistas e compartilhamos neste post alguns dos momentos mais inesquecíveis que elas passaram na profissão. Confira!

  • Enquanto estava de licença-maternidade, trabalhava como taxista. Na saída de um restaurante, um grupo de homens muito bem-vestidos fez sinal, e parei. Um deles entrou no carro, os outros não, mas pagaram a corrida de antemão. Tive de passar a viagem conversando com o rapaz. Ao chegar, ele estendeu a mão para me dar mais dinheiro, e o relembrei que a corrida já havia sido paga. Mas o que ele disse depois me surpreendeu: “Moça, posso pagar mais para você continuar conversando comigo?” © Мария Сорокина / Facebook.com

  • Dei um mau jeito no pescoço. A dor não estava forte, mas como sou taxista, precisava virar a cabeça constantemente. Apesar do incômodo, decidi trabalhar. Uma garota entrou no veículo e, ao notar meus movimentos limitados, me pediu para parar o carro. O pedido do cliente é uma ordem. Disse para eu me virar para a rua e, então, começou a pressionar com as mãos alguns pontos do meu pescoço e das costas. A dor sumiu! Quando perguntei que bruxaria havia feito, ela explicou que era médica veterinária e faziam esse tratamento com os cavalos na clínica. © “Подслушано” / vk

  • Fui ao trabalho de táxi. A taxista era uma mulher falante, que estava grávida de cinco meses. Disse que não aguentava ficar em casa o dia inteiro e resolveu ganhar uns trocados. © koritZZa / twitter

  • Primeira reação ao me ver no volante: “Nossa, é a primeira vez que vejo uma mulher taxista”.
    Segunda pergunta: “Não tem medo?” Disse que não e que os passageiros que deviam ter medo de mim se tentarem fazer alguma coisa. “Mas por quê? Anda sempre com spray de pimenta?”, perguntou. “Não”, respondi, “tenho treinamento com armas de fogo”. A partir desse momento, o rapaz não abriu mais a boca. © frogla / pikabu

  • Uma vez conheci uma cliente fantástica de 55 anos, mas que parecia ser 10 anos mais jovem. Muito eloquente, podia manter uma conversa sobre qualquer tema e, aparentemente, conhecia todos os cantos da cidade. Disse que, uma vez, desviou de um engarrafamento monstruoso em apenas cinco minutos por um determinado atalho. Passei minha vida inteira nesta cidade e já fiquei parada por mais de três horas no trânsito no mesmo lugar que ela havia mencionado, mas realmente nem desconfiava que havia outra saída. Nem mesmo os outros taxistas com quem trabalho sabiam disso. © timeta / pikabu

  • Era noite de Natal. Um senhor entrou no veículo: pediu para levá-lo ao mercado mais próximo, esperar na entrada e, depois, voltar ao endereço inicial. Esperei uns 15 minutos e, claro, deixei o taxímetro rodando. Voltou com uma sacola de doces e chocolates de boa marca. Fomos o resto da viagem em silêncio. Ao chegar, ele pagou e... me deu um punhado de doces. Na saída, me desejou um feliz natal e deu um sorriso bem misterioso. Obrigada, Papai Noel! © Olga Blum / Facebook.com

  • O passageiro não parou de falar a viagem inteira. A poucos metros do destino, decidi falar um pouco e reclamei de que minha cabeça doía após um dia de trabalho. Ele respondeu: “Ah, isso é porque você fala demais”. © Наталья Касем / Facebook.com

  • Era setembro. Após iniciar a corrida, o passageiro perguntou: “Nossa, você dirige muito bem. Já trabalha com isso há bastante tempo?” “Olha, tirei minha carteira em agosto”, respondi. Nesse momento, quase consegui escutar a veia pulsando no pescoço dele de tanto nervoso. Depois complementei: “De 1992”. Risadas, suspiros e quase abraços de alívio. © timeta / pikabu

  • Em Viena, uma mulher muçulmana usando um hijabe me levou ao aeroporto. Quando ela pegou minhas malas sozinha na entrada do hotel, fiquei sem reação. © Julia Ryabkova / Facebook.com

  • Pedimos um táxi em Roma. Levava cerca de 25 minutos do hotel até o aeroporto, e estávamos em quatro: dois adultos e duas crianças. Chegou uma minivan preta com vidros blindados, mas não achamos que era o nosso carro. Foi então que saiu uma mulher de uns 30-35 anos, com saia de couro preto, óculos escuros, blusa branca e um batom vermelho. Todos ficamos em choque, parados. Nos demos conta de que era o nosso veículo quando ela começou a pegar as malas como se nem estivessem pesadas. Meu marido, então, acordou e correu para ajudá-la. © Ирен Мал / Facebook.com

  • Uma das lembranças mais vívidas que tenho com táxi foi a seguinte. Estava na estação de trem às 3h da madrugada, com uma mala pesada e uma bolsa enorme tão pesada quanto. Chamei um táxi, esperando vir um homem, para que eu pudesse oferecer dinheiro extra para ele me ajudar a carregar as bagagens até a porta do meu apartamento: não há elevador no prédio, e moro no 4º andar. Para minha surpresa, apareceu uma taxista grávida, nos últimos meses. Ou seja, levei tudo sozinha enquanto a motorista apenas esperava eu dar sinal de que já havia pegado tudo para ela poder ir embora. © Юлька Рыжая / Facebook.com

  • Pedi um táxi, sentei no banco de trás, sem tirar os olhos do telefone. Confirmei o endereço e, quando levantei a cabeça, notei que era uma garota ao volante.
    Eu: “Boa tar... Ah... Nossa, acho que você é a terceira taxista que encontro na vida”.
    Motorista: “Jura?”
    Eu: “Sim. Pelo menos para mim é incomum. Por que decidiu se aventurar nessa profissão?”
    Motorista: “Precisava de dinheiro, decidi tentar. Na verdade, você é o meu primeiro cliente”.
    Bom, sempre um prazer ser o primeiro. © Sunir / pikabu

  • Era 1h da madrugada. Entrei no carro, e uma mulher bem jovem o conduzia. Descobri que estava grávida de seis meses. Perguntei: “É o primeiro?” “Terceiro”, respondeu. “E seu marido não se importa de você estar trabalhando?” “Bom, a outra opção era ficar em casa. Com duas crianças. Grávida. Meu marido me implora para trabalhar para não ouvir os meus gritos o tempo inteiro”. © Ирина Яковенко / Facebook.com

  • Chamei um Uber, e a motorista não era apenas uma garota, mas ainda estudante. A viagem foi ótima e passamos o tempo falando sobre várias fofocas da vida universitária. © Анонимный пользователь / TheQuestion

  • Temos uma companhia de táxi na cidade que se chama “Sorte”. Uma vez tive uma corrida com uma taxista e perguntei se ela não tinha medo, pois sempre podiam aparecer pessoas diferentes. Ela disse que sim, mas que o trabalho era interessante. Contou-me a seguinte história: recebeu um pedido e, no local indicado, dois homens a esperavam. Um de aparência normal, e o outro não conseguia ficar de pé, estava muito mal. Ela recusou. O primeiro, então, quase caiu de joelhos implorando para os levar, pois outros motoristas haviam recusado, e ele não poderia deixar o amigo sozinho. Ela ficou com pena e aceitou. Correu tudo bem na viagem, e não houve nenhum incidente. Ao chegar, o rapaz deu uma boa gorjeta e disse: “O nome dessa empresa está certo mesmo. Tivemos muita sorte de encontrar você!”

  • Já andei de táxi com diversas motoristas mulheres, mas nunca me deixaram nenhuma impressão específica — nem positivas, nem negativas — exceto uma estrangeira. A mulher disse que falava russo, ucraniano, inglês e, claro, sua língua nativa, iorubá. Quando perguntei se precisava falar iorubá com frequência na Ucrânia, respondeu que a pergunta que mais escutava era “O que é iorubá?” Como taxista, dei cinco estrelas: conhecia muito bem a cidade, dirigiu na velocidade ideal e soube manter uma boa conversa comigo e com a minha esposa. Tive uma experiência muito agradável. © Кит Сухопутный / TheQuestion

  • Na nossa cidade, há um restaurante chamado “Maternidade”. Havia ligado para o hospital, pois já estava em trabalho de parto e precisava ir urgentemente para lá. Chamei um táxi. Após entrar no veículo, informei: “Para a maternidade”. A motorista repetiu o destino para o navegador digital, e o aparelho confirmou “Restaurante maternidade, centro da cidade”. Gritei de dor e por achar aquilo hilário. Mostrei a ela minha barriga e que precisava ir para uma maternidade de verdade. Sorriu, me levou rapidamente e nem cobrou pela corrida. Meu filho já tem 10 anos, mas nunca esqueço dessa história. © Людмила Харитоненко / Facebook.com

Você conhece alguma mulher que seja taxista? Ou talvez alguma motorista já o tenha levado para algum lugar e você ainda se lembra dela? Comente!

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