10 Mitos sobre remédios em que não devemos acreditar
Com frequência, precisamos recorrer aos remédios quando ficamos doentes e quase sempre pensamos conhecer tudo sobre eles. Contudo, muitas de nossas crenças sobre os medicamentos, injeções e plantas medicinais são bastante antiquadas, e algumas não passam de mitos.
O Incrível.club decidiu pesquisar quais são os mitos populares mais errados sobre remédios em que as pessoas continuam acreditando.
As pílulas anticoncepcionais aumentam o risco de câncer
Estudos recentes demonstram que tomar anticoncepcionais além de não aumentar o risco de desenvolver câncer, contribui para reduzi-lo. Mulheres que tomam anticoncepcionais raramente sofrem de câncer no útero, ovários, reto ou de outros tipos. Além disso, segundo esses estudos, quanto mais tempo uma mulher tomar anticoncepcionais, maior o seu efeito ’anticâncer’.
A homeopatia é completamente inofensiva
A homeopatia não é reconhecida oficialmente como uma ciência, mas os medicamentos homeopáticos podem conter pequenas doses de substâncias ativas. Portanto, ao tomar esses remédios por muito tempo e em grandes quantidades, a substância ativa se acumula no corpo e pode causar efeitos secundários e interferir na maneira como os outros remédios trabalham, alterando o tratamento.
Além disso, os remédios homeopáticos são produzidos na contramão do padrão internacional em relação aos componentes potencialmente perigosos. Em 2017, cientistas americanos encontraram beladona em remédios para os dentes. O efeito dessa substância venenosa no corpo de crianças com menos de 2 anos ainda é desconhecido, portanto representa um grande risco a elas.
Quanto mais caro um remédio, mais eficiente ele será
As pessoas costumam ter certeza de que o maior preço indica mais qualidade e de que com saúde não se deve economizar. É verdade que com saúde não se brinca, mas muitos remédios possuem genéricos mais baratos e com a mesma composição que os mais caros. Mas é sempre muito importante conversar com um médico para saber que produto e que marca você deve tomar.
A fitoterapia é melhor que os remédios convencionais
É muito comum as pessoas pensarem que os remédios feitos com ingredientes naturais são inofensivos, diferentes dos outros, que causam muitos efeitos secundários. Na verdade, os remédios à base de plantas podem causar alergias, intoxicações e reações mais imprevisíveis do que pensamos. Isso acontece porque as plantas podem conter substâncias tóxicas e alcaloides que não podem ser ingeridos sem controle ou em doses excessivas.
É possível combinar diferentes tipos de tratamentos
Muitas pessoas decidem tomar muitos remédios ao mesmo tempo e com isso colocam a própria saúde em risco. O que as pessoas também não sabem é que misturar remédios naturais com outros tipos de substâncias pode ser ainda mais perigoso. Ou seja, uma infusão inofensiva com alguns remédios pode provocar uma reação inesperada. Isso acontece porque nem sempre conhecemos todos os efeitos das plantas medicinais.
Por exemplo, sabemos que o alcaçuz reduz a eficiência dos remédios de pessoas hipertensas. Já a erva-de-são-joão aumenta o efeito dos medicamentos anticoagulantes, o que pode causar hemorragias.
É um erro do médico receitar uma dose diferente da sugerida na bula do remédio
Às vezes, o médico receita uma dose diferente da indicada na bula. Claro que um médico pode errar, mas isso é raro. O mais provável é que ele confie mais na própria experiência e em seu conhecimento em relação ao paciente em questão.
Se você nunca foi alérgico a um remédio, jamais será
Qualquer tipo de alergia, até mesmo uma causada por um remédio, pode acontecer a qualquer momento. Isso acontece porque o nosso corpo não para de mudar. Os remédios naturais, os antibióticos, os analgésicos e até mesmo a aspirina podem causar alergias. Por isso, é sempre muito importante fazer testes e respeitar as decisões médicas.
Quanto menos efeito secundário e contraindicações, melhor
Não é possível afirmar com toda a certeza que menos efeitos secundários signifiquem mais qualidade do remédio. Com frequência, muitos efeitos secundários significam que o remédio já foi testado mais vezes e é por isso que todas as possibilidades de efeitos são conhecidas.
Em relação aos remédios mais fortes, é normal que causem esses efeitos; o que nós precisamos fazer é escolher, junto com o médico, o melhor caminho para a resolução do problema.
Além disso, os efeitos secundários nem sempre se manifestam, e o médico sabe muito bem o que fazer nesses casos.
Ao tomar antibiótico, a disbiose é inevitável
Tomar antibióticos nem sempre significa ter problemas intestinais. Seu impacto negativo depende do estado do seu corpo, da sua reação individual e da maneira como o medicamento é administrado. Portanto, é mais provável que uma pessoa que abusa dos antibióticos sem recomendação médica sofra de disbiose. Além disso, muitos antibióticos modernos são mais leves e não causam tantos problemas intestinais. Portanto, converse com o seu médico, ele vai saber a melhor conduta a seguir.
Antibióticos são mais eficientes em injeções do que em comprimidos
Essa afirmação está desatualizada. Há algumas décadas, os comprimidos não eram considerados eficientes. A biodisponibilidade das injeções (porcentual de aproveitamento de uma substância pelo organismo) é de aproximadamente 80%. Já nos comprimidos via oral, o valor era de 40 a 60%. Hoje, os comprimidos melhoraram, e sua biodisponibilidade chega a 90-95%, podendo ser mais eficientes do que as injeções. Além disso, dizem que tomar comprimidos é mais seguro.
Que outros mitos sobre medicamentos você conhece? Comente.