10 Marcas que foram certeiras ao escolher o nome e viraram sinônimo do produto
Talvez, no nosso inconsciente, nós saibamos que existem outros nomes para “Gatorade” ou “chiclete”. Ainda assim, é difícil nos desprendermos das marcas escolhidas pelas empresas. Às vezes, nem mesmo nas gôndolas do mercado nos damos conta de que, apesar de chamarmos um determinado item por um nome, a etiqueta diz outra coisa.
Nós, do Incrível.club, reunimos uma nova seleção com 10 marcas famosas que, de tão populares, acabaram virando sinônimo dos produtos. Confira!
1. Gatorade (isotônico)
Os isotônicos são populares por repor líquidos e sais minerais perdidos. Sendo assim, não demorou para ganhar a atenção de quem pratica algum esporte. Todavia, raramente vemos alguém chamando a bebida pelo seu nome original aqui no Brasil, já que “Gatorade” virou sinônimo do produto.
A marca Gatorade foi criada em 1965 na Universidade da Flórida, para os jogadores de futebol americano reporem os fluidos perdidos. Ao todo, foram dez jogadores do time que testaram a primeira versão da bebida durante os treinos e jogos daquele ano. Os testes foram considerados bem-sucedidos e até hoje a bebida continua no mercado. No Brasil, ela patrocina as equipes feminina e masculina da seleção de futebol.
2. Candida (água sanitária)
Água sanitária ou Candida? Como você se refere a esse material de limpeza? A marca já está há tanto tempo inserida no nosso dia a dia que fica difícil desvinculá-la do produto. A Super Candida surgiu na década de 1950 e, na época, era vendida em garrafas de vidro — um tanto quanto diferente das embalagens plásticas que vemos hoje.
Com tanto tempo de mercado, a marca acabou virando sinônimo para o produto. O mais interessante é que ela divide o posto com outra. Ou seja, em certas regiões, a água sanitária é chamada de Candida; em outras, de Qboa. Todavia, ambas fazem parte do mesmo grupo, a Anhembi. Concorrentes, mas nem tanto.
3. Jet ski (moto aquática)
Já vimos, ao menos pela televisão, uma pessoa usando um jet ski, ou melhor, uma moto aquática. Sim, jet ski, é só um selo lançado pela marca Kawasaki, responsável por disseminar o nome do veículo. E, diferentemente do que se possa imaginar, não foi ela a responsável por desenvolver o primeiro modelo da moto. Em 1950, Vincent Amanda e Wave Roller foram os pioneiros, exportando mais de 2000 mil veículos pela Ásia e Oceania. Enquanto isso, a Kawasaki só chegaria ao mercado alguns anos mais tarde, em 1973, com os modelos para um único usuário.
A moto aquática não serve somente como lazer, como muitos podem pensar. Existem também competições esportivas de diferentes categorias, como estilo livre ou de resistência. Além disso, esse veículo também é muito usado em competições de surfe, para auxiliar o esportista a entrar e sair da água quando necessário.
4. Chiclets (goma de mascar)
A Chiclets conseguiu colar a sua marca na cabeça dos brasileiros, afinal, por mais que você consuma outro tipo de chiclete, a probabilidade de chamá-lo de uma forma diferente é muito baixa. A marca em questão nasceu nos Estados Unidos, em 1899, pelas mãos do inventor e fotógrafo Thomas Adams Jr.
Tudo o que o brasileiro precisou fazer com a chegada do produto ao país foi “abrasileirar” um pouco o nome, transformando “Chiclets” em “chiclete”. Inclusive, a nomeação da marca foi dada graças à resina que é usada como base na receita, e tem como nome genérico “chicle”. Apesar de ser um doce livremente consumido no Brasil e em grande parte do mundo, alguns não veem o item com bons olhos, como é o caso de Singapura, que proíbe seu consumo.
5. Durepoxi (resina epóxi)
A Loctite é mestre em fazer os nomes de seus produtos grudarem na cabeça dos brasileiros como se fossem as nomenclaturas originais. É o caso da Super Bonder e também do Durepoxi, que têm funções semelhantes, ambos sendo uma cola super-resistente. A resina epóxi ou poliepóxido, nome original, pode ser usada em diferentes materiais, indo do metal ao vidro.
Sendo assim, é muito difícil alguém pensar que esse não é o verdadeiro nome do produto, muitas vezes se referindo a ele como Durepoxi, independentemente da marca que esteja usando.
6. Lambretta (motoneta)
Pode não parecer, mas Lambretta é somente um dos nomes desse tipo de moto, e não seu nome original — que, na verdade, é motoneta. Nesse modelo, o condutor fica com as suas pernas para frente, em vez de nas laterais como nas demais motos.
As motonetas, ou lambretas, ficaram muito populares nas décadas de 1950 e 60, fazendo parte do imaginário de muitos jovens, principalmente pelo seu baixo custo. Além de sempre aparecerem em filmes famosos da época, como A Princesa e o Plebeu e Quadrophenia. Ou seja, receita certa para grudar na cabeça dos consumidores como nome original, ainda que não o seja.
7. Teflon (politetrafluoretileno)
Usar panela com teflon virou um hábito comum, já que ele evita que o alimento grude no fundo. Mas o detalhe é que esse não é o nome do material, mas sim da marca registrada. O nome verdadeiro da substância é politetrafluoretileno, que possui propriedades antiaderentes e escorregadias, ou seja, perfeito para que o alimento não fique agarrado.
Quem descobriu esse material de forma acidental foi Roy J. Plunkett, em 1938, que, na época, trabalhava para a DuPont, empresa responsável por registrar a marca Teflon. Isso significa que sua panela e frigideira podem até ser antiaderentes, mas não necessariamente da marca Teflon.
8. Post-it (bloco adesivo)
Os post-its são perfeito para anotar pequenos recados e deixar em qualquer lugar, já que a parte adesiva que se encontra atrás do papel facilita o trabalho. Com isso, os blocos adesivos, nome original do produto, logo tomou espaço na vida daqueles que gostam de facilidade e itens de papelaria.
Spencer Silver foi o responsável por criar o adesivo que fica na parte de trás dos papéis. O item é aderente o suficiente para ser removido e grudar novamente em outras superfícies, sem deixar marcas ou causar rasgos se colocados em outro papel. Primeiramente, o bloco adesivo se chamou Press ‘n’ Peel. Apenas quando foi registrado pela 3M Company que virou Post-It, um dos produtos mais consumidos da marca.
9. Liquid Paper (corretor líquido)
“Me empresta o Liquid Paper?” Quantas vezes não ouvimos isso na escola ou na faculdade? Inúmeras, correto? A questão é que esse não é o nome original do produto, e sim da marca registrada da empresa Newell Brands. Ou seja, liquid paper é um sinônimo para corretor líquido ou fita corretiva, dependendo do modelo utilizado.
A invenção foi feita na cozinha de Bette Nesmith Graham, que trabalhava com datilografia e, ao cometer erros, não tinha um jeito prático de corrigi-los, criando, assim, o produto. À princípio, ele se chamava Mistake Out (em tradução livre, “fora erro”).
10. Sandália Birken
Durante boa parte do tempo, nós precisamos estar calçados, mas nem sempre isso significa estar à vontade. Foi pensando nisso que Konrad Birkenstock desenhou o primeiro modelo do que viria a ser chamado de sandália Birkenstock, ou Birken, em uma abreviação mais simples. O diferencial dela está justamente no conforto, já que o modelo visa envolver o pé de maneira a apoiá-lo de forma perfeita.
A sandália foi projetada pela empresa Birkenstock Group BV & Co. KG, que foi fundada em 1774. Mas a criação tão conhecida até os dias de hoje foi realizada em 1896 e, mesmo sofrendo algumas oscilações de venda durante todos esse anos, até hoje podemos ver a Birken imperando nos pés de diversas pessoas, inclusive famosas.
Você sabia que o nome original desses produtos era outro? Conhece algum que ficou de fora dessa lista? Conte para a gente nos comentários!