Scheila Carvalho remove ácido hialurônico do rosto e se choca com o resultado: “Meu olhar abriu”

O verdadeiro domínio do churrasco é construído com base em um conhecimento profundo de cada corte. Dos clássicos argentinos às joias menos conhecidas e às técnicas de charcutaria caseira, este guia reúne tudo o que você precisa para dominar a arte do fogo e oferecer aos seus amigos e familiares o melhor churrasco que eles jamais comerão. Cada corte tem sua própria personalidade, seus próprios segredos e seu momento perfeito na grelha, e agora vamos apresentar quais são.
Esse corte emblemático do churrasco sul-americano se destaca por suas camadas alternadas de carne e gordura que se transformam em uma textura incomparável. A técnica profissional requer colocá-lo no carvão inicialmente com o lado da gordura para cima, virando-o somente quando liberar seus primeiros sucos após alguns minutos.
Lembre-se de que, para todos os cortes, é aconselhável que a churrasqueira esteja quente, com uma chama considerável e com as brasas acesas. Nunca faça isso ao acender a churrasqueira, deixe-a esquentar primeiro. Esse corte requer um cozimento lento e cuidadoso. O resultado deve ser uma crosta crocante que esconde uma carne macia e cheia de sabor.
Com sua generosa infiltração de gordura e espessura considerável, esse corte premium requer tratamento especial. Os grelhadores especializados recomendam um selamento inicial em fogo alto para criar a crosta dourada, seguido de um cozimento mais lento em fogo médio. O ponto ideal é alcançado quando a gordura intramuscular derrete completamente, banhando a carne por dentro.
Localizada entre as costelas e o traseiro, o “vacío” (fraldinha no Brasil) surpreende por sua textura única e seu sabor intenso. Sua membrana externa funciona como um invólucro natural que concentra os sucos durante o cozimento. A técnica principal é selá-lo primeiro no lado da gordura e, em seguida, cozinhá-lo em fogo médio até atingir a maciez característica que o torna irresistível.
Esse corte musculoso, um dos favoritos dos açougueiros, oferece uma experiência de carne cheia de personalidade. Seu preparo ideal inclui uma marinada ácida prévia (com limão ou vinagre) e cozimento rápido em fogo alto. Ao servir, o corte transversal diagonal é essencial para romper as fibras musculares e garantir a maciez máxima em cada mordida.
Seu nome já diz tudo, em espanhol, “mata el hambre” significa mata a fome, e sua versatilidade confirma isso. A carne pode ser preparada enrolada com ervas e legumes ou aberta como um bife tradicional. Recomenda-se o cozimento lento em fogo médio-baixo, ou até mesmo uma pré-fervura para garantir a textura sedosa que a caracteriza. Cada método revela uma faceta diferente desse corte exclusivo.
Esse corte triangular da parte superior da alcatra é a estrela dos churrascos brasileiros. Sua característica camada de gordura requer tratamento especial: cozimento inicial com a gordura voltada para baixo para que derreta lentamente, banhando a carne. O corte final é feito em fatias grossas, o que mostra perfeitamente sua suculência. Para brilhar, só precisa de sal grosso.
O filé de costela é a escolha daqueles que buscam um equilíbrio entre sabor e textura. Sua generosa infiltração de gordura intramuscular exige um selamento inicial intenso (2 minutos de cada lado na temperatura máxima) seguido de finalização com calor indireto. O resultado é uma carne com um exterior caramelizado e um interior suculento, onde a gordura foi transformada em puro sabor.
Popular na Argentina e no Uruguai, esse corte versátil surpreende por seu formato triangular e textura consistente. Ideal para marinar com ervas frescas (alecrim ou tomilho), ele se beneficia de um cozimento uniforme e de um corte transversal em ângulo de 45° quando servido. Sua carne firme, mas não fibrosa, faz dela a favorita de muitos grelhadores experientes.
Esse corte prova que a excelência dos grelhados não se limita à carne bovina. Seu preparo ideal começa com uma salmoura de 12 horas (água, sal, açúcar e especiarias) para garantir a suculência. O cozimento lento e indireto (5 a 6 horas a 110 °C) transforma sua estrutura em uma textura que se desprende em um piscar de olhos, coberta com uma cobertura final de mostarda e mel.
Os miúdos representam o lado mais ousado do churrasco. Seu preparo requer um branqueamento preliminar (5 minutos em água fervente com vinagre) para fixar a textura, seguido de um choque térmico em água gelada. Na grelha, o calor alto a carne fica dourada com perfeição, criando um contraste entre o exterior crocante e o interior cremoso que pede um acompanhamento de chimichurri picante e limão fresco.
Fazer linguiça artesanal é uma experiência que todo churrasqueiro deveria ter. A mistura ideal combina 70% de carne de porco magra (lombo) com 30% de bacon, temperada com páprica defumada (3 colheres de sopa por quilo), alho picado (4 dentes) e vinho tinto (1/2 copo). A linguiça em tripas naturais requer paciência para evitar bolhas de ar, seguida de secagem (2-3 horas) e defumação leve (2 horas a 70°C com madeira de macieira) para obter aquele sabor autêntico que as industriais nunca conseguem igualar.
De cortes clássicos a técnicas avançadas de charcutaria, este guia abrange todo o espectro de conhecimento sobre grelhados. Cada corte tem seu momento, sua técnica e seu lugar na grelha. A verdadeira maestria vem da compreensão dessas diferenças e da aplicação criteriosa delas.
Imagine a seguinte situação: uma pessoa do sul do país, em passeio pelo nordeste, entra numa padaria e pede um pé de moleque. Em vez de receber um doce de amendoim, o atendente lhe entrega um bolo de mandioca. Histórias assim podem ser muito comuns, já que o Brasil é tão extenso e rico em culturas a ponto de ter pratos que são bem diferentes entre si, mas têm o mesmo nome. Leia no próximo artigo uma lista de pratos diferentes que têm o mesmo nome em vários locais para não fazer feio na próxima viagem.