10 Chapéus com significados curiosos que nem imaginamos quando os colocamos na cabeça
Desde que o mundo é mundo podemos ver pessoas trajando acessórios em suas cabeças. Alguns servem para escapar do sol, enquanto outros ajudam a aquecer nos dias frios. Além disso, em culturas distintas, podemos perceber diferentes chapéus. Eles podem ter algum significado religioso, enquanto outros servem para deixar as pessoas ainda mais estilosas. Confira 10 diferentes tipos de chapéus que você pode encontrar no mundo, quem sabe algum não faz seu estilo!
1. Boinas
Quando pensamos em boinas, somos automaticamente levados à França, como se esse fosse o único lugar do mundo onde essas peças são usadas. Inclusive, em Emily em Paris, sempre vemos a protagonista usando esse acessório. Porém, a verdade é que esse chapéu já se espalhou por todos os lugares, e pode ser encontrado sem grandes dificuldades.
A sua origem é parcialmente francesa, já que veio dos bascos, população que vivia entre a França e a Espanha. Enquanto isso, sua popularização pode ser dada pelos diferentes grupos que usavam as boinas no seu dia a dia, indo de artistas, como Picasso e Monet, até os militares.
2. Sombreros
Outro chapéu que nos transporta para um lugar do mundo são os sombreros. Os acessórios com abas largas nos ajudam a nos livrar do sol. Ao pensar neles, vamos facilmente até o México. Com isso, ligamos a sua origem a esse país, todavia, a história se confunde sobre onde os sombreros foram realmente criados.
Para alguns, esses itens foram feitos antes mesmo do século XIII, por vaqueiros e cavaleiros da Mongólia, que visavam criar sombras e se livrar do clima quente. Em contrapartida, alguns contam que eles são originários da Espanha, a partir do século XV, com a mesma função de proteger contra os fortes raios solares. Porém, independentemente do local certo em que surgiram, os sombreros são usados até hoje pelos mexicanos, com muita propriedade. Inclusive, em filmes que possuem temática relacionada ao país, eles frequentemente aparecem na cabeça dos personagens.
3. Panamá
O chapéu Panamá é aquele que parece nos responder no nome o local de origem, todavia, isso não é bem verdade, já que a sua criação ocorreu em um país diferente, o Equador. Mas como eles teriam chegado no país que os nomeou? Os trabalhadores do Canal do Panamá usavam esse acessório para fugir do Sol, enquanto isso, aqueles que passavam pelos portos panamenhos adquiriam os itens e os disseminavam pelo mundo.
Originalmente, os chapéus eram produzidos com folhas trançadas de Carludovica palmata, conhecida também como palmeira toquilla. Até hoje, conseguimos encontrar esses modelos que podem demorar de um a seis meses para serem produzidos. Além disso, eles são tão importantes para a tradição equatoriana, que foram considerados pela UNESCO, Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, como patrimônio imaterial.
4. Clochê
Muitos chapéus foram pensados especificamente para os homens. Mas com o chapéu clochê o contrário aconteceu: ele foi moldado para o uso feminino, e a responsável por isso foi a francesa Caroline Reboux. O clochê, que tem formato de sino, por isso o nome, foi inventado em 1908 pela modista, mas se tornou popular nos anos de 1920.
A popularização foi ajudada por outra moda da época, o penteado Eton Crop, que era um corte mais curto. O clochê valorizava o novo visual das mulheres e acabou se tornando um símbolo da independência feminina. Nesse período, o chapéu se encaixava em praticamente tudo, desde o uso para os trabalhos de casa, e até mesmo substituindo os véus de noiva no dia do casamento. E se engana quem acredita que o clochê foi uma moda que acabou rápido, pois ele continuou na cabeça das mulheres por muitos anos, ganhando adaptações, com formatos distintos ou novos adereços.
5. Fez
O fez também pode ser chamado de tarboosh, e tem sua origem disputada. Enquanto alguns afirmam que ele nasceu na Grécia antiga, outros contam que ele veio dos Bálcãs. Porém, independentemente disso, o que se tem como verdade é que ele foi difundido pelo Império Otomano. Para eles, os súditos deveriam substituir os turbantes pelos novos acessórios.
O item é utilizado até hoje em diversos países árabes, no sul da Ásia, e também na África do Sul. Todavia, seu nome foi dado devido a outro país, localizado no norte da África, o Marrocos. Isso porque era lá, na cidade de Fez, que se produzia o corante que dava cor ao chapéu.
6. Kufi
O kufi é tradicionalmente usado pelos homens de várias religiões da África, mas também simboliza sabedoria, ou seja, é bastante utilizado entre os mais velhos. Além disso, ele faz parte do vestuário tradicional em muitos países do continente, com isso, pode ser encontrado em diferentes estilos e cores. Em casamentos, por exemplo, os kufis podem conter faixas coloridas ou bordadas.
Porém, se engana quem acredita que só os encontramos nos países da África. Nos Estados Unidos, também é possível ver pessoas usando o chapéu, disseminado como um item da cultura pop, com muitos cantores e atores utilizando o acessório.
7. Turbante
Os turbantes são acessórios que estamos acostumados a ver no dia a dia. Ainda assim, muitos não sabem de sua história e importância. Com as diferentes etnias utilizando o acessório, é comum que cada um tenha um estilo diferente, todavia, o seu princípio é o mesmo. Os turbantes surgiram no Oriente Médio, com as civilizações mais antigas, como as da Mesopotâmia, Suméria e Babilônia.
Os turbantes mais atuais podem ser encontrados em diferentes cores, formas e tecidos. Na península arábica, por exemplo, ele é conhecido como Ghabanah, enquanto na Índia, ele pode ser encontrado como pagri, sendo usado somente pelos homens.
8. Boater
O chapéu boater marcava presença na cabeça de grande parte dos homens no século XIX, tanto da classe trabalhadora, como das classes mais altas. Isso porque ele era um item leve, feito de palha, e que, acima de tudo, ajudava a proteger contra o sol. Ele tomou tanto os corações europeus que era comumente visto em grandes eventos, principalmente os náuticos. Inclusive, sua origem é dada na Inglaterra, na cidade de Luton.
De tão populares que eram em meio à sociedade, foram adotados pelas escolas britânicas, fazendo parte do uniforme. Com a imagem atrelada aos estudantes, o chapéu acabou perdendo popularidade e seu uso acabou diminuindo. Porém, antes de isso acontecer, existia até mesmo o Dia do Chapéu de Palha, que mudava de data conforme a cidade, mas a ideia era marcar o período que se trocavam os gorros pelos chapéus de verão.
9. Fedora
Até hoje, o chapéu Fedora é popular: podemos encontrá-lo nos cinemas, na cabeça do protagonista de Indiana Jones, ou de Michael Coleorne, em O Poderoso Chefão. Mas também em celebridades, visando compor looks. Sendo assim, notamos que esse acessório continua em alta, inclusive entre a realeza.
Todavia, uma informação que pode ter passado batida por muitos é que o chapéu era originalmente feminino. Ele foi inspirado em um drama chamado Fédora, criado pelo dramaturgo francês Victorien Sardou. Sarah Bernhardt era quem interpretava a personagem principal na peça e, na época, era conhecida justamente por utilizar a moda masculina em seus adereços. Portanto, não demorou para que esse acessório se tornasse um símbolo das ativistas dos direitos das mulheres.
10. Chapéu coco
O chapéu coco pode ter ganhando os olhos do mundo por meio de Charles Chaplin, que sempre usava o acessório em seus filmes. Todavia, sua criação é datada de 1849, pelas mãos dos londrinos Thomas e William Bowler. O item era feito com um feltro duro, portanto, durável e, com isso, era bastante usado pelos trabalhadores, principalmente na Inglaterra, Irlanda e Estados Unidos.
O chapéu coco não demorou para tomar o coração do resto da população e também passou a ser visto na cabeça de empresários e policias britânicos. Além, claro, da classe artística, que usava os acessórios nos filmes, como Laranja Mecânica e Mary Poppins.