10 Casos de pessoas comuns que encontraram verdadeiras obras-primas da pintura universal
No verão de 2017, um aposentado do Arizona convidou avaliadores para verificar a originalidade do cartaz assinado pelos jogadores do Los Angeles Lakers. A autenticidade foi confirmada, o que garantiu uma avaliação em 300 dólares. Além deste trabalho, os leiloeiros descobriram várias pinturas de expressionistas americanos, entre as quais uma tela perdida de Jackson Pollock, avaliada em mais de 10 milhões de dólares.
Descobriu-se que a coleção foi encontrada na garagem de um homem que foi levado para uma casa de repouso, nos anos 90. A tela não identificada de Pollock foi leiloada por um valor inicial de 5 milhões de dólares. Supostamente, o lote foi vendido por 10-15 milhões de dólares.
No Incrível.club não tivemos a oportunidade de encontrar obras-primas da pintura universal, mas achamos uma série de histórias, após as quais você vai querer verificar o conteúdo do quarto de despejo. E como bônus, preparamos a história do roubo que trouxe fama mundial à Mona Lisa.
1. Uma obra de Leonardo da Vinci foi encontrada por uma dona de casa escocesa
Ao fazer uma pequena arrumação em sua residência na Escócia, a dona de casa Fiona McLaren decidiu se livrar de um quadro velho e o levou ao escritório local da Sotheby’s. A mulher ficou sem palavras quando o leiloeiro descobriu que era uma obra-prima de Leonardo da Vinci. Supostamente, trata-se de A Virgem com o Menino e João Batista.
Especialistas confirmam que o quadro foi pintado no Renascimento e tem todos os traços característicos atribuídos a Da Vinci. Para reconhecer a autoria, é preciso uma investigação mais detalhada. Neste momento, a tela está guardada no banco do proprietário aguardando o leilão.
O legado de Da Vinci é escasso (apenas 14 de suas pinturas são conhecidas), e cada uma tem um valor de mais de 100 milhões de dólares. Neste momento, a pintura mais cara é Salvator Mundi, vendida na Sotheby’s por 450 milhões de dólares.
2. A obra-prima perdida de Caravaggio foi mantida no sótão por mais de um século
Um senhor de Toulouse, consertando uma goteira no telhado, encontrou uma tela com uma cena bíblica. Depois, a pintura foi mostrada ao historiador da arte Eric Turcuin, que reconheceu a segunda versão da pintura Judite e Holofernes, de Michelangelo Caravaggio, perdida há 400 anos.
A família comprou a casa no século passado junto com toda a tralha no sótão. Desde então, ninguém tentou removê-la até que uma goteira apareceu no telhado. A pintura já foi exposta na galeria de arte Colnaghi, em Londres, depois que o Louvre rejeitou o direito de compra prioritária.
Atualmente, a imagem está avaliada em pelo menos 135 milhões de dólares e está sendo preparada para o próximo leilão.
3. Por do Sol em Montmajour de Van Gogh estava num sótão na Noruega
Vinte anos após a morte de Vincent van Gogh, a tela da coleção de seu irmão Theo caiu nas mãos do norueguês Nicolai Mustad. Logo, a imagem foi enviada ao sótão, devido às dúvidas de Nicolai sobre sua autenticidade.
Quase um século depois, os herdeiros de Mustad se lembraram da tela e a entregaram ao Museu Van Gogh, em Amsterdã. Demorou duas décadas para confirmar a autenticidade da pintura, após o que, em 2013, ela apareceu na principal exposição do museu.
É raro encontrar as telas de Van Gogh: o achado anterior foi em 1928. Agora sabe-se que Por do Sol em Montmajour foi criado ao mesmo tempo que obras-primas como A Casa Amarela e Os Girassóis.
4. A quarta das cinco primeiras obras de Rembrandt foi encontrada em um porão em Nova Jersey
Em Nova Jersey, dois irmãos encontraram uma tela antiga enquanto limpavam a casa de seus pais. Então, eles convidaram o leiloeiro John Nye, que descobriu que a imagem não era nada especial, e avaliou-a em aproximadamente 800 dólares.
Você não pode imaginar a surpresa deles quando os conhecedores da arte europeia entraram em contato com representantes do leilão, sugerindo que esse era o trabalho de Rembrandt O Paciente Inconsciente. Logo, o exame confirmou a autoria do artista holandês e a pintura foi vendida por mais de 1 milhão de dólares.
5. A pintura do século 17 estava pregada na parede de uma boutique parisiense
Durante os preparativos para a inauguração da casa de moda Oscar de la Renta, localizada perto da Champs-Elysees, em Paris, foi descoberta uma tela. Ela representa os cortesãos vestidos no estilo do século XVII entrando em Jerusalém. Historiadores da arte estabeleceram que o quadro foi pintado por Arnould de Vuez em 1674.
A pintura será restaurada, depois ficará na boutique como parte da decoração pelos próximos 10 anos. Em grande parte, essa decisão foi tomada pela complexidade de desmontar uma tela deste tamanho e o risco de danificá-la.
6. A obra de Giovanni Tiepolo estava escondida há 200 anos em um castelo
Em 2008, o leilão da Christie’s vendeu a obra Retrato de Mulher como Flora, do mestre italiano Giovanni Battista Tiepolo, por mais de 4 milhões de dólares. Esta pintura foi considerada perdida durante os últimos 200 anos, até ser descoberta no sótão de um castelo francês.
A tela pertencia aos avós dos atuais donos do castelo. Acredita-se que o quadro era considerado obsceno devido ao peito nu da jovem retratada, motivo de ter permanecido escondido.
7. As Coristas, obra roubada de Degas foi encontrada em um ônibus
Uma das obras de Edgar Degas, As Coristas, roubada da exposição de Marselha, foi encontrada por policiais franceses em um ônibus oito anos depois. Aparentemente, a pintura teria desaparecido para sempre se os funcionários da alfândega não tivessem pensado em fazer uma verificação aleatória de bagagem. A propósito, o dono da bagagem nunca apareceu.
8. Quadro original de Picasso em um bazar de garagem no interior da Inglaterra
Um morador da pequena cidade inglesa de Crawley, Philip Stapleton, comprou em um bazar de garagem local uma imagem semelhante à de Picasso por 230 libras. A tela passou meio ano na casa de Philip, até ele procurar um leiloeiro. É difícil imaginar como o homem ficou animado ao descobrir que havia adquirido um trabalho original de Picasso, avaliado em cerca de 1 milhão de dólares.
Acontece que Stapleton comprou uma cópia em miniatura do quadro Banhista Sentada, pintada por Picasso para seu amigo inglês Roland Penrose.
No entanto, a sorte de Philip acabou: a pintura colocada em leilão foi vendida por apenas 8.000 libras.
9. Três pastéis de Monet pelo preço de dois
Em 2014, um marchand de Londres, Jonathan Green, comprou duas pinturas em pastel de Claude Monet em um leilão em Paris. Mais tarde, um colecionador notou que uma outra estava presa a uma delas. Duas eram conhecidas e catalogadas, e a terceira era uma novidade para o mundo da arte. Os quadros em pastel de Monet são muito raros, então a descoberta de Green pode ser considerada incrível.
Quem e por que escondeu a imagem permanece um mistério. Sabe-se que, em 1924, Monet deu esses quadros em pastel de presente de casamento para a filha de seu amigo Paul Durand-Ruel. A partir de então até o leilão, as obras do pintor francês estiveram na família.
10. Retrato de Uma Menina, de Camille Corot, foi encontrado entre arbustos
Em 2010, o quadro Retrato de Menina, de Camille Corot, avaliado em 1,3 milhão de dólares, foi roubado em Nova Iorque. Não havia pistas, a polícia já estava desesperada e uma recompensa foi anunciada.
Dois meses depois, o goleiro Franklin Puente foi à polícia declarando que encontrou a pintura entre os arbustos a caminho do trabalho. Daquele momento em diante, Retrato de Menina ficou no seu banheiro até que viu uma notícia sobre a imagem roubada.
Como se soube mais tarde, o courier James Haggerty, encarregado de vender a obra de arte, a havia perdido perto do hotel depois de ter bebido muito.
Bônus: A Mona Lisa passou dois anos na parede do quarto de um vidraceiro
Em 21 de agosto de 1911, no Louvre, foi notado o desaparecimento de A Mona Lisa, de Leonardo da Vinci. Nas primeiras horas, os guardas não soaram os alarmes ao sentir a falta da imagem porque achavam que a haviam levado para um evento. Quando se soube que fora roubada, a investigação começou e o Louvre ficou fechado por uma semana.
Durante dois anos, A Mona Lisa ganhou manchetes nos jornais mundiais. No período da investigação, o poeta Guillaume Apollinaire foi preso e até Pablo Picasso estava entre os suspeitos. No entanto, o caso foi muito mais simples: descobriu-se que o ladrão era o vidraceiro do Louvre, Vincenzo Perrugia.
Por dois anos completos, a pintura ficou pendurada no apartamento de Vincenzo até que, em 1913, ele tentou vendê-la a um antiquário local. Assim, graças ao roubo, A Mona Lisa tornou-se conhecida em todo o mundo.
O que você faria se encontrasse uma pintura antiga em sua casa?