10 Características dos passaportes de diversos países (existe até um de Cidadão do Mundo)

Curiosidades
há 5 anos

Cerca de 42% dos americanos têm passaporte. Isso significa que, mesmo no país mais rico do Planeta, mais da metade da população ainda não possui o principal documento que permite viajar para o exterior — os americanos possuem um documento, mais restrito, com o qual podem entrar apenas no Canadá, no México e em países do Caribe.

Mas cada país estabelece suas próprias regras para a concessão de passaporte e, em alguns casos, essas exigências são bastante peculiares.

Incrível.club pesquisou algumas informações sobre o assunto e encontrou curiosidades bastante interessantes quando o assunto é passaporte e documentação para viagens para o exterior. Algumas dessas curiosidades são divertidas e outras, surpreendentes. E, ao final do post, você provavelmente chegará à conclusão de que, se já possui esse documento, irá precisar de outro. Quer saber por quê? Acompanhe o post.

1. Existem somente 500 exemplares do passaporte mais raro do mundo

O passaporte da Ordem de Malta, uma instituição de origem católica fundada em 1113 durante as cruzadas, é considerado o mais raro do mundo. Essa organização mantém relações diplomáticas com 108 países (Brasil incluído) nos quais seu raríssimo passaporte é aceito, sendo composta por 13.500 membros, 80 mil voluntários fixos, 25 mil funcionários e 42 mil profissionais da área de saúde associados. Eles atuam nas causas humanitárias com as quais a entidade está envolvida, ligadas, sobretudo, à assistência a idosos, sem-teto, deficientes e crianças. Ao todo, essa instituição possui 500 passaportes, válidos por menos de cinco anos. E apenas um desses passaportes, o do grão-mestre, é permanente.

2. Antes, qualquer foto era aceita

Em alguns países, os passaportes passaram a ter fotos no hoje longínquo ano de 1914. Só que, no início, não havia qualquer padrão ou norma para a utilização de imagens, como hoje em dia. Se você já possui um passaporte, deve saber que a foto é feita pela equipe da Polícia Federal (há pouquíssimos casos em que pode ser feita fora da instituição) e que chapéus e bonés, por exemplo, são proibidos. Além disso, acessórios como lenços e brincos só são permitidos caso não atrapalhem a visualização do rosto na imagem. Mas, nos primórdios, nada disso era proibido e até mesmo aquelas fotos da família reunida eram aceitas — desde que o dono do passaporte aparecesse na imagem, é claro. Também podiam ser utilizadas fotos nas quais a pessoa não estava olhando diretamente para a lente. Assim, um passaporte de 1915 do famoso escritor Arthur Conan Doyle (criador do personagem Sherlock Holmes), utilizava uma foto do autor com sua esposa e seus dois filhos.

3. O passaporte mais poderoso do mundo é o emitido pelos Emirados Árabes Unidos

Criado pela consultoria especializada Arton Capital, o chamado Passport Index (ou índice dos passaportes) avalia os passaportes de 193 países e mais seis territórios e, com base neles, estabelece um ranking que considera, sobretudo, a exigência de visto de entrada para cada um dos países. Quanto maior o número de nações que podem ser visitadas pelo detentor do passaporte, melhor sua colocação no índice. E os campeões nessa tabela, como você deve ter percebido pelo título deste item, são os Emirados Árabe Unidos (onde ficam Dubai e Abu Dhabi). O curioso é que, há 10 anos, esse país árabe se encontrava na 53ª posição. O Brasil encontra-se na 44ª posição, praticamente empatado com os vizinhos Chile (43º) e Argentina (45º).

4. Passaporte da Austrália, o mais caro

De acordo com um levantamento realizado no ano passado pelo site GoEuro e pelo jornal australiano The New Daily, o passaporte australiano é o mais caro, custando cerca de 282 dólares — ou 1.128 reais. Para fins de comparação, a emissão do passaporte brasileiro sai por 257,25 reais — dados da Polícia Federal.

5. Um pequeno, mas revelador detalhe, ajudava a identificar espiões durante a Guerra

Durante a Segunda Guerra Mundial e, posteriormente, durante a Guerra Fria, os espiões sabiam facilmente como falsificar os passaportes soviéticos. No entanto, era possível identificar um espião por um pequeno, mas revelador detalhe sobre os grampos que uniam as páginas: os espiões usavam grampos feitos com aço inoxidável americano, de boa qualidade e que não enferrujavam. Por isso, o passaporte permanecia “limpo”. Já os passaportes russos originais eram feitos de aço comum, que oxidava e deixava marcas de ferrugem no papel, justamente nos pontos em que uniam as folhas.

6. O primeiro passaporte com biometria foi emitido na Malásia

Com a evolução do uso da biometria em diversos segmentos e atividades, é natural e esperado que, mais cedo ou mais tarde, os passaportes do mundo inteiro passassem a adotar essa tecnologia. O sistema utilizado pode ser de reconhecimento facial, de íris ou mesmo das tradicionais impressões digitais. A Malásia foi o primeiro país a adotar um passaporte que combinava essa tecnologia ainda em 1998, quando uma empresa local chamada IRIS Corporation desenvolveu um sistema de reconhecimento dos detentores de passaporte com base na íris dos olhos, que possui um padrão único em cada pessoa. Entretanto, foi somente em 2010 que os passaportes malásios se adequaram aos padrões de biometria reconhecidos pela Organização de Aviação Civil Internacional (OACI). Hoje, dezenas de países (Brasil entre eles) já utilizam a tecnologia biométrica.

7. É impossível conseguir um carimbo do Vaticano no passaporte

Se você se anima com a ideia de visitar o Vaticano (que, afinal, é um país soberano dentro de Roma) e conseguir um carimbo com o símbolo dessa cidade-Estado em seu passaporte, lamentamos informar, mas não vai conseguir. No Vaticano, não há controle de imigração, por isso, os turistas não podem obter esse curioso registro. O interessante é que, como possui soberania, o Vaticano emite passaportes próprios. E, evidentemente, apenas os residentes da área — vale dizer, os representantes da Santa Sé — é que têm o direito de possuir esse passaporte. O documento é emitido em nome dos dirigentes do Vaticano e apenas para viagens internacionais. Detalhe: como uma forma de abrir mão de privilégios, o Papa Francisco prefere usar seu passaporte argentino.

8. O passaporte da Nicarágua é o mais seguro

O passaporte desse pequeno país da América Central possui nada menos que 89 elementos de proteção, como códigos de barra, hologramas e marcas d’água. Por isso, é considerado um dos menos falsificados do mundo.

9. Os britânicos são os campeões mundiais de esquecimento e perda de passaporte

Embora tenham fama de organizados, os cidadãos do Reino Unido são líderes mundiais quando o tema é perda de passaporte estando em outro país. Uma curiosidade é que a maior parte dos casos ocorreu em outro país europeu, a Espanha. Os britânicos deixaram sumir nada menos que 37 mil passaportes em terras espanholas em um período de cinco anos. Em seguida, vêm os Estados Unidos, onde os esquecidos cidadãos do Reino Unido perderam 16 mil documentos. Por fim, na vizinha França, foram perdidos 11 mil passaportes. Embora o Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido registre os casos como “roubo ou perda”, não há detalhes sobre quantos dos casos mencionados se enquadram em cada uma das duas categorias.

Informação prática: caso você esteja no Exterior e perca seu passaporte, o Itamaraty recomenda fazer um boletim de ocorrência na polícia local e, em seguida, entrar em contato com a embaixada ou consulado brasileiro mais próximo.

10. Existe um passaporte de Cidadão do Mundo, mas ele é reconhecido por pouquíssimos países

Aproximadamente 1 milhão de pessoas possuem o passaporte de Cidadão do Mundo. Ele é impresso em sete línguas: inglês, francês, espanhol, russo, árabe, chinês e esperanto e é emitido pela World Service Authority, a Autoridade do Serviço Mundial, entidade sem fins lucrativos criada em 1953 nos Estados Unidos. A ideia que deu origem a esse passaporte é bastante nobre: o Planeta é de todos os seres humanos e, portanto, cada um de nós tem o direito de estar onde bem entender. Só que, na prática, a proposta não funciona muito bem e o passaporte é aceito por meia dúzia (literalmente) de países: Burkina Faso, Equador, Tanzânia, Mauritânia, Togo e Zâmbia.

No entanto, a lista de países que, em algum momento, já carimbaram esse passaporte chega a 187 (e o Brasil é um deles). Você pode conhecer mais detalhes neste site.

Qual das histórias acima o surpreendeu mais? Se interessou por obter um passaporte de Cidadão do Mundo? Conte para nós!

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