25 Frases de Clarice Lispector sobre a vida e os sentimentos
Clarice Lispector é uma das maiores autoras da literatura brasileira, com romances premiados. De origem ucraniana, ela veio para o Brasil durante a emigração de sua família em direção à América, em 1920. Isso porque seus pais estavam fugindo de uma perseguição aos judeus na Rússia, durante o período da Revolução Russa. Mesmo tendo perdido seus pais, Clarice começou o curso de Direito e, posteriormente, os estudos de Psicologia e Antropologia, para então começar sua carreira de escritora e jornalista.
O Incrível.club, impressionado com o histórico dessa autora, resolveu compartilhar um pouco dos escritos dela com você. Confere só!
- Se eu errar que seja por muito, por amar demais, por me entregar demais, por ter tentado ser feliz demais.
- Todas as manhãs ela deixa os sonhos na cama, acorda e põe sua roupa de viver.
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Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro.
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Que ninguém se engane, só se consegue a simplicidade através de muito trabalho.
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Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.
- Tenho meus limites. O maior deles é meu amor-próprio.
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Sim, minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem das grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite.
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Sou como você me vê. Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania. Depende de quando e como você me vê passar.
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Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome.
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Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.
- Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero uma verdade inventada.
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E se me achar esquisita, respeite também. Até eu fui obrigada a me respeitar.
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Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil.
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É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer, porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo.
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Passei a vida tentando corrigir os erros que cometi na minha ânsia de acertar.
- Que minha solidão me sirva de companhia. Que eu tenha a coragem de me enfrentar. Que eu saiba ficar com o nada e mesmo assim me sentir, como se estivesse plena de tudo.
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Se perder também é caminho.
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A única verdade é que vivo. Sinceramente, eu vivo. Quem sou? Bem, isso já é demais.
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Nunca sei se quero descansar porque estou realmente cansada, ou se quero descansar para desistir.
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Amar os outros é a única salvação individual que conheço: ninguém estará perdido se der amor e às vezes receber amor em troca.
- O que importa afinal, viver ou saber que se está vivendo?
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Tenho várias caras. Uma é quase bonita, outra é quase feia. Sou um o quê? Um quase tudo.
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Sou uma filha da natureza: quero pegar, sentir, tocar, ser. E tudo isso já faz parte de um todo, de um mistério. Sou uma só. (...) Sou um ser. E deixo que você seja. Isso lhe assusta? Creio que sim. Mas vale a pena. Mesmo que doa. Dói só no começo.
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O que obviamente não presta sempre me interessou muito. Gosto de um modo carinhoso do inacabado, do malfeito, daquilo que desajeitadamente tenta um pequeno voo e cai sem graça no chão.
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Não me lembro mais qual foi nosso começo. Sei que não começamos pelo começo. Já era amor antes de ser.
A forma como Clarice escrevia duras verdades é impressionante, não é mesmo? Há quem já seja apaixonado por suas palavras e nem se deu conta — uma vez que a grande maioria já está disseminada nas redes sociais.
Mas conta para a gente: de qual você mais gostou? Sentiu falta de algum outro?