Por que ruborizamos e o que pode provocar isso

As pessoas tendem, em geral, a ter controle sobre suas próprias reações e deixam transparecer apenas aquelas que consideram as mais apropriadas para cada momento. Mas existem reações involuntárias que, por mais que queiramos, não conseguimos controlar. Entre elas está o rubor, uma resposta espontânea que não conseguimos evitar nem fazer surgir de propósito e que é única e própria do ser humano.

O rubor é uma reação tão genuína e única que pode ser difícil de entender e é por isso que o Incrível.club pesquisou para lhe trazer uma explicação para essa resposta física tão autêntica.

O que acontece por dentro quando ruborizamos

O corpo experimenta uma série de reações até o momento em que nossas bochechas ganham uma cor avermelhada, ou seja, até corarmos. O rubor surge como uma resposta do sistema nervoso simpático, que, ao perceber certos tipos de emoções, envia uma mensagem às glândulas suprarrenais para liberarem adrenalina. Quando esse hormônio é liberado, a frequência cardíaca começa a acelerar, o que, por sua vez, provoca a dilatação dos vasos sanguíneos, aumentando tanto a oxigenação como o fluxo sanguíneo.

Há evidências de que as regiões mais suscetíveis ao rubor, como as bochechas, o pescoço e as orelhas (principalmente) contam com uma estrutura anatômica diferente, que torna possível essa coloração espontânea e incontrolável.

Quais são os possíveis causadores do rubor

Já conhecemos o processo interno que causa essa coloração característica, mas devemos saber e levar em consideração que existem várias possíveis causas ou vários responsáveis ​​por seu aparecimento:

• Emoções: A vergonha, a timidez, o amor ou até mesmo a raiva podem fazer com que algumas partes do nosso rosto fiquem mais vermelhas.
• Temperatura: Se a temperatura do nosso corpo aumenta por causa do calor ou dos exercícios físicos, é provável que surja o rubor. Da mesma forma, o frio excessivo pode fazer com que as orelhas, o nariz e as bochechas adquiram uma tonalidade diferente.
• Febre: Quando nossa temperatura corporal aumenta, por causa de algum tipo de processo viral, é comum o aparecimento do rubor. Se esse for o motivo, quando a febre ceder, o rubor desaparecerá com os outros sintomas.
• Alimentos ou bebidas: A ingestão de alimentos muito condimentados ou com a presença de determinados componentes químicos, bem como a ingestão de bebidas muito quentes, também podem ser responsáveis ​​por nos deixar ruborizados.

Explicações e motivos para o seu aparecimento

A comunidade científica ainda hoje não dispõe de uma resposta considerada totalmente correta para esse dilema; porém, na tentativa de explicá-lo, tem proposto e formulado teorias. Três delas conseguiram obter maior apoio por parte dos profissionais da ciência e são, atualmente, as mais aceitas ou plausíveis:

• Teoria comunicativa: Segundo essa proposta, o rubor tem a função de transmitir informação aos nossos interlocutores ou às pessoas que nos rodeiam; significa que estaríamos fornecendo informações, sem nos comunicar verbalmente. Aparentemente, o rubor ajuda a recuperar e a manter as aparências e permite que os demais tenham ou recuperem a confiança perdida na pessoa que ruborizou.

• Atenção social indesejada: Essa teoria sustenta que o rubor aparece como um meio e uma maneira de a pessoa que está nos observando perceber rapidamente que não estamos felizes com a atenção recebida. Portanto, trata-se de algo completamente inevitável, que surge como resposta às situações em que somos examinados, elogiados ou quando recebemos muito interesse ou atenção de outra pessoa.

• Exposição: Nesse caso, o rubor surgiria como uma resposta ou como consequência do temor de que alguma informação privada, um segredo ou uma mentira sejam descobertos ou revelados. Segundo essa teoria, é uma forma de se delatar ou evidenciar que aquilo que se insinua é verdadeiro.

Que tipo de situação te faz corar? Já viveu algum momento em que em vez de ruborizar você perdeu as cores do seu rosto?