O que acontecerá com suas redes sociais após sua morte

Curiosidades
há 3 anos

Imagine se fosse possível conhecer a vida de sua bisavó, graças à sua página numa rede social. Ver fotos de algumas festas, seus posts divertidos e memes bobos, os eventos de que ela participou, ler seus pensamentos em sua timeline. Certamente seus sentimentos em relação a ela seriam outros. Teria conhecido sua vida. E agora pense: nossos bisnetos terão essa oportunidade, pois depois da morte, ainda continuaremos existindo.

Embora o Incrível.club com esse post nos provoque arrepios, decidimos descobrir o que acontecerá com as páginas pessoais das redes sociais, após a morte e o fenômeno incomum que será gerado no futuro. Aliás, infelizmente talvez você conheça alguém que já tenha morrido e cujo perfil ainda esteja ativo numa rede social...

O Facebook irá mencioná-lo nas lembranças

O Facebook oferece aos seus usuários a possibilidade de fazer um testamento digital, simplesmente especificando na configuração de sua conta quem irá gerenciar sua página. ("O herdeiro" não verá suas mensagens, nem poderá eliminar suas postagens, mas poderá colocar novas.) Se o imprevisto aconteceu de repente, então há duas outras opções:

  • A página pode ser apagada por um familiar (se o parentesco e a morte forem comprovados);
  • O mesmo parente, com a evidência do ocorrido, pode escrever uma postagem sobre o fato e depois a página permanecerá como está. No entanto, o novo administrador poderá mudar a foto de perfil, compartilhar as novas publicações e responder a novas solicitações de amizade. Além disso, poderão mencioná-lo em fotos comemorativas que aparecerão na sua timeline. E no seu perfil aparecerá uma nota especial “Em memória de” (o que significa que seu perfil é uma conta comemorativa).

Seu Instagram será convertido numa galeria comemorativa

A página do Instagram simplesmente se converterá numa galeria póstuma. Parece aterrador, porém, você concordará conosco que isso realmente pode dizer muito sobre uma pessoa. Os familiares do falecido também podem solicitar o fim da conta (com a condição de comprovarem o parentesco com o titular da página, sua morte, e em geral a data de seu nascimento). Uma insta-burocracia.

Sua conta do Twitter pode ser hackeada por spammers

Há cerca de dois anos ocorreu um escândalo no twitter, depois do qual nosso tema se tornou ainda mais urgente. A conta de um jornalista, David Carr, do New York Times, morto em 2015, foi hackeada por um spambot que começou a escrever qualquer coisa. Os seguidores do jornalista ficaram chocados.

Apesar do incidente, no Twitter, a conta só pôde ser desativada por familiares. Ou podem deixá-la como está na esperança de que os pecados de um falecido não sejam graves o suficiente para provocar a aparição de spambots.

O Google cumprirá sua última vontade

O Google tem um serviço chamado "Administrador de contas inativas". É possível configurar o "período de inatividade", isto é, se de repente deixar de usar as páginas e de estar online durante um período prolongado de tempo (o período é estabelecido por você mesmo), o Google envia um aviso de que seu período de inatividade expirou e leva a cabo sua "última vontade" alguns dias depois. De antemão, pode decidir a quem passará suas contas depois de sua morte (pode indicar até 10 pessoas).

O que esperar para o futuro?

A quantidade de usuários mortos do Facebook, a rede social mais popular, já em 2012 era de aproximadamente 30 milhões. De onde podemos concluir que algum dia haverá mais usuários falecidos que vivos nas redes sociais.

Provavelmente, nesse dia aparecerão "necrópoles online" e publicarão os códigos oficiais de regulamentação do patrimônio virtual.

Mas, o que isso significa? Significa que, inclusive se morrer amanhã, sua alma digital continuará existindo...

Além disso, não será apenas uma página abandonada, mas uma consciência de pleno valor que se expõe e estará sempre online. E não, não é um capítulo de "Black Mirror", é uma tecnologia bastante real.

Há um site chamado Eterni.me, que carrega toda a informação digital das redes sociais dos falecidos (cada uma de suas mensagens, vídeos, fotos, comentários, todos os documentos) e cria um bot — uma cópia da pessoa que pode "pensar" de um modo original. É bizarro, mas você pode conversar com a pessoa (na verdade, o robô) como se ela estivesse viva.

Basta pensar, se esses serviços se desenvolverem, então, no futuro, poderemos nos comunicar com nossos bisavós (ou com simuladores deles) como se nunca tivessem morrido. E para pessoas famosas, como por exemplo os políticos, podemos pedir conselhos ou opiniões sobre acontecimentos mundiais. Provavelmente mudaria a história.

É verdade, não está claro aonde essas tecnologias podem nos levar. Há alguns anos, muitos psicólogos insistiram que não se pode viver o futuro sem deixar o passado. Hoje, muitos cientistas não acreditam que uma vida constante online com seus entes queridos falecidos seja tão ruim.

E você, o que acha?

Imagem de capa depositphotos

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