15 Clichês de filmes que não funcionam na vida real

Curiosidades
há 3 anos

Para criar momentos espetaculares, os cineastas se veem obrigados a embelezar a seus filmes, gerando, assim, mitos que ficam firmemente arraigados na mente dos espectadores.

Incrível.club propõe que você veja quais os momentos do cinema nunca seriam possíveis na vida real.

1. Imersão completa em lava vulcânica

O que acontece nos filmes: uma imersão total do personagem em lava é um truque usado pelos cineastas para dar ao filme um maior efeito de tragédia.

Como seria na vida real: a lava é 3 vezes mais pesada e mais densa do que a água, e, por esta razão, é impossível pular nela como em uma piscina. Ao ar livre, a lava esfria e se solidifica rapidamente, o que também exclui a absorção dos corpos. Pode-se tentar quebrar a crosta solidificada saltando de uma grande altura em direção à boca do vulcão, mas, mesmo neste caso, com um alto grau de probabilidade, a pessoa simplesmente se chocaria com a superfície e se queimaria.

2. Viagem superluminal

O que acontece nos filmes: os capitães das naves espaciais estão acostumados a surfar no espaço cósmico à velocidade da luz, às vezes indo ainda mais rápido.

Como seria na vida real: todos os tipos de motores warp e hiperdrive são tecnologias fictícias. É impossível inventar algo que se mova mais rápido do que a luz. Uma das variantes do movimento de alta velocidade poderia ser um “buraco de minhoca ”, mas então as estrelas não se estenderiam em faixas horizontais. Na verdade, eles não seriam visíveis de maneira nenhuma. Com um alto grau de probabilidade, a pessoa só veria uma esfera brilhante gradualmente se extinguindo.

3. Fugindo das explosões

O que acontece nos filmes: um clichê para os personagens que não tiveram tempo de neutralizar uma bomba um segundo antes da explosão é uma corrida de alta velocidade e um lindo salto geralmente acompanhado de uma imersão em água ou um gracioso pouso no chão.

Como seria na vida real: a física não permitiria que este truque fosse repetido na vida real, a menos que uma pessoa pudesse correr mais rápido do que a velocidade do som. E, lamentavelmente, as consequências também não poderiam ser evitadas: o herói seria alcançado pelos fragmentos voadores que, no momento da explosão, se tornariam uma arma letal.

4. Batalhas no espaço

O que acontece nos filmes: uma batalha espacial é a coisa mais espetacular que pode se ver em um filme sobre outros planetas e galáxias. O público chega a ficar sem fôlego quando as grandes naves esquivam os canhões laser, as explosões iluminam os planetas próximos e as naves dos oponentes caem no abismo galáctico mais profundo.

Como seria na vida real: já sabemos que, no espaço, as coisas não acontecem tão rápido quanto desejamos e, portanto, as naves espaciais voam a uma velocidade muito mais lenta do que nos filmes. Além disso, segundo a equação do foguete de Tsiolkovsky, a existência de naves espaciais gigantes é impossível. Na vida real, elas não poderiam sair da superfície por causa do peso do combustível: quanto maior a nave, mais combustível é necessário. E as naves pequenas podem não ter combustível suficiente para realizar uma batalha completa.

Sem a imaginação dos realizadores e roteiristas, as explosões seriam vistas como pequenas esferas brilhantes, em razão da falta de oxigênio no espaço e as espaçonaves atingidas por projéteis inimigos continuariam voando na mesma direção em que estavam, por causa da falta de gravidade para sua queda.

As viagens espaciais seriam muito chatas no conjunto se os filmes sobre elas fossem filmados de acordo com todas as leis da física e levariam muito tempo. O espaço galáctico é tão grande que muitos heróis e vilões nunca teriam sabido da existência um do outro, vivendo uma existência bastante comum em seu próprio canto do cosmo.

5. O clorofórmio age instantaneamente

O que acontece nos filmes: o método mais simples e eficaz para imobilizar um inimigo de quem se precisa vivo é colocar um lenço embebido em clorofórmio no seu rosto. Após alguns segundos, o corpo flácido pode ser carregado no porta-malas e levado para um hangar abandonado, fora dos limites da cidade.

Como seria na vida real: na realidade, para que uma pessoa comece a perder a consciência, será necessário que inale clorofórmio puro durante 5 minutos. E, neste caso, devemos continuar mantendo a ação constante do clorofórmio na vítima; caso contrário, o efeito passará rapidamente. “Desligar” a vítima sem usar outra substância, como álcool ou diazepam, é quase impossível. E, mesmo esse coquetel, não funciona como mostrado nos filmes: em vez de perder a consciência, geralmente tem início um ataque de náuseas. Mas se uma pessoa finalmente desmaia, o delinquente deve segurar seu queixo para evitar que ela se “engasgue” com a própria língua, o que pode bloquear as vias respiratórias.

6. Saltar por uma janela fechada

O que acontece nos filmes: nos filmes de Hollywood, sair pela janela é sempre melhor do que sair da porta. E é compreensível: nos sets cinematográficos é usado vidro fino, feito de açúcar, que se quebra facilmente e não deixa cortes.

Como seria na vida real: ainda que tivesse recebido um bom impulso e pulasse a toda velocidade através de um vidro fino, a coisa não terminaria com um salto mortal e um pouso gracioso. A pessoa ficaria ferida pelos fragmentos e sofreria lesões graves mesmo que o vidro não tivesse mais de seis milímetros de espessura. Imagine o que aconteceria com uma unidade de vidro de seis lâminas. É melhor procurar uma porta.

7. Ingresso instantâneo em qualquer sistema

O que acontece nos filmes: em um curto período de tempo, os hackers podem obter todas as informações necessárias, abrir todas as portas, desligar qualquer sistema, levar e subordinar qualquer coisa. Tudo isso é acompanhado por ícones coloridos que indicam progresso.

Como seria na vida real: a vida real dos hackers, os piratas informáticos, assim como a dos capitães das naves espaciais, não é tão dinâmica e glamourosa como se mostra nos filmes; a pirataria pode demorar dias e até meses. Os ataques de hackers não são realizados em tempo real, são desenvolvidos sempre com antecedência, sem linhas coloridas e ícones animados na tela. A maioria dos sistemas básicos não pode ser acessada pela internet, apenas em um computador central (mainframe), e até mesmo os hackers mais engenhosos precisam de dias de trabalho árduo para alcançar resultados. Um dos exemplos da imaginação de um diretor de cinema são os códigos verdes no filme “Matrix”, que eram apenas receitas de sushi de um livro de culinária.

8. Deslocamento imperceptível pelo duto do ar-condicionado

O que acontece nos filmes: a maneira mais segura de escapar e passar despercebido é se deslocando pelo sistema de ventilação. É a forma pela qual os personagens principais podem se mover no prédio e pegar seus adversários desprevenidos.

Como seria na vida real: na verdade, seria exposto ao ridículo quem tentasse fazer isso. Em primeiro lugar, os sistemas de ventilação não são projetados para o peso e a constituição física de um adulto, e é fisicamente impossível entrar em um duto de ar. Em segundo lugar, mesmo que conseguisse, o ruído faria todos correrem e descobrirem rapidamente em que parte e até e onde se arrastava o nosso herói.

9. Congelamento de uma pessoa com nitrogênio líquido

O que acontece nos filmes: uma ótima maneira de matar o vilão em um filme é jogar nele nitrogênio líquido e ver como vai se transformando em uma escultura de gelo, que pode ser quebrada em milhões de pedaços.

Como seria na vida real: o perigo de nitrogênio líquido reside na toxicidade da substância em um espaço fechado, o que pode causar asfixia, mas sua baixa temperatura não é suficiente para causar congelamento instantâneo. Ao ar livre, não representa uma ameaça: um homem valente verificou em si mesmo, vertendo nitrogênio líquido em seu rosto.

10. Disparo inaudível com um silenciador

O que acontece nos filmes: quando o herói do filme precisa eliminar todos os seus inimigos e, ao mesmo tempo, passar despercebido, o espectador vê cenas nas quais ele enrosca um silenciador na arma.

Como seria na vida real: o nível de ruído ao disparar uma arma é de 140 dB a 160 dB. O silenciador reduz a 120 dB ou 130 dB, o que equivale ao nível de ruído de uma britadeira. O verdadeiro propósito do silenciador é reduzir o ruído para proteger o ouvido da pessoa que puxa o gatilho, não para abafar o som do disparo.

11. Raios laser visíveis

O que acontece nos filmes: os heróis devem mostrar uma incrível destreza para atravessar os raios laser.

Como seria na vida real: os raios laser são invisíveis. Só podem ser vistos quando refletidos com outras superfícies. Isto também se aplica ao cosmos: no espaço praticamente não há fumaça nem pó, motivo pelo qual não se poderia ver um raio laser.

12. Piranhas canibais

O que acontece nos filmes: a piranha é o segundo peixe mais popular (depois de tubarões) nos filmes de terror. Se alimentam de vítimas indefesas e vilões, mas na maioria dos casos mostram iniciativa e escolhem seu próprio jantar entre pessoas que nadam tranquilamente na água. Elas têm uma vantagem sobre outros monstros: podem engolir o cadáver de um elefante em segundos. Ao menos é assim que aparece nos filmes.

Como seria na vida real: a piranha é um peixe relativamente comum nos rios brasileiros. Se você já nadou em um deles, sabe que elas são bem menos agressivas do que parecem no cinema — embora possam fazer um belo estrago se você fisgar uma e não tomar cuidado na hora de retira-la do anzol. Na história, não há um único caso documentado de morte humana por causa desses peixes. Quanto aos pássaros ou animais de grande porte, as piranhas também não podem roê-los até o osso.

13. Robôs gigantes

O que acontece nos filmes: os robôs gigantes muitas vezes são convocados para eliminar as consequências dos experimentos humanos. Quem mais poderia enfrentar Godzilla ou eliminar a invasão de monstros espaciais?

Como seria na vida real: de acordo com a lei quadrático-cúbica, quanto maior o tamanho, maior o aumento de peso, o que leva à incapacidade de manter a própria estrutura. Mas, mesmo que inventemos mentalmente um metal super-resistente, haverá muitos outros problemas: o sistema de resfriamento não funcionará corretamente, e, a cada passo que der, o robô deve afundar mais profundamente no chão, até que finalmente fique preso e quebre suas próprias pernas antes de chegar ao local da batalha.

14. Infecção seletiva

O que acontece nos filmes: o protagonista é sempre intocável, até mesmo para os vírus; e os zumbis podem morder todos os combatentes armados das unidades de elite que quiserem, mas não alcançarão nenhuma pessoa sem habilidades especiais de combate.

Como seria na vida real: se o vírus tiver começado a se espalhar por meio da via aérea, você não poderá correr dele por muito tempo. E se o vírus se espalha por meio da mordida de um zumbi, eles se sentirão suficientemente confortáveis nas grandes cidades e propagarão a infecção rapidamente. Mas mesmo que encontremos um abrigo à prova de mortos-vivos, muito provavelmente algumas das políticas do Estado para combater os zumbis também matem o personagem principal. Somente nos filmes são enviadas tropas para destruir os infectados seletivamente; na vida real, haveria limpeza e destruição de tudo que estivesse vivo em toda a área infectada.

15. O herói e o vilão sempre se conhecem pessoalmente e têm as mesmas habilidades

O que acontece nos filmes: na batalha final, o nível de treinamento dos dois personagens será o mesmo, embora um deles possa ter dedicado a maior parte de sua vida à ciência e o outro às artes marciais. Além disso, na maioria dos casos, o herói e o vilão se conhecerão pessoalmente, para que possam manter, durante a batalha, longas conversas sobre a vida.

Como seria na vida real: no cinema, o bem deve vencer o mal, por mais treinado que seja o último. Na vida real, existem outros casos, e a probabilidade de que possuam as mesmas habilidades é extremamente baixa. Lembre-se da luta corpo a corpo na versão de Hollywood de “Sherlock Holmes”: o detetive contra o professor Moriarty. No filme, eles têm as mesmas habilidades de luta e a batalha parece espetacular, embora, na realidade, nenhum deles utilize suas fortalezas reais. Na verdade, isso pareceria algo como um atleta e um guru de autoajuda tentando montar juntos um avião.

Que distorções da realidade você vê habitualmente nos filmes? Conte para a gente nos comentários!

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