O time paraguaio que conta com uma torcedora mais do que especial

há 5 anos

Club 2 de Mayo, da Segunda Divisão do Futebol Paraguaio, é, digamos, uma equipe única no mundo por um motivo muito especial: sua mascote-torcedoras, uma cadelinha vira-lata que foi encontrada pelo técnico Carlos Jara Saguier. Ela participa de todos os jogos e se tornou uma espécie de assistente do treinador Jara.

Tesapara, como foi batizada, é amada por todos: torcedores, diretores, técnico, jogadores e, ao que tudo indica, até pelos adversários. Afinal, não há como deixar de se encantar com sua simpatia.

No Incrível.club, fãs de animais que somos, não poderíamos deixar de contar esta fascinante história de amizade. Convidamos você a saber mais sobre ela.

O 2 de Mayo, time da cidade de Pedro Juan Caballero (fronteira com o Brasil), se tornou conhecido não só no Paraguai como também no exterior graças a Tesapara, um verdadeiro amuleto para a equipe. Ela foi tema de matéria até mesmo no renomado jornal britânico The Guardian, que se referiu a ela como auxiliar do treinador Jara.

O técnico é conhecido por ter levado a equipe paraguaia à medalha de prata nos Jogos Olímpicos de 2004, em Atenas, e já atuou como jogador na equipe do Cerro Porteño na década de 1970.

Mas a história de amor com Tesapara começou quando, um dia, a caminho do trabalho, Jara resolveu dividir com a vira-latas um pedaço de empanada — uma espécie de pastel assado muito apreciado em países como a Argentina e o Paraguai. Desde então, a cachorrinha passou a acompanhar diariamente o técnico até o estádio. Daí a começar a acompanhar os jogadores nos treinos foi só uma questão de tempo. Tesapara virou parte da paisagem.

O treinador Jara faz piada, dizendo que a vira-lata é uma ameaça aos adversários do 2 de Mayo. É comum antes do início dos jogos ela observar atentamente a movimentação e até latir para os jogadores rivais. Será algum tipo de arma secreta?

Tesapara acompanha o treinador o tempo todo: nos treinos, nos jogos, nas entrevistas e até mesmo nas reuniões com a diretoria. Mas sua residência oficial é o escritório de Jara, um espaço cômodo e super aconchegante.

Vale a pena destacar que, durante as partidas, Tesapara fica na área reservada ao técnico. E, embora as regras proíbam a entrada de animais no campo, os organizadores abrem uma exceção. Afinal, ela se comporta bem. Mesmo nos momentos de maior tensão, Tesapara costuma ficar nervosa, mas nunca ultrapassou a área técnica — aquele quadradinho reservado ao treinador.

Aliás, se pensarmos um pouco, ela é bem mais comportada que muito técnico por aí.

Certa vez, o treinador chegou a pensar que Tesapara havia ficado cega. Diante da luz solar, seus olhos, até então escuros, ficaram azuis, o que levou Jara a acreditar que se tratava de algum problema de visão. Não muito tempo depois, no entanto, os olhos voltaram à cor normal. A palavra ’Tesapara’, aliás, significa “escurecimento dos olhos à noite” em guarani — uma das línguas faladas no Paraguai, juntamente com o Espanhol.

Alguns veterinários avaliaram que ela tem cerca de 10 anos. Uma jovem senhora, portanto.

Jara, no final das contas, se diverte com as tentativas da cadelinha de imitar os movimentos dos jogadores em campo. Será que ela quer bater uma bolinha com os caras ou fazer parte da equipe titular do 2 de Mayo?

Você conhece alguma história curiosa de mascotes de equipes?

Que tal compartilhar com a gente?

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