8 Princípios para criar uma menina que pode conseguir tudo na vida por conta própria (apesar dos estereótipos)

Psicologia
há 3 anos

A abordagem sobre como criar filhos é algo que muda todo o tempo. Até recentemente, a frase “boa menina” era uma fonte de satisfação e um modelo a ser perseguido. Agora, essa frase gera um certo ceticismo, e até negatividade, porque “boa” significa algo ligado a um comportamento passivo.

Olá! Meu nome é Anastasia. Tenho duas filhas. Eu realmente gostaria que elas crescessem não apenas felizes, mas livres do estereótipo de que o principal objetivo de uma garota é se casar bem. Tenho algumas dicas sobre como conseguir isso e estou pronta para compartilhá-las com os leitores do Incrível.club.

Faça os elogios certos

O postulado de que o mundo interior é mais importante do que a aparência parece óbvio. Mas, no caso de meninas, primeiramente, os elogios são para a beleza, como se fosse a virtude mais importante. Os especialistas aconselham a prestar atenção às ideias de sua filha, à criatividade, ao comportamento e, apenas depois, à sua aparência. Isso não significa que você não possa dizer a uma menina que ela é bonita. Digo isso para minhas filhas várias vezes por dia, mas depois de elogiá-las por algo mais importante.

Elogiar uma criança por seu talento ou inteligência não é uma boa ideia também. Nessa situação, você elogia sua filha por algo que ela não consegue controlar ou influenciar. Os pesquisadores recomendam elogiar os esforços de uma criança para alcançar resultados. Isso a encoraja a seguir em frente e se esforçar ainda mais.

Deixe ela discordar

A “boa menina” sempre escuta a mãe e não discute com ela. Mas a mãe sempre está certa? E mesmo que ela esteja certa, por que uma criança deve concordar com ela? Agora, sou mãe e sei que estou errada frequentemente e acho que não vou parar de errar. E se for assim, por que minha palavra deve ser a última?

Os especialistas acreditam que uma garota deve ser capaz de discordar de você como forma de aprender a fazer o mesmo com colegas, professores, namorados ou futuros chefes. Ao envolver-se em uma discussão razoável com uma criança, você vai ensiná-la não apenas a dizer “não”, mas também a colocar seu ponto de vista. Além disso, você também pode aprender muitas coisas novas.

Deixe-a escolher

No mundo de hoje, é necessário fazer escolhas rápidas. Mas, para muitas pessoas, isso é difícil porque elas não foram ensinadas desde a infância. Tento dar às minhas filhas o direito de escolher, sempre que seja possível. Elas têm quase dois anos e já podem decidir qual brinquedo comprar, qual cor de vestido usar e o que comer no café da manhã.

No futuro, vão escolher seus próprios hobbies e passatempos. Sim, provavelmente, vão desistir de muitas escolhas, mas é melhor tentar e desistir do que não tentar e se arrepender para o resto da vida. Além disso, como é que as crianças podem saber do que gostam e do que não?

Incentive seus passatempos

Esta é a foto da cantora Billie Eilish e sua mãe, que deu aos seus filhos (incluindo a própria Billie) a educação para que pudessem fazer o que realmente gostam. Ela sempre encorajou seus filhos a estudar música e até se juntou à filha em uma de suas turnês internacionais.

Quero muito que minhas filhas tenham uma paixão: dança, luta livre, banda de punk, desenho, física nuclear, seja o que for. Uma pessoa com olhos brilhando é sempre mais interessante do que uma que se sente aborrecida. Porém, o importante é não exagerar e não sobrecarregar uma criança com muitos deveres.

“Um passatempo ajuda uma menina a superar dificuldades, o que aumenta sua autoestima e faz acreditar que o que importa são seus valores internos, não sua aparência”, diz Rachel Simmons, autora do livro Odd Girl Out. “Ela vai jogar basquete ou tocar piano em vez de ficar assistindo a seriados”.

Encoraje-a a resolver seus problemas sozinha

Quero mesmo salvar meus filhos de qualquer problema, mas tenho de lutar contra isso. Permitir que uma criança lide sozinha com uma situação difícil significa não apenas “ensaiar” cenários adultos, mas também ensiná-la a assumir responsabilidade por suas decisões.

A autora do best-seller internacional Como Criar Filhos para o Mundo, Esther Wojcicki, acredita que hoje em dia os pais cuidam exageradamente de seus filhos. No final, temos uma geração que não sabe assumir a responsabilidade. Muitos jovens simplesmente não sabem que são capazes de resolver problemas sozinhos, sem a ajuda dos seus pais.

“Sou professora em Stanford. E o que vejo? Um grande número de pais se mudou para Stanford para ajudar seus ’bebês’. Eu gostaria que fosse uma piada, mas é verdade! Não consigo acreditar que se mudaram, mudaram a vida toda porque seus filhos foram para a universidade! Os pais russos me lembram os grandes limpadores de neve: estão prontos a abrir caminho para as crianças para que não tenham de enfrentar quaisquer dificuldades. E a pior parte é que as crianças sabem disso. Na verdade, elas estão contando com isso”, diz Esther.

E sabe o quê? Confio nela. Ela tem três filhas, uma é a CEO do YouTube (44ª no America’s Self Made Women 2019 de acordo com a Forbes), outra é a chefe de uma empresa inovadora de testes genéticos, a 23andMe (33ª na mesma lista), e a mais nova é uma professora de Pediatria na Universidade da Califórnia.

Ensine-a a ariscar

Há mais uma coisa que não será fácil de fazer, mas vou tentar. “As meninas que evitam o risco têm uma autoestima mais baixa do que as colegas que estão preparadas para enfrentar dificuldades”, diz a psicóloga Joan Dick. “Convença sua filha a sair da sua zona de conforto. Por exemplo, estimule uma menina que tem medo de descer uma colina de bicicleta, primeiro, a achar uma pequena colina para ’conquistá-la’”.

Parece um pouco assustador, mas aqueles que cresceram nos anos 90 vão entender do que a psicóloga fala. Estamos verdadeiramente surpreendidos com a timidez das pessoas da “geração Z”, cujos pais estavam literalmente obcecados com sua segurança. Elas não sabem arriscar nem quando adultas, por isso é mais difícil terem sucesso. Não, não estou sugerindo de forma alguma que ensinemos às nossas filhas as diversões da nossa infância, mas acho que vou tentar o truque da colina com a bicicleta ao qual a psicóloga Joan Dick se referiu.

Leia corretamente

Muitas vezes, leio para minhas filhas, literalmente, em modo de piloto automático. É quando estou tão cansada que não entendo o que está escrito. E as meninas ficam entediadas. Mas quero envolvê-las no processo para que se interessem por livros e, portanto, por conhecimento.

Os especialistas recomendam a leitura ativa, que permite a uma criança participar do processo não apenas como ouvinte passiva. É recomendável, por exemplo, pedir a uma criança para ler algumas passagens, perguntar como ela acha que o enredo mudará ou o que ela faria se fosse um personagem. Se a menina é muito pequena ainda, peça a ela para virar as páginas.

Conte os contos de fadas

Sim, sei que é normal condenar os contos de fadas hoje em dia porque têm padrões comportamentais ultrapassados e um monte de exemplos de sexismo, abusos e práticas discriminatórias. Mas, em primeiro lugar, os contos de fadas são ótimos. E, em segundo lugar, é possível ver muitas outras coisas neles: por exemplo, o sucesso de Cinderela veio quando ficou cansada de ser obediente.

Você tem seus próprios métodos secretos de criar filhos? Compartilhe-os conosco.

Comentários

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CRIAR FILHO NÃO EH FÁCIL PORQUE CADA FILHO EH DIFERENTE E ELES TUDO SÃO COMPLICADO UM MAIS CALMO E OUTRO MAIS RESPONDAO

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Podia ensinar um que ajudasse a lidar com os meninos também, ia ser bem legal

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Bem legal, não tive nen de longe uma criação com tanto amor, feliz é quem temais país que se importam

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Estereótipos só servem para limitar a gente não tem como seguir isso, que bonse conselhos

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