8 Sinais de que uma criança pode precisar da ajuda de um psicólogo

Psicologia
há 4 anos

Muitas vezes o comportamento das crianças pode parecer incompreensíveis aos adultos, e definir a linha que separa uma conduta “normal” de uma incorreta nem sempre é tarefa fácil. Nem sempre podemos comparar as crianças de hoje com como nós éramos quando jovens. Além disso, a comparação com outras famílias também não é um bom caminho. Nesse sentido, como saber se o nosso filho precisa da ajuda de um psicólogo? Existem alguns sinais que deveriam colocar os pais em alerta.

Hoje, o Incrível.club quer propor algumas maneiras de identificar se o seu pequeno precisa da ajuda de um profissional.

1. Reação exagerada a diferentes situações

Um comportamento agressivo em uma criança de apenas 10 anos pode ser um reflexo de uma ansiedade não reconhecida, afirmaChild Mind Institute, dos Estados Unidos. A reação exagerada é uma resposta psicológica da mente da criança. É uma maneira de expressar os sentimentos guardados: existe um mal-estar interno que se manifesta quando a criança se encontra diante de situações ameaçadoras.

O incômodo social leva a criança a perder o controle em muitas situações. Uma psicóloga infantil pode ajudar a entender as suas reações e a perceber que o seu entorno nem sempre é uma ameaça.

2. Manifestação constante de raiva

As crianças tendem a exagerar em determinadas situações. Os pais de crianças pequenas sabem que elas fazem birra e manha, mas se a criança, muitas vezes, tem um comportamento agressivo, é preciso ficar atento. Frequentes manifestações de raiva podem ser um sinal de angústia, ansiedade infantil e até mesmo transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Um terapeuta pode identificar facilmente quais são as raízes da raiva, para que soluções específicas para aquele determinado problema possam ser propostas.

3. Demonstração constante de tristeza e preocupação

Se a criança tende a se mostrar ansiosa por temas que desconhecemos, ou se ela costuma fazer um escândalo por coisas pequenas, é preciso tentar entender as causas. O ideal é sempre perguntar para o seu filho por que ele está triste. Uma criança que não encontra consolo nos pais, ou que não consegue encontrar paz na sua própria casa, precisa da ajuda de um profissional.

As crianças menores percebem a ajuda dos pais e isso tende a funcionar como uma maneira de acalmá-las. O conflito aparece quando as preocupações persistem e giram em torno de obsessões. Pode tratar-se de transtorno obsessivo compulsivo (TOC), que leva os filhos a sentirem temores e comportamentos compulsivos e desnecessários.

4. Queda brusca e inexplicável do rendimento na escola

“O que aconteceu? Como o meu filho tirou uma nota como essa? Ele nunca foi uma criança irresponsável, sempre está estudando. Como o rendimento dele caiu tanto nos últimos meses?” Sobretudo em relação às crianças mais novas, as notas tendem a refletir mais a estabilidade emocional do que propriamente um rendimento acadêmico.

Às vezes, a criança pode estar sofrendo bullying na escola, mas muitas vezes o caso pode ser mais pessoal. O ideal é consultar a professora e a partir das descobertas avaliar a necessidade de procurar um psicólogo.

5. A criança prefere ficar sozinha do que com amigos ou parentes

De vez em quando toda criança quer passar um tempo sozinha, em silêncio e sem muita gente do lado. Mas até que ponto essa decisão é realmente uma preferência da criança? Os filhos sempre procuram amigos para brincar, porque assim eles também aprendem a definir as regras e os espaços de cada um. Quando uma criança entra na escola, ela não para de falar sobre tudo que fez e aprendeu durante as aulas, e sempre quer brincar com os amigos ou com os pais.

Contudo, existem muitas crianças que preferem falar pouco e que preferem brincar sozinhas na escola. Perguntar para a professora se ela percebeu algo estranho é sempre um bom primeiro passo. Esses pequenos indícios podem ser o começo para uma grande ansiedade social que costuma aparecer na juventude.

6. Incapacidade para se concentrar

Quando se trata de concentração, a linha que separa a preocupação da não preocupação é muito tênue. Muitas crianças têm dificuldade de concentração, mas elas conseguem fazer os deveres e assimilar tudo que devem aprender.

É preciso que os pais fiquem atentos se o grau de concentração diminuir muito a ponto de a criança não conseguir ficar quieta, ou se ela mostrar muita dificuldade para estudar. Um terapeuta pode rapidamente identificar se pode ser um caso de dislexia ou de TDAH, por exemplo.

7. Repetir ações obsessivamente, como lavar as mãos ou limpar coisas

Um sinal como esse deveria alarmar os pais. Casos assim costumam caracterizar o TOC. Se as obsessões aumentam muito e impedem a criança de realizar seus deveres normais, é muito importante procurar um especialista. É fundamental que os pais prestem atenção nas compulsões da criança e de que maneira elas afetam seu desempenho e sua vida em geral.

8. Mudanças bruscas nos padrões de sono

Sono e alimentação são pontos-chaves durante a infância. As pessoas começam a desenvolver uma independência desde que são bebês. Nesse sentido, é essencial que os pais ajudem os filhos desde cedo a estabelecerem hábitos saudáveis de sono. Em geral, o sono irregular está vinculado a problemas de conduta.

A relação entre o desenvolvimento físico e emocional e a qualidade do sono é muito importante. Dormir pouco e de maneira inconstante nos primeiros anos pode afetar o desenvolvimento do cérebro e comprometer as tarefas a serem desempenhadas durante o dia. Se de repente a criança passa a sentir dificultades para dormir, se passa a ter insônia ou manifesta um cansaço anormal, é importante conversar com um profissional.

Você já viveu essas situações com o seu filho ou com a sua filha? Conhece alguém que poderia se beneficiar dessas informações? Compartilhe nos comentários.

Ilustrado por Inna Grevtseva exclusivo para Incrível.club

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Extremamente importante prestar atenção nas crianças, elas ainda não sabem expressar bem em palavras o que acontece/sentem, por isso nós temos que descobrir sozinhos

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