11 Situações cotidianas em que não vale a pena ajudar os outros

Psicologia
há 4 anos

Está comprovado cientificamente que o ser humano tem características altruístas. É por isso que quase sempre pensamos em ajudar os outros, mesmo quando isso pode nos prejudicar.

O Incrível.club não está totalmente de acordo com essa abordagem e reconhece que há situações em que fazer um favor a alguém não apenas pode ser inútil como também prejudicial para as duas partes. Existem alguns casos em que não vale a pena oferecer ajuda. Confira quais são eles.

Prestar serviços profissionais de forma gratuita

Provavelmente você já tenha passado por uma situação em que alguém tenha pedido uma ajuda relacionada com a sua atividade profissional. Nesses casos, muitas pessoas pensam: “Não custa nada”. Isso costuma acontecer com trabalhos artísticos, como os de pintores, designers, fotógrafos e até com jornalistas.

Uma ajuda gratuita não apenas desvaloriza o seu conhecimento (adquirido ao longo de anos de estudo) e as suas capacidades, como significa também uma perda de dinheiro para algum colega de profissão, que poderia estar ganhando algo se estivesse trabalhando com esse mesmo cliente.

Quando você sabe que não possui habilidade para fazer algo bem-feito

A autora de um popular artigo intitulado Por que parei de ajudar as pessoas e por que recomendo que você faça o mesmo Cammi Pham afirma que é melhor não oferecer ajuda se você não sabe realizar corretamente a tarefa. Para deixar isso mais claro, ela contou a seguinte história.

Seus pais foram para o exterior e pediram que ela cuidasse de suas plantas. Entretanto, Cammi não era muito boa com plantas e acabou molhando demais umas e secando outras. Segundo ela, se tivesse dito que não podia ajudar, os pais teriam encontrado outra pessoa para fazer isso e nada de errado teria acontecido.

Pessoas que frequentemente pedem dinheiro

Amigos que sempre precisam de algo e familiares que vivem no limite de suas possibilidades financeiras até o dia em que recebem o salário: é importante dizer ’não’ para essas pessoas. Elas estão tão acostumadas a viver com a ajuda dos outros que simplesmente não se esforçam para mudar e melhorar o próprio orçamento.

Muitas pessoas chegam a recusar trabalhos melhores porque têm a falsa sensação de que já ganham o suficiente. Você deveria parar de gastar dinheiro com pessoas que não te respeitam.

Quando a caridade não se justifica

A caridade tóxica é aquela que não tem como objetivo ajudar os necessitados, mas satisfazer as ambições de gatunos que se aproveitam da boa-fé alheia. Essa caridade pode ser identificada pela ausência de provas e pela presença de voluntários falsos.

Não devemos ceder ao ver fotos comoventes e transferir rapidamente uma grande quantidade de dinheiro. Dessa forma, você pode não apenas não ajudar ninguém, como satisfazer pessoas que se aproveitam da desgraça dos outros tanto em nível emocional como em nível financeiro.

O desejo de ajudar é uma necessidade

Muitos psicólogos recomendam não ajudar uma pessoa até que ela peça. Em alguns casos, o desejo de apoiar uma pessoa é, na verdade, uma grande necessidade de sentir que alguém precisa de você ou de parecer melhor aos olhos dos outros. Ao fazer isso, você não está ajudando ninguém.

O verdadeiro motivo é satisfazer sua própria ambição

O triângulo dramático de Karpman é um modelo social e psicológico de relações entre as pessoas descrito pelo psiquiatra Stephen Karpman. Segundo ele, uma pessoa pode agir em um dos 3 pilares: vítima, assediador ou salvador. Os objetivos desses últimos são os menos evidentes.

Em um primeiro momento, poderia parecer que você quer ajudar a vítima e que está se esforçando ao máximo para isso. Contudo, na realidade, o salvador tem motivos ocultos. Por exemplo, ele pode gostar de sentir que alguém depende dele ou que alguém confia nele. Nesses casos, a ajuda é apenas uma possibilidade de cumprir um desejo pessoal.

Pessoas que são dependentes dos outros

Quando uma pessoa se supera, adquire experiência. O mesmo acontece com quando criamos imunidade a uma doença. Se você não deixa que o outro resolva de maneira independente os próprios problemas, essa pessoa não conseguirá dar conta das mesmas situações no futuro. Ajudar alguém não significa fazer o trabalho completo. Você pode facilitar, mas não assumir toda a tarefa para si.

As tarefas das crianças

Claro que cada situação é única. Entretanto, é muito comum que os pais tentem resolver e fazer tudo pelos filhos, desde escolher a comida até as tarefas da escola. Uma criança que é educada assim acaba tendo muitas dificuldades para tomar decisões no futuro. Ela não consegue perceber as situações de maneira autônoma e isso influencia também as suas relações depois de adulta.

É importante que os pais deem exemplos aos filhos e ensinem como eles precisam se comportar em cada tipo de situação. Ao mesmo tempo, não é certo negar todo tipo de ajuda, principalmente quando a criança tem muita dificuldade. É importante encontrar um meio termo para que a autoconfiança não seja tão prejudicada.

A ajuda excessiva leva a uma percepção distorcida do mundo

Ajudar uma criança em tudo e de maneira constante leva a outro problema. Se ela não aprende a lidar com as dificuldades sozinha, não compreende uma regra básica da vida: a de que nem tudo acontece como queremos. E isso pode levar a muita frustração no futuro.

Situações como essa ocorrem quando as expectativas da realidade e os desejos não se ajustam às possibilidades ou ao que está acontecendo em um determinado momento. Isso pode causar estresse, irritação e até mesmo depressão.

Ajuda: ’Por quê?’ ou ’Para quê’?

Muitas vezes ajudamos uma pessoa porque ela é nossa amiga ou é alguém que nos ajudou no passado. Entretanto, alguns especialistas recomendam não prestar atenção ao que já aconteceu, mas olhar para o futuro. Ou seja, ajudar a pessoa a realizar um objetivo. Dessa forma, a ajuda será mais útil e poderá ser canalizada para os resultados.

Dar presentes para crianças que vivem em orfanatos

Isso pode parecer estranho, mas cada vez mais especialistas recomendam não entregar presentes para crianças que vivem em orfanatos. Muitas vezes isso faz com que elas não saibam valorizar o que têm. Além disso, pode levar a conflitos e problemas na vida adulta.

O melhor é dar a essas crianças o seu tempo e a sua atenção. Contudo, alguns objetos podem ser úteis, como material escolar, por exemplo.

Para você, em que situações não vale a pena ajudar os outros? Conte nos comentários.

Ilustradora Inna Grevtseva exclusivo para Incrível.club

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