A mulher que entrará para a história como a primeira a capturar a imagem de um buraco negro

Mulher
há 5 anos

Katie Bouman tem 29 anos e é professora assistente de Ciência da Computação no Instituto de Tecnologia da Califórnia. Junto com uma equipe de 200 cientistas de várias partes do mundo, ela conseguiu capturar a primeira imagem de um buraco negro. A jovem ficou famosa no dia 10 de abril graças ao seu algoritmo que, juntamente com outras linhas de códigos, conseguiu reconstruir uma imagem que durante anos pareceu impossível de alcançar.

O Incrível.club pesquisou alguns detalhes sobre a história dessa jovem mulher que virou notícia nos últimos dias e que conseguiu algo que jamais alguém tinha conseguido.

Katie Bouman, a líder do projeto que registrou a imagem do buraco negro

Katie é especialista em Ciências da Computação e liderou o desenvolvimento de um programa informático que permitiu a captura da imagem do buraco negro. Ela usou os algoritmos e montou a imagem com dados de 350 terabytes. “Olhando, quase sem acreditar, como a primeira imagem que criei de um buraco negro estava em processo de ser reconstruída”, disse Katie no Facebook.

Um algoritmo que também previu outras situações

O algoritmo CHIRP — Continous High-Resolution Image Reconstruction (Reconstrução Contínua de Imagens de Alta Resolução), desenvolvido por Katie, não apenas serviu para obter a imagem, mas também para filtrar o ruído que causa a umidade atmosférica, que distorce as ondas de rádio e sincroniza sinais capturados por telescópios.

Um processo que demorou 3 anos

Katie desenvolveu o algoritmo em aproximadamente 3 anos. Ela começou quando ainda era uma estudante de pós-graduação no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), onde liderou o projeto com assistência de uma equipe do Laboratório de Ciências da Computação e Inteligência Artificial, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian e do Observatório Haystack, todos ligados ao MIT.

O que é um buraco negro?

Um buraco negro é um dos grandes mistérios da ciência e foi definido pela NASA como “o resultado da deformação do espaço-tempo, causada após o colapso gravitacional de uma estrela massiva, do qual nada, nem mesmo a luz, pode escapar”.

Existem 3 tipos de buracos negros

  • Buracos negros primordiais: são tão pequenos quanto os átomos e os cientistas acreditam que se formaram há muito tempo, após o Big Bang.
  • Buracos negros estelares: assim como os primordiais, se formam quando o centro de uma estrela massiva colapsa.
  • Buracos negros supermassivos: (fotografado recentemente): se formaram ao mesmo tempo que a galáxia em que se encontram. O seu tamanho está relacionado com o tamanho e a massa da galáxia onde ele estiver.

O ’pai’ dos buracos negros

Da esquerda para a direita: Albert Einstein, Hideki Yukawa e John Archibald Wheeler.

Em 1967, o físico John Archibald Wheeler inventou o termo ’buraco negro’ - que se refere a astros de corpos negros que existem no Espaço e onde a gravidade é tão forte que tais astros não são capazes de refletir a luz.

Einstein duvidou deles em algum momento

Albert Einstein publicou a teoria da relatividade geral em 1915. Ela explica o funcionamento dos buracos negros. Contudo, dizem que ele sempre duvidou de sua verdadeira existência.

Os buracos negros eram invisíveis até agora

Embora os buracos negros não sejam visíveis aos olhos, os astrônomos desenvolveram durante anos ferramentas espaciais capazes de vê-los e de reconhecer o seu comportamento. Por isso, o 10 de abril de 2019 ficará gravado na história como um dos momentos mais importantes para a ciência, porque, pela primeira vez, foi possível obter uma foto de um buraco negro.

Uma equipe mundial atrás da história

Event Horizon Telescope (EHT) é um projeto cujo objetivo é formar uma rede global de radiotelescópios com dados de diferentes partes do mundo para, assim, observar um buraco negro massivo. O EHT possui mais de 200 cientistas associados, do México, Chile, Estados Unidos, França, Groelândia e Espanha.

Apresentação da primeira imagem do buraco negro

O momento histórico em que 8 observatórios em diferentes partes do mundo registraram a foto. O que vemos na imagem é um anel com uma parte mais iluminada que outra, localizado a mais de 500 milhões de bilhões de quilômetros da Terra.

Katie agradece sua equipe

Sobre o momento histórico, a jovem de 29 anos disse: “Nenhum de nós poderia ter feito isso sozinho. Isso foi possível graças à ajuda de pessoas de diferentes origens”.

O que você achou da incrível façanha? Deixe a sua opinião nos comentários.

Comentários

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Eu fico é boba como q diante de um feito desse o povo so quer saber de zoar e fazer meme

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