10 Coisas que você precisa saber sobre cesárea e parto normal

Mulher
há 5 anos

parto é um momento mágico. Apesar de poder ser doloroso e traumático para a mãe, os incômodos costumam ficar em segundo plano quando se está com o recém-nascido nos braços. Na hora em que a criança precisa vir ao mundo, o parto normal costuma ser a primeira opção, pois é a forma como a natureza conclui a gravidez, entre a 38ª e a 42ª semanas. A outra alternativa é a intervenção cirúrgica da cesárea.

O Incrível.club considera que todas as suas leitoras (e leitores) devem estar bem informadas sobre o assunto pra tomar a melhor decisão sobre um tema às vezes tão polêmico. Por isso, reuniu dados a respeito de vantagens e desvantagens envolvendo cada um dos métodos, tudo para que seja possível tomar a melhor decisão no momento da chegada do bebê.

Claro, lembramos que, antes de tomar essa decisão, é fundamental conversar com seu médico.

1. Como acontece?

  • Parto normal:trabalho de parto começa com as contrações. Com o passar do tempo, elas aumentam de intensidade até que o bebê passa pelo canal do parto e nasce.
  • Cesárea: trata-se de uma intervenção cirúrgica que requer a abertura de sete camadas de pele na parte baixa do ventre para que seja possível alcançar o útero, onde está o bebê. Depois que ele nasce, o pediatra faz um exame geral, enquanto a mãe continua na sala de operação para receber os pontos na incisão.

2. Motivos para optar por um método ou por outro

  • Parto normal: é a forma prevista pela natureza para que os seres humanos venhan ao mundo. As contrações começam quando o bebê está pronto para nascer.
  • Cesárea: inicialmente, só era realizada por indicação médica, quando o parto normal representava riscos para a mãe ou para a criança. Por exemplo, se o bebê não estivesse na posição adequada, no caso de haver risco de contágio por alguma doença durante o parto, se a mãe tivesse alguma condição de saúde impeditiva, etc. Porém, hoje as cesáreas são muito comuns entre mulheres que preferem agendar o parto, por diversos motivos.

3. Internação

  • Parto normal: geralmente, quando não ocorrem complicações, a internação costuma ser de um ou dois dias. É tempo suficiente para que a mãe se recupere um pouco e para que a equipe médica ateste que tanto ela quanto o bebê estão em perfeitas condições.
  • Cesárea: como se trata de uma intervenção cirúrgica, o tempo de internação é maior, ficando entre três e quatro dias. Nesse período, a mãe recebe medicamentos para aliviar as dores, além de antibióticos contra eventuais infecções. Já o bebê precisa expelir todo o líquido amniótico e não apresentar nenhum problema para poder ter alta.

4. Riscos

  • Parto normal: apesar de ser o mais recomendado, também apresenta alguns riscos, que variam de acordo com a mãe e a gravidez. Em uma das complicações, por exemplo, a mulher pode apresentar prolapso genital, incontinência urinária ou hemorragia. Caso tenha sido feita uma episiotomia, pode surgir uma infecção.
  • Cesárea: é mais arriscada para a vida da mãe, já que podem surgir sangramentos excessivos, cicatrizes, coágulos, infecções, riscos decorrentes da anestesia e uma dor pós-parto persistente. Os avanços tecnológicos da medicina vêm permitindo que as cesáreas sejam mais seguras atualmente, ajudando a evitar ao máximo os riscos.

5. Contato com o bebê

  • Parto normal: a mãe se recupera mais rapidamente e pode ter contato praticamente imediato com o bebê, e começar a amamentá-lo. E a criança se beneficia disso. Alguns estudos afirmam que esse contato faz com que o bebê cresça se sentindo mais seguro, pois favorece a interação mãe-filho e também a aprendizagem.
  • Cesárea: a mãe demora mais para ter contato com o bebê. A criança é levada a ela logo após o nascimento, mas apenas por alguns segundos. Depois, mãe e filho costumam se encontrar apenas algumas horas depois. Tudo depende do período de recuperação da mulher e dos exames que serão feitos no recém-nascido. Por outro lado, há quem afirme que separar a criança da mãe gera ansiedade e estresse no bebê.

6. Respiração do bebê

  • Parto natural: no momento do parto, a caixa torácica do bebê pressiona o canal do parto, o que ajuda a expulsar o líquido amniótico dos pulmões. Assim, a criança se adapta mais facilmente ao ar e pode começar a respirar de imediato e sem problemas.
  • Cesárea: o bebê pode ter problemas respiratórios nas primeiras horas depois do nascimento, já que tem maior dificuldade para expulsar o líquido amniótico. Em muitas ocasiões, os resíduos desse líquido precisam até ser aspirados, pois não saem naturalmente. Alguns estudos revelaram que os bebês que nascem por cesárea são mais propensos a sofrerem com asma, alergias e outras doenças respiratórias, em comparação com aqueles que nascem por parto normal.

7. Dor

  • Parto normal: durante o parto, a mãe pode ser anestesiada para reduzir as dores das contrações, apesar de muitas mulheres não aceitarem e preferirem continuar sem tomar remédio. Isso tem relação com o tempo de duração do trabalho de parto, pois os médicos dão essa opção às pacientes ao perceberem que o processo está se desenrolando lento demais. Nos dias posteriores, a futura mãe pode até sentir incômodos, mas não dores intensas.
  • Cesárea: é injetada nas costas uma anestesia que deixa o corpo da mulher “adormecido” da cintura para baixo, permitindo a realização da cirurgia. Uma vez aplicada a anestesia, o médico espera que ela faça efeito antes de começar a operação. No caso da cesárea, a dor mais intensa é sentida após o parto (com o fim do efeito da anestesia) e nos dias posteriores.

8. Duração

  • Parto normal: cada gravidez é diferente, e as peculiaridades mudam de mulher para mulher. Por isso, o trabalho de parto pode durar até 10 horas quando a mãe é de primeira viagem, mas pode se estender por dias após o início das contrações. As mulheres que já tiveram filhos costumam ter partos mais rápidos.
  • Cesárea: a intervenção cirúrgica pode durar entre 45 a 60 minutos. Após a entrada na sala de cirurgia e o início do efeito da anestesia, o bebê é retirado da barriga da mãe em poucos minutos. O que leva mais tempo é o processo de sutura das camadas de tecido e a recuperação da mãe.

9. Pós-parto

  • Parto normal: caso não surjam complicações, a mãe e o bebê passam para a sala de recuperação uma hora após o parto. Os incômodos físicos podem durar até uma semana, mas o corpo leva meses para se recuperar plenamente e voltar à antiga forma.
  • Cesárea: tudo é mais doloroso após a cirurgia, e a recuperação é mais lenta em decorrência da intervenção cirúrgica. A dor no local da incisão pode durar até 10 dias, e os incômodos costumam persistir até um mês e meio depois. Assim como ocorre no parto normal, é preciso um tempo para a recuperação total.

10. Efeito nas crianças

  • Parto normal: as crianças sofrem menos com problemas respiratórios, e esse é um dos maiores benefícios do parto normal. Segundo alguns estudos, os bebês que nascem por esse método têm melhor equilíbrio hormonal e metabólico, pois produzem hormônios que ativam o sistema metabólico e otimizam a circulação sanguínea.
  • Cesárea: pesquisas sugerem que as crianças nascidas pro cesárea têm mais tendência a desenvolver alergias, obesidade e diabetes.

Em caso de dúvidas, esclareça tudo com seu médico. Que tipo de parto você prefere? Já é mãe? Nós adoraríamos que você deixasse um comentário recordando sua experiência na hora de dar à luz.

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