Um pai e as histórias divertidas sobre seu filho que todos conhecemos

Crianças
há 4 anos

A Internet está cheia de histórias de mães que compartilham as suas experiências sobre o nascimento de seus bebês e sobre a criação de seus filhos. Mas e as histórias dos pais, você costuma ler? A maneira super sincera como o escritor e blogueiro russo Oleg Batluk compartilha as suas impressões sobre a paternidade fez com que ele passasse a ter milhares de seguidores que se deliciam com as histórias sobre ele e seu querido filho.

Nós, do Incrível.club, ficamos bastante impressionados com o livro de Oleg Batluk Notas de um pai não romano (em tradução livre) e com o seu blog. Esperamos que as ideias desse jovem pai ajude outras pessoas a enfrentarem a paternidado com um pouco mais de humor.

  • “Bom, agora virei pai” é uma frase sem sentido, principalmente para alguém que acaba de virar pai. É como dizer “Bom, virei presidente da Suécia”, ou “Virei Papa”. Ser pai não ter nada a ver com a paternidade. Entre ’ser pai’ e ’paternidade’ há um longo caminho de crescimento .
  • A primeira vez que vi meu filho foi no Viber — um sistema de mensagem parecido com o WhatsApp. Minha esposa me enviou uma foto. Esse foi o primeiro choque da paternidade. Quem eu esperava ver na foto? Um bebezinho bastante alegre. Sim, era isso que eu esperava. Ao invés disso, me enviaram uma foto de uma fruta seca embrulhada em várias camadas de tecido.
  • Aterrorizado, eu quis escrever urgentemente no Viber: “Mulher, o que aconteceu com o nosso filho?” No hospital, quando colocaram o meu filho nos meus braços eu me acalmei um pouco. Quando segurei o meu filho todo enrugado eu fiquei sem palavras. Ele parecia mais feio na foto. Piscou de maneira estranha, como se estivesse tentando alisar as dobrinhas de seu rosto. Eu me senti jovem, comparado com o meu pequeno Benjamin Button. Mas, apesar disso tudo, tive a sensação de que tinha me sentado sem querer em um arco-íris de felicidade.
  • Aquele momento inesquecível quando o seu filho diz ’papai’. A sua alma derrete feito neve. Tanta euforia, entusiasmo e vontade de gritar para o mundo. Um momento mais inesquecível: quando o seu filho diz ’papai’ para a mãe dele. Mais inesquecível ainda é quando ele diz ’papai’ para a sua avó. Mas nada mais inesquecível do que quando ele diz ’papai’ ao entregador de pizza. Esse meu filho é simplesmente incrível.
  • Dizem que os filhos crescem muito rapidamente. É uma besteira. Depois de uma viagem de negócios de duas semanas, esperava que meu filho me recebesse com frases como “Pai, consegui um trabalho em uma empresa, você não precisa mais trabalhar”. Mas não. Ele me recebeu em seu berço, com a mesma expressão de “Por que você está aí? Vai me dar o peito? Não? Então chame a outra pessoa agora mesmo”.
  • Meu filho e eu somos como dois computadores de diferentes gerações. Ele é o iPhone 6, que se atualiza constantemente. Dorme, acorda e... bang! Outro aplicativo foi instalado e ele já sabe engatinhar, já levanta a cabeça ou qualquer outra novidade. Eu sou como um computador da década de 90: acordo pela manhã e já tenho um pouco a menos de capacidade. Ou fico carregando durante meia hora, ou a tela apaga de repente. Meus familiares me olham nervosos. O que aconteceu? Onde está? E apenas o bebê me olha com simpatia da sua nuvem iCloud, com uma pergunta silenciosa nos seus olhos inteligentes: “Pai, de novo tentando conectar a Internet a cabo? Cuidado com o disquete”.
  • Eu era um homem bruto: não me emocionava com nada e só via filmes de ação. O que aconteceu? Recentemente, vi minhas meias secando ao lado das do meu filho e quase comecei a chorar. Agora, me pergunto se isso realmente é comovente ou se eu estou ficando louco.
  • Outro dia meu filho estava se divertindo na banheira e eu estava ao seu lado, sentado em uma cadeira cuidando para que ele não passasse pelo ralo e não saísse no banheiro do vizinho de baixo (eles não gostam de crianças, e tenho certeza que não me perdoariam). Fiquei lá um tempo e comecei a pensar no trabalho. “Pai, cadê você?”, meu filho me perguntou. Eu estava pensando no trabalho e esse homenzinho de dois anos e meio suspirou profundamente e respondeu por mim: “No tabalio...”.
  • Não gosto de como a minha esposa alimenta o nosso filho com aveia. Acho que as mulheres não deveriam fazer isso. Parece um evento social: grandioso, nobre, e o bebê sai limpo, como se não tivesse comido nada. Quando eu faço a história é outra. Há aveia em todas as partes da casa: no seu rosto, na sua cabeça, nas suas mãos, na mesa, no chão, nas paredes e até mesmo na minha esposa, embora ela esteja em outro cômodo durante o processo. O único lugar onde não há aveia é no babador. Isso é o que eu chamo de dar de comer a um filho. Depois, é só dar um banho e pronto.

  • Os seus filhos são a sua segunda infância. Uma oportunidade única para voltar ao mundo como uma criança. Tudo volta a crescer. Você é como Alice. Caminho com o meu filho pela rua e olho em volta com os olhos dele. Por exemplo as pombas. Quando foi a última vez que parei para olhar as pombas na rua? Meu filho adora. Uma vez, achamos uma branca. Nós dois corremos em direção a ela, gritando surpresaaaaa!!!!. Meu filhinho ainda não vê o lixo, o mau tempo, a chuva e as pessoas malvadas na rua.
  • Às vezes, quero abraçar o meu bebê com força. Para mantê-lo na infância. Para ele não crescer.
  • Meu filho precisa de poucas palavras para governar o mundo. 'Papai', 'mamãe' e 'abu' servem para pedidos simples. 'Pamá' e 'mapá' para tarefas complexas, que ninguém pode negar. Ele também usa 'pamabu', que aparece quando ainda não sabe o que quer exatamente, mas sente um crescente desejo em seu peito e precisa mobilizar todos que estão ao seu lado.
  • Eu lia um livro para o meu filho no sofá. De repente, ele começou a se levantar, tirou os meus óculos repentinamente, espirrou na minha cara e colocou os óculos de novo. Para não manchar a lente, aparentemente. Um rapaz inteligente.
  • Minha avó adorava falar isso quando eu ia pra cama: “Olhe para a sua cama, ela é real”. Eu deitava na cama super feliz, como Alice no buraco de um coelho. Quando eu coloco os travesseiros na cama do meu filho e o cubro com um edredom, às vezes falo sem pensar: “Que cama de rei que o meu filho tem”. Ele sorri, já dormindo, e se encolhe comodamente, talvez como eu fazia há muitos anos. Não lembro, mas acho que sim. A beleza geracional que corre nas nossas veias.

  • Antes eu ria das mães que diziam “Nós comemos”, ou ainda “Nós fizemos cocô”. Você é um ’eu’ autosuficiente e que existe há muito tempo, o que mudou? Enfim, hoje eu não preciso que alguém me explique o que significa a expressão “Temos febre”. Você pode ser um homem grande e com um bom apetite, sinais vitais fortes, mas se o seu filho se sente mal, você também se sente mal. São leis antigas e profundas da natureza e que não podem mudar. Você nunca vai se sentir bem se o seu filho se sentir mal.
  • Este pequeno livro é a minha declaração de amor pelo meu filho.

E você, tem histórias parecidas com o seu filho? Comece a anotar as coisas mais divertidas que acontecem no dia a dia, e não deixe de compartilhá-las nos comentários.

Comentários

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Verdade! Agora os netinhos q estao ensinando as coisas p os mais velhos kkkk minha mãe sempre diz q estamos vivendo uma inversão de valores

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