15 Histórias super profundas sobre os mais intensos sentimentos

Histórias
há 5 anos

Sabemos que, muitas vezes, é fácil mergulhar no mundo das notícias ruins (e, sim, elas estão por toda parte) e se deixar levar por uma onda de pessimismo. Mas, quando pensamos nas histórias do dia a dia de gente comum, muitas vezes descobrimos casos emocionantes, capazes de dar um novo sentido à vida.

Incrível.club mergulhou em algumas histórias de usuários das redes sociais. Precisamos advertir que, antes de começar a ler, você deve pegar um lencinho, porque pode ser que seja necessário...

  • Sobrevivi a uma cirurgia de transplante de coração. Estava na fila do transplante morrendo lentamente, mas tive sorte: apareceu um doador compatível e tudo saiu conforme o esperado. Uma noite no hospital perdi o sono, então decidi caminhar pelos corredores das alas. Ao passar por perto de uma determinada ala, vi o médico que me operou. Estava sentado próximo da janela tomando café. Por suas bochechas corriam lágrimas. “Senta, eu não mordo”, me disse. Me recostei na parede sem fazer muito barulho e constrangida pela cena que via. “Você está viva, e por isso estou muito feliz. Mas a pequena Ana não está. Ela nunca mais voltará a ver mais nada. E eu não pude impedir!”, contou soluçando. Depois da minha operação, ele tentou salvar uma menina que havia dado entrada no hospital porque havia se acidentado. Ele havia levado 10 horas na cirurgia. Mas, ainda assim, ela morreu. Durante muito tempo, ele seguiu chorando no meu ombro. Esse médico salva vidas, mas mata a si mesmo se não consegue salvar alguém da morte. Em seu coração há mais cicatrizes do que no meu.
  • Eu não acredito nem em Jesus, nem Alá, nem Buda... mas acredito e um Deus e sei exatamente como ele se chama. Meu Deus é uma mulher que há 16 anos resgatou uma menina de seis anos, meio cega, surda de um ouvido, muda, com um severo tipo de paralisia cerebral, de mulheres alcoólatras que mendigavam comigo em uma cadeira de rodas dentro do metrô. Me acolheu, praticamente me inseriu na sociedade, pagou uma grande quantidade de operações, tratamentos, reabilitações, educação. Diariamente passava muitas horas comigo, mesmo que isso fosse muito difícil. Agora tenho 22 anos, posso caminhar, sei falar, vejo e escuto (claro, com aparelhos). Além disso, estudo para ser contadora. Tenho uma deficiência, não nego, mas não imagino meu destino se eu tivesse ficado com essas mulheres que me maltratavam. Nunca poderei retribuir tudo o que foi feito por mim, mas eu digo sempre que ela, a mulher que me salvou, é o meu Deus.
  • Tenho um sonho. Parece besteira, mas, há aproximadamente três anos, acordei com um objetivo, tinha que me transformar em uma piloto de aviação comercial. Tinha 13 anos e comecei a me preparar. Fazia exercícios diariamente, estudava muito e tinha vários livros sobre aviação. Mas, em uma festa de família, ante uma típica pergunta sobre o que queria ser quando crescesse, a resposta foi algo diferente do esperado por meus familiares. Não queria ser advogada, médica, professora, muito menos engenheira... respondi pontualmente: vou ser piloto. Eles riram e seguiram conversando sobre outras coisas. Quando nossos familiares foram embora, minha mãe se aproximou de mim e disse que eu a havia envergonhado. Me senti totalmente assustada e sufocada. Decidi abandonar aquele objetivo. Ser advogada, por exemplo, não seria tão má ideia... Ao invés de educação física e matemática, que eu havia estudado tanto, resolvi começar a fazer aulas de economia. Meu rendimento caiu drasticamente. Não tinha motivação alguma. Engordei muito e era infeliz. No entanto, meu avô, um piloto aposentado, voltou para minha cidade. Em segredo, me ensinava algumas coisas e fazia de tudo para me apoiar. Foi como um respiro de ar fresco. Mas a principal pergunta surgiria mais tarde: “para qual escola eu tentaria ser aprovada?”. Meu avô, rapidamente, soube a resposta. Agora eu estou emagrecendo novamente, farei os exames e melhorarei minhas qualificações. Já tenho tudo muito claro em mente: sou uma piloto! Depois da fase preparatória, apresentarei os exames em duas grandes universidades do meu país, escondida de todos, exceto de meu avô.
  • Nasci nos anos 90. Apesar da difícil situação econômica do país e de minha família, tive uma incrível infância. Lembro de cada festa de Natal e Ano Novo. A cada 15 de dezembro, meu pai e eu enfeitávamos a árvore de Natal. Meu pai se escondia para fingir que era o Papai Noel e colocava chocolates para mim, na árvore, e eu ficava impressionada. Era uma ótima época em que brincávamos juntos, e tudo era muito divertido. Passávamos as festas em companhia da nossa imensa família. Ninguém esperava um presente como um carro, um celular ou um notebook, por exemplo. Porém, tudo era muito feliz e sincero. Escrevo isso com lágrimas nos olhos, já que agora tenho tudo: um celular caro, um carro e até o apartamento, mas o mais importante eu não tenho mais: uma família unida.
  • Em 1998, fiquei sem lar, e nenhum dos meus familiares se importou com isso. Eu alugava um pequeno quarto, mas, em certas ocasiões, passava a noite na rua. Trabalhava no trem (vendendo canetas e meias) e em quiosques que pagavam alguns centavos. Também me defendi de muitos empregadores abusivos. Uma vez, no metrô, próximo de mim passou um homem que deixou cair alguns centavos. Para mim, aquilo era suficiente para comprar uma sopa instantânea e dois pães. Percebi que umas moças que estavam próximas me lançaram um olhar de reprovação extremamente arrogante, como se eu não valesse absolutamente nada. Esse olhar...elas, muito bem arrumadas e lindas e eu, totalmente desajeitada, com uma jaqueta deteriorada e uns tênis bem maiores que meu tamanho. Agora, tudo mudou. Sou amada e me valorizam. Mas essa pequena moça dentro de mim não confia em ninguém e se esconde dos demais. Dou alimentos e bebidas aos pobres e menos favorecidos e nunca os vejo com desprezo. Não julgo ninguém e tento ajudar as pessoas na medida do possível, porque eu mesma sei o que é o que sentir essa dor. Às vezes, os desconhecidos me ajudavam. Sempre me lembro disso. Não sou uma boa pessoa, mas simplesmente tento me comportar com um mínimo de humanidade.
  • Depois da morte da minha mãe, meu pai voltou a casar. Minha madrasta me amava muito mais que meu pai. No entanto, eu sempre a odiei e, em meus ataques e raiva, tocava no assunto mais triste para ela: eu a fazia lembrar que ela era uma mulher infértil. Ela ficava furiosa comigo quando eu não deixava cuidar dos meus filhos e ria quando ela quase chorava por causa do meu desprezo. Porém, essa mulher se transformou em doadora quando eu precisava de um transplante e rim. Depois da operação, fiquei de joelhos pedindo perdão a ela e, pela primeira vez, a chamei de mãe. Tenho muita vergonha... me odeio pelo mal que causei.
  • Por mais de 12 anos amei o mesmo rapaz, e ele não sabia. Para ele, eu era apenas uma simples amiga, e eu me resignei a isso para não perdê-lo. Uma vez, junto com ele e dois amigos, passamos perto de uma loja e eu dei a volta porque lá estava uma amiga minha. Quando estava de costas, senti uma sensação ruim e olhei para trás, no exato momento em que vi meu amigo desequilibrando para fora da calçada e, pela rua, vinha um Jeep a uma velocidade impressionante. Estendi minha mão e o puxei pela jaqueta. Caímos sobre a calçada, o automóvel literalmente passou a poucos metros da cabeça dele. “Você nasceu de novo!” foi a única coisa que eu consegui dizer antes de começar a chorar. Por poucos segundos e ele não estaria mais aqui. Aqueles lindos olhos e sua cor de cabelo mais lindos para mim. Naquela mesma tarde, repeti várias vezes o tanto o amava, e falava aquilo com muita facilidade, como se fôssemos casados há muito tempo. Ele repetia o mesmo, me disse que tinha medo de dizer isso antes porque poderia arruinar nossa amizade. Desde então, não consigo acreditar que um de nós quase precisou morrer para que conseguíssemos dizer o que sentíamos.
  • Há uns dias me ligaram do hospital: “Seu pai teve um grande acidente, seu estado é crítico”. Voei para lá, e não me separei dele por vários dias, apesar das tentativas dos médicos de me mandar para casa. Eu lhe contava várias histórias: como ele havia me ensinado a nadar, nossa primeira pesca juntos, nossas idas ao cinema e como ele havia conhecido minha mãe. Chorava tanto quando eu contava tudo isso! Hoje, para nossa felicidade, ele recuperou a consciência e disse: “é curioso, escutei duas vozes. A sua e a da sua mãe; mas eu seguia a sua voz”. Minha mãe já morreu há alguns anos. Ao que parece, queria meu pai por perto. Mas agora ainda não, mamãe. Ainda não...
  • Em setembro, terminei com minha namorada. Já não estava mais apaixonado, somente a amava por sua aparência e até já a traí. Agora ela está em outra cidade porque tinha uma operação marcada. Ontem, teve sintomas de resfriado e febre. Que difícil foi esperar até a manhã de hoje para ouvir sua voz, mas, quando pude falar com ela, fiquei muito aliviado porque a operação havia sido adiada para outro dia devido à sua febre. Isso possivelmente salvou sua vida. Simplesmente entendi que não poderia ficar sem ver seus olhos verdes, sem escutar sua voz, sem ter essa emoção ao vê-la, sem tremer como um adolescente... Isso é, com certeza, um sinal: agora mesmo estou indo até ela para dizer o quanto eu a amo. Me desejem sorte.
  • Sou médica. Há pouco tempo, meu avô morreu de câncer e pulmão. Depois de ser diagnosticado, viveu somente cinco meses. No funeral, muitas pessoas se aproximavam de mim muito surpresas e até incomodadas, dizendo para parar de chorar. Em todos esses cinco meses eu tinha a certeza de que esse dia chegaria. Mas, por alguma razão, as pessoas acreditam que os médicos são robôs, que não comem, não dormem, não têm sentimentos, não têm família e nunca podem chorar e expor seus sentimentos.
  • Sempre me incomodei com profissionais que cujo visual depõe contra a própria profissão: médicos que fumam, dentistas com sorriso descuidado, nutricionistas com sobrepeso, tatuadores com tatuagens horríveis, manicures com as unhas mal feitas, treinadores sem porte atlético... até que um dia ela chegou em um consultório de terapia de casal, enquanto eu também estava na sala de espera. Uma mulher de quase 50 anos com cabelo curtinho. Não consegui deixar de perguntar como ela havia chegado lá.

— O que você faz da vida?

— Sou psicoterapeuta.

— E você é feliz? Por que está aqui?

— Todos precisamos de ajuda, não importa o que fazemos da vida.

  • No verão, fui a um clube para aposentados. Conheci lá uma vovozinha muito simpática e positiva. Por alguma razão ela me perguntou sobre minha profissão, e eu respondi que era adestradora de cães. Então, ela começou a chorar compulsivamente, e eu fiquei em pânico com a cena. Contou que, durante a Segunda Guerra Mundial, um cachorro começou a segui-la. Muito magro e desnutrido. “Mas, precisamente esse cachorrinho, de algum lugar conseguia pão, às vezes seco e com fungos. Se tinha sorte, o pão chegava quente, e ele trazia para mim e minha irmã. Um dia, umas pessoas levaram os cães e levaram também ele”. E a vozinha, com lágrimas nos olhos, me contou como eles correram atrás do carro e suplicaram para que devolvessem o cachorro. Ainda assim o levaram, esse bichinho tão magrinho que havia alimentado toda uma família.
  • Sou uma mulher de 26 anos doente, com câncer. Faço quimioterapia e a todos os procedimentos que estão ao meu alcance. O cabelo já caiu. Neste fim de semana me deixaram ir para casa, decidi fazer uma surpresa para meu esposo e pegar um ônibus. Estava com cílios postiços, um chapéu e nada e sobrancelhas. No caminho, dois jovens começaram a rir e a debochar de mim. Não suportei tudo isso. Tirei os cílios, o chapéu e disse tudo o que aconteceu comigo e também o que pensava deles. Desci do ônibus chorando. Gente, não façam isso nunca. Não somos culpados por nosso sofrimento.
  • Meu vizinho era um homem comum que tinha mãe, esposa e filho. Era muito feliz e amável com todos. Tempos depois, sua família morreu em um acidente aéreo e ele virou uma pessoa extremamente infeliz. Eu cheguei a pensar que ele poderia fazer algo contra si mesmo. Saía poucas vezes para a rua, em várias ocasiões já o vi bêbado e seu diálogo com os demais era sempre frio e rápido. Tempos depois, comecei a vê-lo com uma moça. Parecia realizado ao lado dela. Com o passar dos meses, começaram a viver juntos e, de alguma maneira, pouco a pouco voltou a ter uma vida normal. Começou a interagir novamente com os demais e já sorri; está muito melhor do que antes. Inclusive, parece que a sua namorada está grávida. Tenho a certeza de que essa moça o trouxe de volta à vida. Desejo tudo de bom a eles!
  • “Por que você vai querer um filho deficiente? Você é jovem, pode engravidar novamente! Faça um aborto; é só um feto de cinco meses”, isso era o que escutava por parte dos médicos, meu esposo e minha sogra. Minhas lágrimas e o conhecimento de que a criança tinha somente um sopro no coração e que hoje em dia fazem operações que não dão nenhum resultado favorável me pressionavam. Toda a gestação eu chorei, mas ignorei a todos e dei à luz. Meu filho foi operado assim que nasceu e o colocaram com uma etiqueta de “deficiente”. Aquelas pessoas que achavam que meu filho não tinha salvação não conseguem acreditar que hoje ele não se diferencia em nada de outros jovens, a não ser pela imensa cicatriz no peito. Agora ele está no ensino médio. É inteligente, lê muito, não é viciado em celular ou jogos, ajuda a todos e adora me dar presentes. Mas ele o meu maior presente, e eu me sinto extremamente feliz por ter feito a escolha certa.

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