Pais que dedicam tempo de qualidade a seus filhos durante a semana têm uma melhor relação com eles (é o que diz um estudo)

Crianças
há 4 anos

O atual ritmo acelerado da vida, as crises econômicas, as demandas no trabalho, entre outras coisas, fazem com que muitos pais se ausentem de seus lares. Alguns deles, provavelmente depois de um dia pesado no trabalho, chegarão em casa sem muito ânimo ou energia e com a única intenção de se atirar no sofá.

Mas a Associação Americana de Psicologia publicou os resultados de um estudo, comprovando que os pais que se envolvem na vida de seus filhos, mesmo que apenas por pouco tempo durante a semana, estabelecem um melhor vínculo afetivo com eles.

O Incrível.club compartilha essa pesquisa com o objetivo de melhorar relação entre pais e filhos.

As características da pesquisa

O estudo teve como foco examinar a relação entre a participação dos pais na vida dos filhos e os níveis de apego estabelecidos nessa relação. A questão diz respeito, entre outros aspectos, ao nível de confiança que a criança tem nos pais, fundamental nessa fase da vida.

Na pesquisa, foi avaliado se havia diferenças dependendo do horário (dia de trabalho e dia de folga) e das características das interações (cuidado ou brincadeira) entre pais e filhos. Isso para prever o impacto emocional nas crianças e seu apego afetivo com os pais.

As crianças avaliadas

O estudo analisou 46 crianças (21 meninas e 25 meninos) com idades de 2 e 3 anos e seus pais. O teste consistiu em uma entrevista feita com os pais, em que foram avaliadas as várias formas de participação na educação. Já o nível de apego foi avaliado pela técnica conhecida como AQS (que verifica os comportamentos e a relação de segurança ou insegurança que a criança desenvolve com seu responsável). Ao longo de 90 minutos, os pesquisadores observaram a relação entre pais e filhos em suas casas.

Os resultados do estudo

Os resultados indicaram que o grau de envolvimento do pai pode fortalecer o apego da criança em razão, sobretudo, da qualidade de relação que ambos desenvolvem um com o outro. Ou seja, as crianças criaram relações de apego relativamente seguras, independentemente da quantidade de tempo que passaram com os pais, desde que houvesse qualidade nesse tempo de contato — um pai que, efetivamente, se envolvesse nas brincadeiras, por exemplo. No extremo oposto, quando os pais estiveram presentes apenas “de corpo”, e não brincaram, de fato, criou-se uma relação menos sólida e de menos confiança por parte do filho.

Resumindo: se os pais demonstravam pouco envolvimento ou estabeleciam estruturas de brincadeiras rígidas demais ou controle excessivo sobre a criança, esse envolvimento acabava sendo prejudicial para a relação, dificultando o apego. A rigor, a exposição prolongada de uma criança a um pai estressado pode, inclusive, bloquear qualquer canal que possa estabelecer, no pequeno, uma relação de confiança nesse pai, que, em uma situação ideal, deveria ser visto como seu porto seguro na hora de explorar o mundo.

O que os pais podem fazer?

Os resultados da pesquisa mostraram que é melhor ter um convívio de qualidade do que passar bastante tempo com o filho, mas interagindo pouco. Portanto, para os pais que vivem preocupados em não ter muito tempo para participar da vida dos filhos durante a semana, a boa notícia é que nem tudo depende da quantidade de tempo.

Como você acha que deveria ser o vínculo afetivo entre pais e filhos? O que considera mais importante nessa relação: qualidade ou quantidade de tempo? Esperamos sua opinião!

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