7 Regras financeiras que seus filhos devem aprender o quanto antes

há 5 anos

Uma das habilidades que muita gente gostaria de ter é a de saber administrar as finanças de uma forma eficiente. E é fundamental que saibamos desenvolvê-la desde cedo.

É disso que se trata este post!

Incrível.club resolveu compartilhar com você algumas dicas de psicólogos sobre como fazer as crianças entenderem o que é o dinheiro e de onde ele vem. Esperamos que elas sejam muito úteis e que você consiga aplicá-las em sua casa!

1. Explique à criança o que é o orçamento familiar

Desde cedo, as crianças são estimuladas a comprar coisas. Diante disso, você pode introduzir a questão do orçamento familiar em conversas quando o pequeno tiver chegado aos quatro anos de idade. Nessa fase, as crianças já compreendem muitos assuntos. É um ótimo momento para explicar que a maioria das pessoas precisa se esforçar para ganhar dinheiro.

Explique sobre as finanças da família, revele quais são os gastos fixos e o que é preciso fazer com o dinheiro que sobra. Para que crianças menores entendam melhor, você pode usar gomos de laranja ou peças de LEGO. Com os adolescentes, é possível falar mais seriamente, em termos percentuais. Isso fará com que seu filho conheça melhor as responsabilidades da vida adulta, algo para o qual todo mundo deveria estar preparado o quanto antes.

2. Preste atenção à forma como você reage diante das solicitações da criança envolvendo dinheiro

Se você reage com irritação diante de todo pedido da criança, ou se diz constantemente a ela que não pode comprar tal coisa porque é cara demais para seu bolso, acabará passando a ideia de que nunca há dinheiro suficiente. Além disso, o pequeno pode achar que é errado sentir vontade de adquirir o que quer que seja.

Primeiro, aceite o pedido infantil: é importante que as crianças saibam que são compreendidas, e que suas necessidades são levadas em consideração. Explique que os gastos do mês já atingiram o limite, e que aquilo que a criança quer, infelizmente, não pôde ser incluído no orçamento. Tente ajudar seu filho a encontrar alternativas para o objeto de desejo: pedir como presente de Natal, economizar, encontrar algo similar, porém mais barato, ou vender algo que já não tenha mais utilidade e usar o dinheiro para comprar o que se quer. É preciso deixar claro o motivo pelo qual aquele objeto não pode ser comprado e quais são as alternativas para ele.

3. Faça compras com seu filho de maneira consciente

É comum que os adultos levem as crianças na hora de fazer compras, e é bom aproveitar o momento como uma oportunidade para educá-las financeiramente. Ainda que seu filho ainda não possa comprar produtos por conta própria, com pouca idade ele já é capaz de escolher. Explique o motivo pelo qual você compra determinada quantidade de certo produto, o porquê de escolher um item específico e não seus similares. Converse sobre a qualidade e o preço de cada coisa, abordando a conveniência da compra.

No caixa, prefira pagar em dinheiro vivo, para que a criança entenda mais facilmente que o dinheiro acaba, e que é preciso ganhar mais dele para continuar vivendo.

4. Dê mesadas semanais

As mesadas podem começar a ser dadas às crianças quando elas tiverem entre cinco e sete anos. Reserve um pequeno valor para dar semanalmente ao seu filho. É importante que ele possa gastar o dinheiro no que quiser. Você pode dar orientações, mas a decisão final deve ser da criança. Ensine-a a lidar cuidadosamente com o dinheiro: para estimular o senso de economia, você pode dar um cofrinho de presente.

Se você dá dinheiro à criança apenas esporadicamente, ou então resolve suspender as mesadas, o pequeno pode não entender como administrar as finanças, sem aprender a desenvolver estratégias para esse fim. É melhor dar algum dinheiro sem motivo, ou por coisas que não façam parte de suas responsabilidades concretas. Por exemplo, as tarefas domésticas, os estudos e todas as demais atividades que estão presentes na vida diária de uma família não devem ser “pagas”. Quando você dá dinheiro em troca de coisas assim, acaba piorando a relação da criança com dinheiro.

É possível que as primeiras experiências infantis com dinheiro não sejam totalmente bem sucedidas, mas aos poucos, a criança aprenderá a administrar a verba, a contabilizar o troco e a economizar para fazer uma compra importante. Ela irá compreender que o dinheiro não dura para sempre, e lidará com o assunto de forma mais consciente.

5. Crie jogos

A brincadeira é a principal forma pela qual as crianças interagem com o mundo ao seu redor. Então, você pode criar jogos para que seu filho se familiarize com o conceito de dinheiro.

  • “Encontre o mais barato”. Peça que seu filho procure por um produto com preço mais acessível, ou então crie uma competição para ver quem encontra a alternativa mais barata em menos tempo. Essas habilidades serão úteis a qualquer idade. Deixe que ele compare o que é mais caro: fruta fresca ou suco pronto, por exemplo. Além disso, você pode debater sobre os motivos que levam determinado produto a ser mais caro que outros.
  • “Compre você mesmo”. Dê à criança a chance de comprar algo por conta própria. Você pode entregar a ela uma pequena lista de compras e esperá-la na fila do caixa. Essa é uma ótima forma de evitar ataques de “eu quero” nas lojas.
  • Planejamento de um orçamento. Com crianças maiores, você pode discutir sobre como o orçamento mensal será gasto. Desenhe uma tabela e anote nela as categorias de gastos: comida, roupa, transporte, saúde, produtos para a casa, presentes e lazer. Deixe que seu filho determine quanto será investido em cada uma das categorias. Ao fim de semana, calcule todos os gastos e elabore um gráfico com essas informações. Assim, a família poderá ver claramente quais itens mais consumiram a verba mensal.
  • Junte a família para partidas de “Banco Imobiliário” (“Monopoly”) ou outros jogos nos quais os participantes precisem ganhar dinheiro e decidir como aplicá-lo. Conversem sobre as escolhas feitas por cada um.

6. Estimule a filantropia

Estimular a solidariedade como parte da cultura familiar é algo muito positivo. Com isso, a criança aprende a ter empatia e a ajudar outras pessoas. O pequeno pode dar a quem mais precise tanto presentes feitos à mão quanto outros objetos e até mesmo dinheiro. A família pode visitar um orfanato, um asilo ou doar coisas aos necessitados. A criança certamente ficará feliz em fazer parte disso e passará a enxergar o dinheiro de uma maneira diferente.

7. Dê à criança a chance de ganhar seu próprio dinheiro

Quanto maior a criança, maiores serão seus gastos. Obviamente, os pais não têm a obrigação de pagar por tudo, e isso na verdade nem faz bem aos filhos. Estimule na criança o desenho de ganhar seu próprio dinheiro, e faça o possível para que isso aconteça.

Isso fará com que seus filhos valorizem o dinheiro, sejam mais conscientes sobre as compras, reflitam sobre desejos e oportunidades e tenham seus próprios objetivos. O importante é que a criança ou o jovem arrume uma atividade remunerada em tempo parcial, que não impeça o cumprimento das responsabilidades escolares e domésticas. Você pode apresentar várias opções de trabalho, de modo que a criança possa tomar a decisão final.

Como foi no seu caso: seus pais lhe ensinaram a lidar com o dinheiro durante sua infância? E quanto aos seus filhos, como você aborda o assunto? Comente!

Ilustradora Elena Sorokina exclusivo para Incrível.club

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