15 Regras úteis para conviver em família

Sabemos que viver em família muitas vezes não é algo simples. A convivência entre pais e filhos, marido e mulher, genros e noras exige uma boa dose de tolerância e bom senso. Entretanto, existem alguns “segredinhos” que podem facilitar ainda mais a busca por um ambiente pacífico no lar.

O Incrível.club selecionou para você 15 dicas de conduta em família que todos deveriam conhecer, pois, no fim das contas, todo mundo sonha com um lar em que não haja disputa ou mágoa.

1. Não espie o celular de outra pessoa

É espantoso o número de pessoas que admitem que pegam o celular de algum familiar, principalmente do companheiro, para bisbilhotar. Além disso, há quem compartilhe táticas para pegar o celular alheio (principalmente do seu amor) para descobrir mensagens privadas. Pode até parecer uma prática fofinha, já que quem ama cuida, não é mesmo? Não!

Parece que esquecemos que uma vida em família é baseada na confiança e no respeito entre as partes. Se você não tem qualquer medo ou vergonha de mexer celular do seu esposo ou esposa ou até mesmo de algum outro familiar, preocupe-se. E se, em uma situação ainda pior, você encontrou no celular mensagens suspeitas, dificilmente demonstrará naturalidade. Aí que mora o problema: possivelmente, você terá de admitir que pegou o celular alheio para procurar por algo. É claro que isso não terminará bem. O ideal é conter o impulso de olhar o conteúdo de um celular que não é o seu.

Além disso, pensemos o seguinte: você pegou o celular do seu amor e encontrou o que não gostaria. Mesmo que a ação de bisbilhotar seja negativa, você perdeu a confiança no seu cônjuge. As desculpas que você vier a ouvir sempre parecerão inúteis. Provavelmente, depois do confronto, as coisas seguirão acontecendo, só que ainda mais escondidas de você, e a relação seguirá de mal a pior. Se deseja descobrir uma traição, não aja dessa maneira; procure alternativas mais honestas para saber da vida de seu parceiro. O diálogo é sempre a melhor saída.

2. Organize uma hora sem dispositivos eletrônicos

Quase todos temos momentos em que, depois de um dia cheio, conturbado, só queremos chegar em casa e passar horas jogando no celular, ler coisas na Internet ou ver episódios novos de nossa série favorita. Como resultado, as noites em família tornam-se silenciosas: mães, pais, avôs, avós e crianças estão em silêncio com seus dispositivos eletrônicos.

Mas preste atenção. A vida passa correndo. Deixamos de saber o que aconteceu no dia de nossos filhos ou de nossos parceiros. Sabemos mais da vida de quem está distante e menos da vida de quem está ao nosso lado. Tente incorporar às suas noites uma hora sem os dispositivos e se surpreenderá em perceber que há muito o que conversar com sua família. Também é possível jogar jogos de tabuleiro, organizar um “dia dos petiscos” ou, simplesmente, jogar conversa fora. Assim é como a união familiar é estabelecida, e o convívio será muito mais interessante.

3. Procure não levar trabalho para casa

Nossas atividades profissionais são partes importantes das nossas vidas. E não importa quanto o seu trabalho o absorva, procure não misturar seus momentos de lazer em casa, com sua família, com sua rotina profissional.

Nossos comportamentos em casa e no trabalho são diferentes e você parecerá deslocado em casa se comportando como se fosse gerente, um médico conversando com outros médicos ou um professor dando aulas. E isso, definitivamente, não é o que a sua família espera de você quando chega em casa, por mais que seus filhos o admirem como profissional. Todos merecem receber carinho e afeto. Por isso comece por você, quebre o gelo em casa; seus familiares não são seus colegas de trabalho e sua família não é uma empresa.

4. Tenha um passatempo familiar

As atividades coletivas são capazes de um unir qualquer grupo. Hoje em dia, é muito popular o estilo de vida saudável. Que tal levar sua familia e seus filhos pra uma caminhada ou um passeio de bicicleta, mesmo que seja pela cidade? Ou que tal um jogo de cartas ou de tabuleiro? Se você não é fã de esportes ou jogos, tentem viajar ou aprender uma língua estrangeira, façam artesanatos, enfim... qualquer coisa em que a união esteja em primeiro lugar. O team building familiar é algo fantástico.

As atividades conjuntas ajudam os pais a verem seus filhos com novos olhos e, os filhos, a conhecerem melhor seus pais. O tempo que passam juntos não tem preço, especialmente se compartilham uma atmosfera alegre e relaxada. Mas aqui é necessário saber equilibrar: na escolha dos passatempos, todos devem ser escutados e deve existir um meio termo entre os gostos, democraticamente. Os pais não devem impor o tempo todo sobre as preferências conjuntas da família e, do mesmo modo, os filhos não devem dominar 100% do tempo. Aposte nisso! Sempre existirá algo que agrade a todos.

5. Construa sua independência

Não importa o quanto amemos nossos sogros e sogras ou nossos pais e mães. Muitos casais sabem, através da experiência, que é necessário ter um tempo a dois. E, mesmo, entre namorados, é importante que cada um tenha seu espaço.

Mas é preciso observarmos o contexto completo, é claro, porque os pais idosos precisam de apoio e cuidado, e eles devem saber que são importantes e amados. Não perca o contato: ligue para seus pais ou sogros, acompanhe-os em algum lugar e nunca negue ajuda. Em qualquer caso, mesmo que a necessidade faça com que você tenha de conviver com esses idosos por condições de saúde fragilizada, tenha em conta que, em algum momento, você deve ter suas particularidades respeitadas.

6. Não obrigue seu cônjuge a aceitar suas paixões

Algumas pessoas são da opinião de que os casais devem dividir tudo e compartilhar todas as paixões e preferências. Com que frequência vemos pessoas que odeiam fazer compras sendo arrastados para as lojas? Ou, então, situações em que um adora ver jogos de futebol e o outro é arrastado para um estádio, vendo um jogo a contragosto? Existem muitos exemplos.

Admitamos que algumas pessoas não suportam as longas caminhadas entre as lojas, passar horas em uma loja em promoção ou ir à uma peça de teatro chata, e não tem nada de errado nisso. Não há problemas em sair sozinho para fazer o que se gosta ou deixar de acompanhar seu amor em uma atividade que você considera chata. Respeitar a opinião de seu cônjuge é fundamental.

Seja flexível, permita que seu esposo ou esposa não ame o que você ama. Esse detalhe abre um mar de pontos positivos, que só trarão leveza no casamento e um convívio muito mais saudável.

7. Lide com as crianças de forma igualitária

As crianças se tornam mais responsáveis e seguras de si mesmos quando têm direito de decidir e podem participar da vida em família em iguais condições que os adultos — claro, respeitados os limites de serem crianças. Muitas vezes, adultos reduzem comunicação com as crianças ao mínimo: os pais dão ordens e os pequenos obedecem. As mães e pais frequentemente confundem a educação com hierarquia, em uma relação onde a comunicação é sempre desigual. Entretanto, a conversa franca, em que a criança fica sabendo de quase todas as questões da família e de sua própria educação, pode contribuir muito mais com sua criação e estabelecimento da confiança. Não é o ideal de família que muitos desejam?

Os cientistas da Universidade da Califórnia, EUA, descobriram que os cérebros das crianças que planejam seu próprio tempo, estabelecem seus próprios objetivos diariamente e avaliam os resultados do trabalho realizado, têm um maior rendimento no córtex pré-frontal. Essas habilidades ajudam as crianças a evitarem problemas de disciplina e distrações.

8. A participação das avós no processo de criação é algo positivo

Várias pesquisas demonstraram as incríveis vantagens da participação da geração dos avós na educação de seus netos. As crianças que passam mais tempo na companhia de seus avós são mais sociáveis, aprendem melhor na escola e sabem como cuidar de outras pessoas.

O amor dos avós pelos seus netos é muito especial. Existe até um ditado: “Os netos são os últimos filhos”. Além disso, uma avó não tem a responsabilidade parental e vê muitas travessuras dos netos com mais tranquilidade do que a mãe. É claro que isso é, muitas vezes, sinônimo de conflitos, pois os pais acabam se incomodando por acharem que os avós mimam muito as crianças. Mas é exatamente esse o segredo dos avós: amor incondicional e aceitação. Crianças criadas em uma atmosfera de amor sentem mais segurança na vida.

Uma análise de 66 estudos demonstrou que a ajuda das avós reduzestresse das mães. Aliás, quem, além da avó, vai fazer um delicioso bolo de chocolate?

9. Almoce ou jante com sua esposa e seus filhos

Os almoços e os jantares em família gradualmente foram desaparecendo. Em condições de constante falta de tempo, é difícil dedicar sequer meia hora diariamente com a família. Entretanto, psicólogos repetem unanimemente que a família deve passar ao menos 20 minutos ao dia junta, durante uma refeição. Comer juntos pode melhorar o rendimento das crianças na escola, reduzir a probabilidade de transtornos alimentares e reduzir significativamente as taxas de depressão em todos os membros da família. Mas a principal vantagem desse tipo de reunião é, sem dúvida, a comunicação.

Os almoços e os jantares não devem ser totalmente formais, é claro: riam, brinquem e conversem (não com a boca cheia, obviamente). O humor une as pessoas.

10. Divida obrigações domésticas e financeiras

  • As disputas financeiras não resolvidas são a segunda maior causa de separação no mundo. Mas mesmo esse tipo de problema tem solução.

O que fazer? Você terá que estabelecer o controle financeiro do casamento de forma preventiva. Em poucas palavras, um pode ganhar mais e sua ajuda doméstica é insignificante, enquanto o outro trabalha redobrado em casa e põe pouco dinheiro em casa. Em uma relação madura e equilibrada, nem sempre a mulher deve dedicar-se somente à casa, assim como o homem não deve ser responsável apenas pelo sustento, sem ajudar em casa. Deve haver um equilíbrio. O principal é que nenhum dos dois sinta que está sendo prejudicado, tendo tarefas em excesso, enquanto o outro está totalmente confortável.

11. Participe da criação de seus filhos

Pode parecer óbvio, mas muita gente não enxerga dessa forma — principalmente, claro, os homens. Os pais tendem a pensar que a tarefa é só da mãe. As mães, é claro, precisam que os pais sejam ativos.

“Não mexe aí”, “Desce!”, “Leve jaqueta”, “Não fique de pé descalço”... Essas e outras tantas frases são comumente ditas por mães, convenhamos. Na prática, não deveria ser assim. Assim como as mães, os pais devem trazer para si a responsabilidade da educação da criança, sejam os pais casados ou não, até, no mínimo, a vida adulta do filho. Portanto, se você é mãe, deixe o pai do seu filho decidir se ele pode ou não ir na festinha do fim de semana, entre outras inúmeras decisões que tranquilamente pode ser responsabilidade do pai também. Se você é pai, não se esqueça: você não perderá o afeto do seu filho se também der as broncas. Amar também é disciplinar.

12. Problemas do casal ficam no casal

Quando temos problemas na vida, a primeira coisa que decidimos fazer é compartilhar com alguém. E é extremamente compreensível: esperamos apoio e até conselhos. Entretanto, esse tipo de franqueza não funciona se você decide compartilhar com os outros os detalhes da vida pessoal. Além disso, os problemas existentes podem se agravar, porque nenhum dos dois consegue lidar com o outro sem envolver terceiros.

A quem você não deveria falar sobre os problemas de sua família:

  • Seus pais. É claro que para muitos, a mãe é a melhor amiga. Mas os pais amam tanto que, muitas vezes, não conseguem perdoar quem tenha machucado seus filhos. Pode ser que você perdoe seu cônjuge depois que a mágoa passou, mas seu pai ou sua mãe lembrarão da mágoa durante muito tempo. Isso acaba gerando desconfortos desnecessários. Tente falar só o necessário, e apenas quando realmente precisar de orientação, e não só desabafar.
  • Colegas de trabalho. Possivelmente, seus colegas não estejam muito interessados em saber de sua vida pessoal. A relação de trabalho deve permanecer no campo da formalidade. Evite misturar as coisas.
  • Pessoas pouco conhecidas. Você talvez conheça alguém que já desabafou com um taxista ou um atendente de telemarketing. Ou, se você é taxista ou atendente de telemarketing, talvez já tenha passado por esse tipo de situação. Se precisa desabafar, procure um psicólogo ou um amigo de confiança. Caso contrário, seus segredos podem ser espalhados por aí desnecessariamente.

Seja mais reservado e lembre-se de que há assuntos realmente pessoais, e não devem chegar aos ouvidos de terceiros. Depois, em algum momento, você se arrependerá de ter compartilhado seus problemas quando as coisas melhorarem.

13. Aceite seus familiares como são

Até mesmo em uma família muito unida, as pessoas são muito diferentes. Às vezes, seus comportamentos e estilos de vida podem nos causar uma iiritação sem fim. O conselho é muito simples: aceite seus familiares como são, não espere que estejam sempre de acordo com você. Estabeleça seus próprios limites ’territoriais’ e, assim como você deve respeitar as particularidades dos outros, faça com que também respeitem a sua. Do contrário, o convívio será sempre penoso, porque as diferenças entre os membros da família serão sempre motivos de conflitos.

14. Não discuta na frente das crianças

Não são todas as famílias que podem sentir orgulho de nunca terem brigado. Isso infelizmente faz parte da vida em família. E alguns pais sequer podem imaginar o processo de resolução de conflitos sem gritarem. Mas é importante lembrar que brigar na frente dos filhos só traz malefícios a eles.

O fato de que o estresse dos pais afeta o bem-estar dos filhos, é algo que foi, inclusive, provado por psicólogos há muito tempo. Os gritos altos, as acusações, as agressões e todo tipo de drama familiar não são adequados para os ouvidos das crianças. O lar deve ser uma fonte indestrutível, uma base forte de tranquilidade, onde todo mundo deseja regressar ao fim do dia. É um ambiente praticamente sagrado. Tenha isso em mente.

15. Passe tempo com seus amigos

Não se feche em família. Fale com seus amigos, vizinhos e colegas. O amigo ocupa um lugar muito especial na vida de uma pessoa: a verdadeira amizade não traz nenhum tipo de cobrança, pode acabar, inclusive, sem que você sinta culpa, como acontece entre relações familiares. Não temos obrigações legais com nossos amigos, são pessoas que escolhemos para termos ao lado. Na companhia deles, você pode ficar relaxado, ser quem realmente é, dar e receber conselhos sem que cobranças cheguem.

Ao começar a namorar ou se casar, não termine com suas velhas amizades. O importante é que passar tempo com seus amigos só traga emoções positivas, e que seus amigos sejam pessoas realmente boas para você.

E você, tem segredos para ter uma vida familiar mais feliz? Compartilhe conosco!

Comentários

Receber notificações

Artigos relacionados